"Alegrem-se os corações, entusiasmem-se as mentes e soltemos o corpo para viver em festa mais um Tom de Festa – Músicas do Brasil – 50 anos de Tropicalismo, nesta sua 28.ª edição.
É um dos momentos anuais marcantes da ACERT na relação com os seus públicos de muitas geografias. É uma ocasião de afirmação de um acontecimento que, ganhou notoriedade identitária no panorama dos festivais de verão em Portugal.
É um festival que tem a marca do trabalho com que a ACERT se relaciona com uma comunidade e com um público que desejamos exigente na fruição e na capacidade de surpreender.
O Festival celebra a música brasileira contemporânea e, de uma forma particular, o Tropicalismo, movimento cultural brasileiro que, há 50 anos, surgiu sob a influência das correntes artísticas ecléticas, inovadoras, incorporadoras e de vanguarda, que misturou rock e bossa nova, mais samba, mais rumba, mais bolero, mais baião, quebrando as rígidas barreiras que permaneciam, naquela época, no Brasil. Alta cultura versus cultura de massas. Tradição versus vanguarda. Uma rutura vanguardista radical que aprofundou o contato com formas populares, ao mesmo tempo  que assumiu atitudes experimentais para a época que não se  ficaram pela música, estendendo-se  a outras artes (teatro, cinema, literatura, artes plásticas…). Uma dramaturgia que poderia, afinal, e com as devidas distâncias, ter sido o conceito programático que esteve na origem do Tom de Festa. Mas não se julgue que “a arte pela arte” foi apanágio do Tropicalismo, uma vez que também teve um destacado sentido social, em tempo de ditadura militar, contra o autoritarismo e a desigualdade social, propondo a internacionalização da cultura e uma nova expressão estética, não restrita ao discurso político.
Num período em que Trump e seus apaniguados acenam com medidas que representam um recuo civilizacional impõem-se posicionamentos humanistas firmes dos povos de todos os continentes.
Naturalmente que este movimento transformador de costumes e mentalidades não pode ser dissociado de acontecimentos que, na Europa – Maio de 68 - Estados Unidos – contestação à guerra do Vietname - e em Portugal – crise académica de 69, crescimento da contestação à guerra colonial – iam alimentando muitas vontades de mudar. Tudo há 50 anos numa realidade, infelizmente, tão atual.
É assim que o concerto d’ A Cor da Língua ACERT, com cantores brasileiros e nacionais convidados, vai incidir num repertório de temas consagrados de músicos preponderantes do Tropicalismo, como Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil, Os Mutantes ou Tom Zé. Novos arranjos estão a ser preparados  há meses para um espetáculo de celebração onde, como diz a canção “Roda Viva” de Caetano Veloso,
Tem dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que cresceu
A gente quer ter voz ativa
No nosso destino mandar
Mas eis que chega a roda-viva
E carrega o destino pra lá"

/
Programa:
19 de julho
Spicy Noodles 
Palco Jardim às 21:00

Tropicalismo - Cor da Língua
Auditório Ar Livre às 22h00

Os Sincopados       
Palco Pátio às 23h30

20 de julho
Sergio Mota    
Palco Jardim às 21h00

Maíra Baldaia
Auditório Ar Livre às 22h00

Wado       
Auditório Ar Livre às 23h30

Swingueira  
Palco Pátio às 00h30

21 de julho
Cyntia Zamorano         
Palco Jardim às 21h00

Octavio Cardozzo    
Auditório Ar Livre às 22h00

Guilherme Ventura  
Auditório Ar Livre às 23h30

Roda do Choro       
Palco Jardim/Pátio às 00h30

O Gringo Sou Eu   
Palco Pátio às 01h00

/
Contatos:
ACERT - Associação Cultural e Recreativa de Tondela
APARTADO 118 3460-909 TONDELA
232 814 400 | geral@acert.pt | trigolimpo@acert.pt

/
Mais informações:
http://www.acert.pt/tomdefesta/2018/
https://www.facebook.com/acert.pt