Até 19 de março Exposição “Paisagem Sonora #3: Biofonias, Geofonias e Antropofonias” de Filipe Faria, pela Arte das Musas | Proença-a-Nova

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Até 19 de março Exposição “Paisagem Sonora #3: Biofonias, Geofonias e Antropofonias” de Filipe Faria, pela Arte das Musas | Proença-a-Nova

© Filipe Santos/Arte das Musas, 2018

Sinopse:
Uma paisagem sonora é o som ou a combinação de sons que se forma a partir de um ambiente imersivo. Sons criados por organismos biológicos como insectos, mamíferos, aves ou anfíbios - as biofonias -, sons produzidos pelo movimento do ar ou da água - as geofonias - e sons produzido pelo ser humano ou pelas suas invenções - as antropofonias - compõem a paisagem de um lugar e de um tempo. Uma paisagem sonora, tal como uma fotografia, pode ser também uma proposta imersiva, uma combinação de sons de diferentes lugares ou tempos que cria a experiência de um ambiente acústico particular. O resultado destas paisagens pode ser linear ou complexo. "Paisagem Sonora - Biofonias, Geofonias e Antropofonias" de Filipe Faria é uma leitura aural destes lugares e tempos.
Esta obra é uma encomenda dos concelhos que integram a Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa (CIMBB) e está dividida em seis partes. conjugando visões sobre o património, material e imaterial, partilhado por estes territórios, construídas a partir das imagens de Pedro Martins e Valter Vinagre e dos trabalhos sonoros de Filipe Faria.
Esta terceira mostra é dedicada ao tema do feminino. Depois de Proença-a-Nova e Vila Velha de Rodão terem recebido as duas primeiras partes desta visão sobre o território da Beira Baixa, tendo exposto a noção de intangível, através do som e repensado o ciclo de produção do azeite de uma perspetiva estética, respetivamente, Oleiros recebe a dimensão transversal da mulher no sagrado e no mundano que se reflete em pequenos pormenores e objetos partilhados por estes territórios.

A exposição "Beira Baixa sob Perspectiva" enquadra-se no âmbito do Projecto Beira Baixa Cultural, promovido pela CIMBB e pelos municípios que a integram (Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Oleiros, Penamacor, Proença-a-Nova, Vila Velha de Ródão).

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Ficha artística:
Curadoria: Mariana Salgueiro e Centro Cultural Raiano
Conceito Original: Paulo Longo/Centro Cultural Raiano
Fotografia: Pedro Martins e Valter Vinagre
Instalação sonora: Filipe Faria

