Pedro Bandeira (1970), licenciado em Arquitectura pela
Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto
(1996). Em 2000, concluiu o mestrado Metropolis da
Universidad Politècnica da Catalunya (dirigido por
Ignasi de Solà-Morales), com a tese “Apenas o Mundo,
Hoje, Onde as Revoluções são Impossíveis – da ilusão à
desilusão de imaginários de pouca arquitectura entre os
anos 60 e 90”. É, desde 1998, docente da disciplina
de Projecto, do 4º ano, no Departamento Autónomo de
Arquitectura da Universidade do Minho. A par do
desenvolvimento de tese de doutoramento sob o tema
“Arquitectura como Imagem” tem dedicado parte da sua
actividade profissional ao desenvolvimento de
“projectos específicos para um cliente genérico”.
Foi um dos arquitectos/artistas participantes na
exposição Metaflux – duas gerações na arquitectura
portuguesa recente, a qual representou Portugal na 9ª
Bienal de Arquitectura de Veneza.
PROJECTO CASA NA
ÁRVORE | PROJECTOS ESPECÍFICOS PARA UM CLIENTE
GENÉRICO*



Titulo
do Projecto: “Casa na Árvore”
Ano do Projecto: 2005
Localização: onde for
necessário
Autores do projecto:
Pedro Bandeira e Filipe Bandeira (Engenheiro Civil)
Colaboração:
Dulcineia Neves dos Santos.
“Casa na Árvore” é um
projecto de habitação construído numa plataforma
elevatória que permite ao seu utente um isolamento
pontual. Modelo “2 em 1”, entre o rés-do-chão da “cidade
jardim” e a construção em altura da “cidade moderna”,
proporciona uma evasão semelhante à que as crianças
experimentam quando sobem às árvores, ou quando os
adultos se descalçam para tocar com os pés na areia.
PROJECTO
QUARTEIRÕES | PROJECTOS ESPECÍFICOS PARA UM
CLIENTE GENÉRICO*


Titulo do Projecto:
“Quarteirões”
Ano do Projecto:
2001-2005
Localização: Cidade
do Porto
Autor do projecto:
Pedro Bandeira
Colaboração: Jorge
Brito / Dulcineia Neves dos Santos
Fotografia aérea:
Francisco Piqueiro
A cidade do Porto era
no final do século XIX uma cidade de quarteirões com
interiores ajardinados, isto na representação
cartográfica. A realidade, hoje, denuncia a acumulação
de construções clandestinas cuja funcionalidade se
perdeu ou degrada. O Projecto “Quarteirões” legitima a
apropriação pública desses espaços com equipamentos de
carácter colectivo (piscina, igreja, estacionamento,
jardins, camping, etc. …).
* Projectos
específicos para um cliente genérico
não são projectos utópicos, são fisicamente exequíveis e
socialmente desejáveis. No entanto o seu índice de
realidade não parece ultrapassar a plausibilidade
oferecida pelas imagens, talvez porque estas são
suficientemente explícitas nas possibilidades que
apresentam e nas problemáticas que levantam. Nesse
sentido as imagens cumprem um objectivo em si,
distanciando-se da ingenuidade que caracteriza a utopia
clássica: não se propõe um “outro” mundo, propõe-se
“este”, pleno de paradoxos e contradições.
|
|