"Oresteia", de Ésquilo, até 24 de fevereiro no Pequeno Auditório do CCB, Lisboa

Teatro
"Oresteia", de Ésquilo, até 24 de fevereiro no Pequeno Auditório do CCB, Lisboa

© Bruno Simão

Integrado no "Ciclo De Zeus a Varoufakis - A Grécia nos destinos da Europa", a apresentação de "Oresteia" no CCB continua até sábado, 24 de fevereiro, às 21h00.

"Uma família em queda, a de Atreu, carrega uma maldição. Vinganças, mortes e sangue vêm perseguindo esta família.
Em 'Agamémnon' assistimos à chegada do herói depois da vitória na guerra de Troia, e ao seu assassinato, planeado pela esposa Clitemnestra e Egisto, seu amante e primo de Agamémnon (banido do reino pelo assassinato de Atreu). A morte de Agamémnon é a vingança por ter morto Ifigénia, sua filha, entregue em sacrifício aos deuses. A peça narra também a previsão de Cassandra: o crime que levará à sua própria morte e à de Agamémnon.
Nas 'Coéforas', Orestes, filho de Agamémnon e Clitemnestra, vinga a morte do pai, assassinando a sua mãe e também Egisto. Orestes tem o apoio da irmã Electra e do deus Apolo. Mas é imediatamente atacado pelas Erínias (deusas do remorso) e enlouquece.
A peça final, 'Euménides', trata do julgamento de Orestes. Apolo, que o tinha encorajado a matar a mãe, partilha com ele o sentimento de culpa e aconselha-o a pedir auxílio à deusa Atenas. Esta pede um julgamento, que favorece a inocência de Orestes, acabando assim a maldição na casa de Atreu".

«A Justiça lutará contra a Justiça»
Ésquilo, Coéforas

"Quando ouvimos falar de tragédia grega vem-nos logo a imagem de deuses e heróis distantes, guerras, mortes, destino… O destino dos homens na mão dos deuses, o destino dos homens nas suas próprias mãos. E o que fazer quando os deuses nos põem à prova? Ou quando escolhemos o nosso próprio destino? Seremos deuses?
Confrontar-nos com um texto destes é sermos convocados a fazer parte dele e, enquanto indivíduos, a fazer parte do espetáculo; tomarmos partido e continuarmos a pensar sobre o papel da cidade na vida dos homens. É voltarmos às bases do que somos hoje. Os gregos são incríveis nisso de nos chamar para fazermos parte da noite: ouvir a voz da cidade, dos deuses e dos homens; como se todos fossem um só. É o que queremos fazer: pensarmos em nós, hoje.
Oresteia é um conjunto de três peças do dramaturgo grego Ésquilo: Agamémnon, Coéforas e As Euménides. É por muitos considerada a grande obra-prima de Ésquilo e da literatura ocidental, tendo sido representada pela primeira vez em 458 a. C., nas festas dionisíacas de Atenas. A obra aborda temas como a culpa e a expiação, o sentido do sofrimento humano, a responsabilidade do homem em relação aos outros homens e a consciência frente ao destino".

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Ficha artística e técnica:
Autor: Ésquilo 
Direção: Tónan Quito 
Consultadoria artística: Patrícia Costa 
Miguel Castro Caldas: versão e dramaturgia (a presente versão teve como base a tradução de Manuel de Oliveira Pulquério e de José Pedro Moreira (Agamémnon) e foram consultadas as traduções e versões de Robert Fagles, Ted Hughs, Tony Harrison e Pier Paolo Pasolini)
Interpretação: Cláudia Gaiolas, Francisco Camacho, Isabel Abreu, Miguel Borges, Tónan Quito, Vera Mantero, Efthimios Angelakis 
Cenografia: F. Ribeiro 
Desenho de luz: Daniel Worm 
Desenho de som: Pedro Costa 
Figurinos: José António Tenente 
Adereços de cabeça e armadura: Valentim Quaresma 
Música: Dead Combo 
Assistência de encenação: Otelo Lapa 
Apoio: O Espaço do Tempo
Agradecimentos: Hugo Neves, Teatro Nacional D. Maria II, José Pedro Serra e Mariana Vieira
Coprodução: CCB | HomemBala

Duração: aproximadamente 2h30

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Locais, datas e horários:
17, 19, 21, 22, 23 e 24 de fevereiro de 2018, às 21h
18 de fevereiro de 2018, às 16h
Pequeno Auditório 
Centro Cultural de Belém
Lisboa

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Bilheteira:
Bilheteira online: https://ticketline.sapo.pt/evento/oresteia-encenacao-tonan-quito-20013

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Público:
Classificação etária: M/12

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Mais informações:
www.ccb.pt/Default/pt/Programacao/Teatro?A=1135