Exposição “As Memórias dos Outros” / Projecto Pontes 26, 6 junho a 11 julho, Fundão

“As Memórias dos Outros” é um manifesto artístico sobre o património individual e coletivo da memória, baseado em 8 coleções de diapositivos compradas na internet. É um projeto de novos média, multidisciplinar, que abraça as artes visuais, artes plásticas e a música, à procura dos proprietários dessas memórias das décadas de 50 a 80.
Integrada no Projecto Pontes 26, a mostra é organizada pela ARS Associação Investigação Desenvolvimento e conta com os artistas Adriana Ribeiro e Gabriela Carina, Albosi, André Neto, Desy CXXIII, Inês Costa, Inês Mendes, Pushkhy, The Animals Lab.
A inauguração acontece no dia 6 de junho de 2024, às 18h00, no Espaço Pontes e Espaço Biblos, Fundão. A entrada é gratuita.
André Neto
A respirar desde 1978, amante de carrinhos de rolamentos e bicicletas desde 1984, músico e violinista desde 1986, compositor desde 1996, electricista desde 1997, técnico de som, gravação, mistura e operador áudio desde 1999, criador da etiqueta Yellow Bop Records desde 2000, produtor musical desde 2001, pós-produtor áudio e sound designer desde 2004, formador nas áreas de som e música desde 2005, cuidador da floresta e promotor de estilos de vida sustentáveis desde 2011, croupier em torneios de poker desde 2017, carpinteiro desde 2019, seguidor religioso das leis da física desde sempre e, em último, mas não menos importante, descrente, mas insistente e perseverante quanto ao futuro da humanidade desde a aquisição de uma consciência planetária. Desde 2021 que está a construir a sua própria casa, a única que alguma vez pode chamar de sua, na floresta, sem ligação à rede elétrica, água ou saneamento públicos, sem dívidas, sempre com dúvidas, sozinho, numa jornada de aprendizagem sem paralelo na sua vida.
Desy CXXIII
Artista plástico que se destaca pelo seu estilo conceptual que alcançou maturação estética.
Utiliza diversos suportes, desde paredes, telas até vidro, conferindo uma linguagem única à sua arte. O seu foco reside no "Desperdício Humano e Material", usando vidros abandonados para retratar através da poesia e camadas de cor, rostos de sem-abrigo. Aborda também a degradação ambiental causada pela exploração catastrófica dos recursos materiais do planeta pelo sistema capitalista.
Na arte urbana encontra-se representado em várias cidades de Portugal, entre outras cidades por diversos países como França, Itália, Inglaterra, Luxemburgo entre outros.
Inês Costa
É designer e artista visual, residente no Porto. Formada em Design de Comunicação (2020) e mestre em Design da Imagem (2022) pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. O seu trabalho de pesquisa foca-se no papel da imagem na construção de narrativas que compõem a memória coletiva portuguesa, através do cruzamento entre o design e as artes visuais, problematizando a imagem enquanto ferramenta de linguagem e de ação sócio-política. Foi bolseira da FCT e do ID+ - Instituto de Investigação de Design, Media e Cultura, com o projeto “Memórias de Pau-preto e Marfim” (2022), apresentado na Counter Image International Conference (2022) e selecionado para festivais de cinema nacionais, ganhando o prémio de Melhor Produção Local no Vista Curta Festival (2023) e o prémio de Melhor Ensaio de Animação no Festival Caminhos do Cinema Português (2023). Desde 2021, os seus ensaios fizeram parte da seleção oficial de festivais nacionais como Entre-Olhares, Curtas Vila do Conde, Cinanima, Vista Curta, Porto/Post/Doc e IndieLisboa. Faz parte da equipa de formadores do projeto “Crianças Prime1rº”, no contexto do Serviço Educativo do CINANIMA. É artista pesquisadora no projeto GAGE - Game Art Gender Equity apoiado pelo ITI/LARSyS. Faz parte dos 22 artistas selecionados para o projeto de residência de investigação artística MANIFEST, apoiada pelo programa Europa Criativa. Co-fundou o coletivo Pedro&Inês e o grupo de leitura Design & Colonialidade (2023). É designer e ilustradora do livro “Feminismos sobre Rodas - um Guia Feminista”, que será publicado em 2024.
