Luisa Cunha é "Artista do Mês" na Bienal de São Paulo

artes visuais
Luisa Cunha é "Artista do Mês" na Bienal de São Paulo
Internacionalização

Fotografia: Luisa Cunha, "What's behind that curtain?", 1992, performance, IFICT, Lisboa, Portugal

A artista portuguesa Luisa Cunha está este mês em destaque nas "Studio visits", um projeto criado pela 34.ª Bienal de São Paulo para dar visibilidade aos artistas participantes. Numa série de vídeos, os artistas dão-nos a conhecer o seu trabalho e respondem a desafios e "provocações" lançados pelos curadores Jacopo Crivelli Visconti, Paulo Miyada, Carla Zaccagnini, Francesco Stocchi e Ruth Estévez.

No vídeo dedicado a Luisa Cunha, a artista "abre o seu atelier" e convida-nos a entrar. Conta-nos que começou a dedicar-se à arte contemporânea apenas aos 37 anos e explica-nos que é conhecida pelas suas obras sonoras. Comenta que está "entregue ao presente" e que o seu trabalho artístico surge de forma espontânea e inesperada, "das banalidades do quotidiano, durante caminhadas e conversas com amigos". 


"Tudo o que sou e tudo o que acumulei ao longo da minha vida. Tudo o que vi, as pessoas que amei, tudo. As leituras que fiz. Os filmes que vi, tudo. Conversas com pessoas. Tudo isso é uma grande fonte que tenho dentro de mim. E é com essa fonte que produzo as obras". (Luisa Cunha)


Ainda no vídeo, a artista fala-nos da sua trajetória e pesquisas atuais, dando-nos também a conhecer a obra que irá apresentar em "Faz escuro mas eu canto", a grande mostra coletiva da Bienal, a decorrer de 4 de setembro a 5 de dezembro de 2021, no Pavilhão Ciccilo Matarazzo do Parque Ibirapuera (São Paulo, Brasil).

A presença portuguesa na 34ª Bienal de São Paulo, que conta também (para além de Luisa Cunha) com a dupla de artistas Mariana Caló e Francisco Queimadelao, é apoiada pela DGARTES. Este apoio resulta de um acordo de cooperação internacional celebrado com a Fundação Bienal de São Paulo, garantindo, assim, a participação de Portugal nesta que é considerada uma das principais mostras do circuito artístico internacional. Desde 1951, a Bienal de São Paulo reuniu mais de 16 mil artistas e 17 milhões de visitantes.

De referir, ainda, o apoio da DGARTES à visita de Crivelli Visconti a Portugal, em dezembro de 2019, com o objetivo de conhecer e mapear o trabalho de artistas portugueses com interesse para a temática de "Faz escuro mas eu canto".

 

 


Data de publicação: 05-08-2021