31 de julho "Portas Abertas" em sessão dupla no Espaço Alkantara | Lisboa

Cruzamento disciplinar
31 de julho "Portas Abertas" em sessão dupla no Espaço Alkantara | Lisboa

© Stephan Flob

O programa de residências artísticas "Portas Abertas", do Espaço Alkantara, recebe uma sessão dupla das performances "Sexo (con)sentido", de Kátia Manjate e "And the dance in itself is not more than (a sonic reading)", de Clara Amaral, no próximo dia 31 de julho, às 19h.

Portas Abertas: Sexo (con)sentido de Kátia Manjate
Sinopse:
Sexo (con)sentido, da coreógrafa moçambicana Kátia Manjate, é uma espécie de denuncia, um relato, uma experiência traumática que traz com ela questões sobre os direitos humanos, liberdade e sexualidade feminina; uma manifestação sobre o desejo da mulher ser dona do seu próprio corpo e poder administrar as formas de prazer que lhe são importantes e satisfatórias independentemente de opiniões morais, religiosas ou outras que atendam a alguma forma de controlo. A poética deste trabalho centra-se em movimentos conscientes e inconscientes de corpo que partem do estado emocional, a violência corporal e emocional como chamada de atenção para o corpo feminino, as mensagens que carrega e que reflexão que podemos fazer a partir daí sobre os tabus e sistemas de opressão que a sociedade foi impondo à mulher. O universo deste projeto nasce do intimo, da experiência do quotidiano, da vivência, da essência daquilo que se vê, se diz e se mostra. 

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Ficha artísitica:
Conceito e direcção artística: Kátia Manjate

notas biográficas:
Katia Manjate (1984), em 1994 Iniciou a sua formação em danças tradicionais na casa de cultura do Alto Maé, e mais tarde 1999 como membro da associação grupo de canto e dança Milorho, onde foi desenvolvendo o seu trabalho como bailarina. Em 2003 continua a sua formação específica em dança contemporânea no Programa de treino profissional em dança contemporânea, organizado pela Culturarte e danças na cidade, onde recebeu uma formação profissional com vários coreógrafos nacionais e internacionais.
Actualmente desenvolve o seu trabalho como interprete e criadora. Dos seus trabalhos mais recentes destacam-se sexo (con) sentido que teve a primeira apresentação em Senegal (Dakar) e Maputo (Moçambique), e Casa criado no âmbito do Programa Pamoja, em colaboração com artista bailarina de Madagáscar ,Judith Olivia e o artista plástico Moçambicano, Válter Zand. Em 2016/7, participou no projeto transcontinental Shift Realities dos centros culturais alemães Hellerau e Tanzhaus em parceria com a Ecole de Sables. Onde co-criou a peça Fragiland em parceria com os os coreógrafos Jason Jacobs, Souleymane Ladji Koné , Anna Till.
A sua mais recente criação Life in numbers em colaboração com a coreógrafa Alemã, Anna Till, tem estreia agendada para Outubro de 2019 na Alemanha e Moçambique.
É mãe de dois desde 2006, vive em Maputo e trabalha nas áreas de coreografia, artes na educação, assim como sobre as relações entre o teatro e a dança.

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Portas Abertas: And the dance in itself is not more than (a sonic reading) de Clara Amaral
Sinopse:
De que outra forma posso ler em voz alta? Como posso fazer essa leitura ser um gesto performativo? Depois de o ato de ler silenciosamente (The distance between your voice and my voice is what your eyes can read but I can’t say) e da (i)materialidade de um livro (Do you remember that time we were together and danced this or that dance?), Clara Amaral prossegue a sua pesquisa sobre os atos de leitura em And the dance in itself is not more than (a sonic reading). Nesta nova criação, a artista propõe explorar a página não só como espaço hospedeiro da linguagem, mas como espaço de registo de movimento, para pensar como esse registo pode ganhar vida numa performance que cruza a leitura e dança. Em colaboração com a designer gráfico Karoline Swiezynski, Clara Amaral pretende pensar este projeto não apenas do ponto de vista performático mas também como um objeto com propriedades físicas e de design.

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Ficha artísitica:
Conceito e direcção artística: Clara Amaral

notas biográficas:
Clara Amaral é licenciada pelo SNDO em 2013 e encontra-se neste momento no segundo ano de um mestrado no Dutch Art Institute (DAI).
O seu trabalho Do you remember that time we were together and danced this or that dance? estreou no Julidans en 2017 e foi apresentado no Veem House for Performance, em Amesterdão; no Something Raw Festival/Frascati, em Amesterdão; no Circular, em Vila do Conde; e no Festival Temps d’Images, em Lisboa. Será traduzido para Português e apresentado no Teatro Municipal do Porto em novembro de 2019. Em 2018 a sua publicação The distance between your voice and my voice is what your eyes can read but I can’t say integrou a exposição colectiva Sleeping with a Vengeance, Dreaming of a Life com curadoria de Ruth Noack (Atenas, Praga e Stuttgart). A sua mais recente criação In our eyes, a cascade estreou em novembro 2018 no Bâtard Festival em Bruxelas e foi apresentado no Veem House for Performance, Amesterdão. Será apresentado em agosto de 2019 no farº festival na Suíça. Publicou textos no Theaterkrant, Theatermaker, e Contemporary Cruising. Enquanto intérprete, trabalhou com Ivana Muller, Oneka von Schrader e Backet Mingwen.

Karoline Swiezynski (1982, Alemanha) é designer gráfico. Trabalha principalmente em suportes de papel e conteúdos artísticos como escrita, fotografia, ativismo e materiais de processos – académicos e não académicos. Swiezynski terminou em 2011 o curso de Design Gráfico na Gerrit Rietveld Academie em Amesterdão. Desde então participa em várias iniciativas culturais na Holanda. Em 2018-19 participou num programa de residências de um ano na Jan van Eyck Academie em Maastricht.

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Locais, datas e horários de apresentação:
Espaço Alkantara | Lisboa
31 de julho 2019 | 19h

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Informação sobre bilheteira:
Entrada Livre | M/12

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Contactos sobre entidade promotora:
Alkantara
Calçada do Marques de Abrantes 99 1200-718 Lisboa
+351 213 152 2667
alkantarara.pt