"Ao sabor do vento" - uma experiência sonora imersiva (Fôlego) / 31 julho, Mação

DESCRIÇÃO
O compositor Hugo Vasco Reis partirá da recolha de sons do quotidiano, para a criação cinco obras de música acusmática baseadas em paisagens sonoras associadas a cada um dos municípios. As composições servirão de base a uma experiência sonora que incluirá sons que devido às suas características ou localização não recebem a devida atenção, sendo por isso negligenciados. Esses sons serão colocados sob uma forma diferente de escuta, numa simbiose entre a evolução de um ecossistema e a prática artística.
A paisagem sonora é um assunto complexo e muito amplo. O ato aparentemente simples de ouvir uma paisagem sonora muitas vezes leva a uma inesperada complexidade de pensamento, perceção e memória.
Este processo criativo considera o espaço como uma exterioridade infinita. A nossa condição de seres ligados por muito mais do que está à superfície é aqui sublinhada por uma representação da paisagem sonora, que, apesar de presente, permanece negligenciada.
A quantidade de detalhes envolvidos mesmo em situações acústicas simples é muito grande, e as diferenças que o cérebro pode detetar são muitas vezes muito pequenas, usando, por exemplo, a memória de experiências passadas como referência.
Como refere Murray Schafer no seu livro “Soundscape: Our Sonic Environment and the Tuning of the World”, é importante distinguir os sons e utilizá-los na criação musical, aumentando a consciência dos sons ao nosso redor. Também Barry Truax, no seu livro “Acoustic Communication” afirma que o uso sério do som ambiental na música é potencialmente disruptivo e até subversivo em relação às normas estabelecidas do campo artístico.
LOCAIS, DATAS E HORÁRIOS DE APRESENTAÇÃO
31 de julho de 2022, entre as 17h e as 19h30.
Insituto Terra e Memória, Mação.
INFORMAÇÕES SOBRE BILHETEIRA
Entrada gratuita.
MAIS INFORMAÇÕES
Fôlego é um projeto organizado e produzido pela Academia de Produtores Culturais, financiado pelo Programa Cultura do EEA Grants Portugal operado pela Direção-Geral do Património Cultural, através do Connecting Dots – Mobilidade Artísticas e Desenvolvimento de Públicos, e gerido pela Direção-Geral das Artes, na qualidade de Parceiro do Programa.