"Futuricidade" - conversa com Leonor Areal e Mário Caeiro, 27 de março, online

Teatro
"Futuricidade" - conversa com Leonor Areal e Mário Caeiro, 27 de março, online

Mário Caeiro

No Dia Mundial do Teatro, 27 de março, pelas 18h, o projeto FUTURICIDADE transmite em direto a segunda conversa “Futuricidade”, com Leonor Areal e Mário Caeiro, dois nomes incontornáveis da cultura contemporânea, com percursos e trabalhos tão desafiadores quanto multifacetados.

Mário Caeiro produzirá uma reflexão em torno da Arte Pública, propondo uma gramática do ativismo, questionando o conceito de democracia (ou sua possibilidade) e a potencial viabilidade do conceito de cidadania artística. Leonor Areal trará a sua visão de cineasta e a experiência do lugar da arte na transformação social e política desde os tempos em que acompanhou e registou no documentário "Geração Feliz" o furor e contundência ativista das performances públicas do grupo "Felizes da Fé".

Com moderação a cargo de Marta Tomé e Rui Matoso, a conversa será transmitida em direto no Facebook e acolhida pelo Museu Municipal Carlos Reis, no contexto de uma parceria com o Município de Torres Novas.


FUTURICIDADE

O projeto “Futuricidade”, concebido pela coreógrafa Marta Tomé em colaboração com o investigador Rui Matoso, parte de pesquisas no campo da dança contemporânea, bem como de outras áreas artísticas, da sociologia urbana e da geografia cultural, para, através de uma metodologia interdisciplinar, "ativar esse corpo de ideias e práticas trazendo-as para o contexto da democracia participativa". Uma das perguntas de partida do projeto é suscitada "pela inquietação de imaginar de que modo as crises recorrentes deste século, designadamente da atual pandemia covid-19, afetam negativamente o futuro da convivência democrática e a liberdade nas cidades e no espaço público. Neste sentido, importa também questionar de que modo as atuais tecnologias e os modos de governação tendem a expandir a inércia social, os corpos estagnados e as subjetividades dóceis".

“Futuricidade” assume-se, assim, como um espaço de partilha de experiências e de aprendizagem da inteligência coletiva sobre práticas urbanas. “É uma oportunidade para mobilizar saberes artísticos e novas ecologias de saberes, e um impulso para revigorar a democracia participativa e para aproximar os jovens cidadãos da política no seu sentido mais profundo, isto é, da reflexão sobre os valores, princípios e critérios que definem um futuro coletivo ecologicamente justo”.

O projeto tem ainda como objetivo “imaginar e construir um futuro da cidade a partir da complexidade do presente e da sua transformação num horizonte íntegro de vida comum, respeitando todas as formas de vida, o pluralismo e a diversidade cultural”.