BIO:
Filipe Faria nasceu, em Lisboa, em 1976. Pai, músico, autor, programador, produtor e investigador licenciou-se em Ciências Musicais pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas/Universidade Nova de Lisboa em 1998. Em 2000 termina a Pós-Graduação em Musicologia pela Universidade Autónoma de Lisboa, em 2002 a Especialização do Mestrado em Ciências Documentais pela Universidade de Évora e em 2004 a Pós-Graduação do Mestrado em Arte, Património e Teoria do Restauro pela Universidade de Lisboa/Faculdade de Letras/Instituto de História de Arte. Funda e co-coordena o projecto de licenciatura e pós-graduação em Ciências Musicais - UAL - em 1999/2001 e funda e coordena o projecto de Licenciatura em Educação Musical - ISCE - em 2008/2009. Em 2000 funda a produtora e editora Arte das Musas da qual é gestor e director artístico e de produção e com a qual desenvolve projectos originais e parcerias nacionais e internacionais nas áreas da arte, cultura e comunicação. Funda, em 2003, o Festival Terras sem Sombra de Música Sacra do Baixo Alentejo, do qual foi director artístico e de produção entre 2003 e 2010, e, em 2012, o Fora do Lugar - Festival Internacional de Músicas Antigas - em Idanha-a-Nova, do qual é director artístico e de produção. Estes projectos originais têm o apoio do Ministério da Cultura e da Direcção-Geral das Artes entre outras entidades. Foi elemento efectivo do Coro Gulbenkian entre 1998 e 2013 tendo realizado digressões em Portugal, Espanha, França, Itália, China, Estados Unidos da América, Malta, Holanda, Bélgica, Alemanha, Inglaterra, Japão, Israel, entre outros, e músico freelancer em ensembles de música antiga nacionais no mesmo período. Em 1999 funda o consort de música antiga e contemporânea Sete Lágrimas, que co-dirige, com uma discografia de 12 títulos - “Lachrimæ #1” (2007), “Kleine Musik” (2008), “Diaspora.pt: Diáspora, vol.1” (2008), “Silêncio” (2009), “Pedra Irregular” (2010), “Vento” (2010) “Terra: Diáspora, vol.2” (2011), “En tus brazos una noche” (2012) e “Península: Diáspora. vol.3” (2013),  “Cantiga” (2014), “Missa Mínima” (2016) - e uma carreira de mais de 350 concertos em Festivais e Centros Culturais da Europa e Ásia como Portugal, Bulgária, Itália, Malta, Espanha, China, Suécia, França, Bélgica, Noruega, Luxemburgo e República Checa. Em 2012 funda o projecto Noa Noa com uma discografia de 4 títulos - “Língua, vol. 1” (2014), “Língua, vol. 2” (2015), “De la mar” (2016), “Palavricas d’amor” (2017) - e mais de 50 concertos em Portugal, França, Bélgica e Japão. Em 2015 edita o seu primeiro livro, o poema gráfico “Um dia normal”. Em 2016 e 2017 cria os projectos multi-disciplinares “Todas as noutes passadas” (com Pedro Castro e Carla Albuquerque) e “Como dormirão meus olhos?” (com Pedro Castro), ambos sob encomenda do Centro Cultural de Belém/Fábrica das Artes em parceria com a Zonzo Compagnie (Bélgica) e com o financiamento do programa Europa Criativa da União Europeia. Em 2018 edita o CD dedicado à música original (escrita em colectivo com Pedro Castro) para “Todas as noutes passadas” e colabora com Mara Maravilha no projecto “Isto não é uma nuvem” apresentado nos Dias da Música no CCB. Em 2018/2019 estreia “Paisagem Sonora #1 a #6: Biofonias, Geofonias e Antropofonias”, em Proença-a-Nova, Vila Velha de Ródão, Oleiros, Penamacor, Castelo Branco e Idanha-a-Nova (em parceria com os fotógrafos Valter Vinagre e Pedro Martins). Este projecto será editado em 2019. Completou o Curso Geral do Conservatório Nacional em 1992, o Curso Complementar de Violino do Conservatório Nacional de Lisboa/FMAC em 1997, o Curso de Fotografia do Ar.Co – Centro de Arte e Comunicação Visual – com o fotógrafo Roger Meintjes, em 1995, o Curso de Pintura da Sociedade Nacional de Belas Artes entre 2001 e 2005 com os pintores Paiva Raposo e Mário Rita e, a convite, o Atelier Livre de Pintura da SNBA, com o pintor Jaime Silva, em 2005. Em 2014 é convidado para a Comissão de Candidatura de Idanha-a-Nova à Rede das Cidades Criativas da UNESCO na área da Música aprovada em 2015 por esta entidade. Desde 2015 representa Idanha-a-Nova como stakeholder em meetings internacionais UNESCO na Suécia, Japão, Polónia, etc.

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Locais, datas e horários de apresentação:
Posto de Turismo Municipal
Oleiros
de 18/1 a 19/3/2019 (de 2ª a sábado)
2ª feira: 13h-20h
de 3ª a 6ª feira:10h-20h
Sábado: 10h-13h / 14h-18h
Entrada livre

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Contactos da entidade promotora:
Arte das Musas
Centro Empresarial de Idanha-a-Nova 6060-182 Idanha-a-Nova
mail@artedasmusas.com
www.artedasmusas.com