Inês Mendes
Licenciada em Multimédia, Artes Plásticas, traz da sua educação uma procura por traduções artísticas que navega pela multidisciplinaridade. Os seus trabalhos mais recentes procuram na memória coletiva uma identidade que se contamina pela consciência dos contextos sociais e culturais. Focando-se na sua identidade feminina como ponto de partida para um questionamento dos valores tradicionais portugueses.
Mariana Lisboa (Albosi)
Guitarrista e uma amante de cordas há mais de uma década.
Formada em guitarra clássica e atualmente frequenta o curso superior, de variante jazz, na Escola Superior de Música de Lisboa.
Inspirada por nomes como Portishead, Smoke City, John Cage, Joe Pass, Wes Montgomery, entre outros, no currículo traz já a participação em dinâmicas a solo de música clássica, bossa nova e jazz e, em banda, tributo a Bauhaus, projetos de música popular portuguesa, passando por electrónica e experimentalismo.
Recentemente, como fruto de um projeto de fusão (música eletrónica/triphop/r&b), lançou o álbum “Parabadundei” em 2020.”.
Pushkhy
É um artista audiovisual, com área de actuação em teatro, dança, música, enquanto VJ e performer.
Além da criação de conteúdo original, dedica-se à sua integração específica na dramaturgia e coreografia, no caso do teatro e da dança.
Trabalhou e colabora ainda com vários festivais de arte e música pelo mundo, sendo de referir o Boom Festival em Portugal, Sziget na Hungria, Campbestival, Glade e Secret Garden Party no Reino Unido, XXXperience, Tribe e Universo Parallelo no Brasil, Rainbow Serpent Festival na Austrália.
Expôs na Festa de Outono de Serralves 2023 a peça transmédia Ovelhas à solta : Maestras do carrilhão. Esta peça foi exposta pelo Museu Zer0 na Ermida de São Roque em Tavira entre Julho e Agosto de 2023.
Em 2022 foi um dos artistas convidados a participar no Simpósio de Arte Contemporânea #6 da Guarda, onde desenvolveu a peça audiovisual interactiva indivídu@diniv@.
Ainda em 2022 foi director artístico de Esgar alheio – o frémito inédito da contusão indefensável – uma performance em homenagem ao Jogo do Pau.
Entre 2020 e 2021, desenvolveu e expôs a peça intermédia dOpamyna 3.0, no MUSA, Museu de Arte Contemporânea de Sintra e no UMBRA Festival Internacional de Artes e Multimédia de Vila Nova de Cerveira.
Ainda em 2021, foi um dos curadores da mostra de arte digital aMostra_v.0.1 – “No luzente alcantil da magnitude” – Poesia Digital no Teatro Municipal da Guarda.
Tiago Rodrigues (The Animals Lab)
Nascido em 1980 em Portugal, trabalha com diversos suportes, incluindo pintura, desenho, fotografia, instalação, escultura, 3D, VR, som, audiovisual, animação e vídeo. É o fundador do The Animals Lab - Laboratório de Arte, Design e Som. Vive e trabalha na Guarda, Portugal. Os trabalhos recentes de Tiago exploram linguagens, universos, paisagens sonoras, possibilidades e espaços distintos - como poemas "visuais" e "audiovisuais". Do figurativo ao abstrato, ele expressa suas jornadas/projetos/pensamentos pessoais com mundos que refletem aquilo que o inspira/motiva. Você pode esperar perspectivas de arquitecturas especulativas a paisagens sonoras, inspirações da natureza ao ciberespaço.
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