Dullmea atua em São Tomé e Príncipe com o apoio da DGARTES

Internacionalização
Dullmea atua em São Tomé e Príncipe com o apoio da DGARTES
Apoio às Artes

© João Fitas

Depois do concerto no Pátio do Museu da Universidade do Porto, no início de julho, a criadora artística e compositora Dullmea viaja até São Tomé e Príncipe para um concerto no dia 25, no Espaço Cacau, integrado na programação da X Bienal de Arte e Cultura. Em setembro e outubro estão ainda planeados mais concertos no estrangeiro e também em Portugal.

A artista irá apresentar uma seleção de repertório entre os álbuns Hemisphaeria e Ephemeroptera, convidando-nos a mergulhar "neste seu universo único em que voz e a eletrónica se fundem num instrumento uno para nos fazer descobrir novas e desafiantes paisagens sonoras". Excluindo completamente o uso de música pré-gravada, a artista interpreta uma seleção de peças do seu repertório com momentos "que ora trazem luz à singularidade da voz solo, ora se transformam por artes mágicas em colossais catedrais sónicas".

Dullmea (Sofia Fernandes) formou-se em música na Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo. Em 2016, lançou o álbum de estreia Keter, calorosamente recebido pela crítica. Desde então, tem desenvolvido o seu universo através de um dispositivo eletrónico personalizado que usa como extensão da voz, incorporando todos estes elementos como um único instrumento, improvisando sem recorrer a música pré-gravada. Lançou Hemisphaeria, [dʊl’mjə],̯ Orduak, Lloc Comú e Ñe'ẽsẽ, trabalhos editados, apresentados e promovidos com o apoio da República Portuguesa - Cultura / Direção-Geral das Artes, da Fundação GDA, Arte Institute e Antena 2. Entre outros, Dullmea apresentou-se ao vivo em Nijmegen, Eindhoven (Países Baixos); Viena (Áustria), Turim (Itália), Lisboa, Porto, Vigo, Barcelona – LEM Festival (Espanha); São Paulo – MAC (Brasil; Berlim (Alemanha); Copenhaga (Dinamarca); Milton Keynes – exposição “Obedience and Defiance” de Paula Rego (Reino Unido).

"Não dizemos: água e pedras. Dizemos: rio. Sabemos que é um ecossistema interdependente e simbiótico, cujos elementos se aprendem e adaptam entre si continuamente, desde sempre. Tocamos a lisura de um seixo e sabemos que esse alisar levou tempo. Da mesma forma, não dizemos: voz e electrónica. Dizemos: Dullmea. Não apenas a voz, mas tudo o que habita a respiração, inundam o labirinto electrónico e geram um organismo uno, indivisível – é o rio. Depois chegam os cardumes de direções imprevisíveis, melodias de prata que serpenteiam hipnotizantes; nas margens, propagam-se lentas e densas as texturas minimalistas; de repente, um golpe na membrana anfíbia do microfone, rompendo a horizontalidade sónica; mais à frente, um pulsar assertivo de nascente. Dullmea tomou o tempo para gerar um ecossistema onde os elementos interagem e os limites entre voz e electrónica se esfumam, como que embebidos de uma natureza ilusionista".

MAIS INFORMAÇÕES

www.dullmea.com

Data de publicação: 10-07-2024