Foi revelada a dupla de artistas portugueses que irão participar na 34ª Bienal de São Paulo. Mariana Caló e Francisco Queimadela estão entre os 35 novos nomes da lista de artistas convidados pelo curador geral Jacopo Crivelli Visconti para a grande mostra coletiva "Faz Escuro mas eu canto", a decorrer entre 4 de setembro e 5 de dezembro no Pavilhão Ciccilo Matarazzo do Parque Ibirapuera. Estes artistas juntam-se agora a Luisa Cunha e completam a presença portuguesa - apoiada pela Direção-Geral das Artes (DGARTES) - nesta que é considerada uma das principais mostras do circuito artístico internacional.
Iniciada em fevereiro de 2020, a 34ª edição da Bienal de São Paulo tem vindo a desdobrar-se no espaço e no tempo com programação tanto física quanto online. Em novembro do ano passado, a artista portuguesa Luisa Cunha tinha já integrado a exposição "Vento", a qual reuniu trabalhos de 21 artistas, ocupando, até dezembro, os 30 mil m2 do Pavilhão Ciccillo Matarazzo com "obras desmaterializadas, em áudio e vídeo" concebidas com o objetivo de transmitir "uma sensação de espaço e distância raramente experimentada pelo público".
O apoio da DGARTES à participação portuguesa concretizou-se mediante um acordo de cooperação internacional celebrado com a Fundação Bienal de São Paulo, garantindo, assim, a presença de Portugal nesta mostra que, desde 1951, já reuniu mais de 16 mil artistas e 17 milhões de visitantes. Neste contexto, sublinha-se, ainda, o apoio da DGARTES à visita de Crivelli Visconti a Portugal, em dezembro de 2019, com o objetivo de conhecer e mapear o trabalho de artistas portugueses com interesse para a temática da Bienal.
Com curadoria geral de Jacopo Crivelli Visconti e equipa curatorial composta por Paulo Miyada (curador adjunto) e Carla Zaccagnini, Francesco Stocchi e Ruth Estévez (curadores convidados), a 34.ª Bienal de São Paulo é intitulada "Faz escuro mas eu canto", verso do poeta amazonense Thiago de Mello, através do qual a Bienal vem reconhecer "a urgência dos problemas que desafiam a vida no mundo atual" e reivindicar "a necessidade da arte como um campo de encontro, resistência, ruptura e transformação".
Numa iniciativa inédita, foi também recentemente anunciado pela Fundação Bienal de São Paulo o lançamento de um catálogo exclusivamente digital composto por intervenções gráficas produzidas livremente pelos 91 participantes. Inspirados pelos desenhos, fotografias, poemas e textos partilhados pelos artistas, Elvira Dyangani Ose (editora convidada) e Vitor Cesar (designer do catálogo) apresentam uma publicação que reflete as poéticas de ensaio aberto e de "relação" que nortearam a curadoria desta edição da Bienal.
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Mais informações:
http://34.bienal.org.br/exposicoes/8270
Data de publicação: 31-05-2021