"esta noite improvisa-se", pela Sociedade de Instrução Guilherme Cossoul, até 16 dezembro, Lisboa

Música
"esta noite improvisa-se", pela Sociedade de Instrução Guilherme Cossoul, até 16 dezembro, Lisboa

© Beatriz Pequeno

Esta noite improvisa-se é um festival dedicado à Música Improvisada organizado pela Sociedade de Instrução Guilherme Cossoul. A primeira edição, que decorre até 16 de dezembro de 2023, apresenta-nos "mais de dez noites dedicadas a este género musical, que tem ganho expressividade no panorama nacional e cuja programação conta com o apoio das editoras Phonogram unit e Creative Sources". 

O festival decorre no edifício n.º 66 da rua Nova da Piedade, onde se situa actualmente a sede da sociedade de instrução fundada em 1885, em homenagem ao compositor e violoncelista Guilherme Cossoul.


SOBRE O FESTIVAL

"O título — esta noite improvisa-se — é uma afirmação inequívoca, uma declaração de intenções com que precavemos os mais incautos ouvintes que se dirigem ao nosso espaço, pedida de empréstimo a Luigi Pirandello por três motivos: primeiro porque gostamos, não só do autor, mas da peça e do seu título (embora neste último caso o crédito se deva à tradução portuguesa); segundo, porque com ele se estabelece uma ponte com o teatro moderno (parte importante da história da Sociedade de Instrução Guilherme Cossoul); terceiro, porque no início do texto de Pirandello, uma personagem exclama da plateia “eu sabia (...) que aqueles barulhos faziam parte do espetáculo” relacionando três conceitos essenciais a este festival: barulho, espectáculo e improvisação.

Improvisar é o infinitivo de um verbo cujo sentido pode exigir ou prescindir de complemento e cuja conjugação pode exigir ou prescindir de um pronome; dependendo do contexto, o verbo improvisar pode ser, por essa razão, classificado como transitivo, intransitivo e pronominal: são categorias gramaticais que sugerem diferentes movimentos e graus de autonomia num processo análogo ao fazer musical. Por sua vez, improvisado ou improvisada (como no caso da música) é um adjectivo cujo valor, dependendo do contexto, pode ser tanto positivo quanto negativo. É uma ambivalência que os portugueses conhecem bem, habituados a improvisar coisas: improvisa-se porque se quer, improvisa-se porque não se planeja com a devida antecedência, improvisa-se porque não se tem alternativa, improvisa-se nem sempre bem, mas improvisa-se muito, sem verdadeiramente saber se isso é um defeito ou uma virtude.

A relação da Cossoul com a Música Improvisada é também ela improvisada. O que se quer dizer, neste caso, é que nasceu espontaneamente (como habitualmente acontece com as relações frutíferas) da aproximação dos músicos e da comunidade da música improvisada em Lisboa à Cossoul, onde encontrou uma porta aberta através da qual foi trazendo amigos de outras paragens, ocupando um lugar central na nossa programação e que decidimos celebrar na forma de um festival".


FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA

Direção artística: Ricardo da Rocha
Produção Cossoul: Eduardo Morais, Carolina Chora Alves
Assistência de Produção: Paula Pires Comunicação: Ana Raquel Afonso, Eduardo Morais Design Gráfico: Paulo Graça
Apoios: Direcção Geral das Artes, Câmara Municipal de Lisboa, Phonogram Unit, Creative Sources, Antena 2 e Rimas e Batidas
 


BILHETEIRA

O bilhete de cada atuação tem o custo de 7€, para público em geral, e 5€ para sócios Cossoul. A venda acontece na entrada do evento.


CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA

M/6


ACESSIBILIDADE 

A sede da Guilherme Cossoul permite o acesso a pessoas com limitações motoras
[Referir se o evento/apresentação pública garante o acesso a pessoas com deficiência e/ou surdas, assegurando serviços de acessibilidade, tais como, interpretação em Língua Gestual Portuguesa, Audiodescrição, Sessões Descontraídas, entre outros]


MAIS INFORMAÇÕES

www.guilhermecossoul.pt

 

 

 

© Beatriz Pequeno