"Here is my eyes aren't", de Laura Stinger, 28 a 30 julho, Zaratan AIR | Open Studio, Lisboa

Cruzamento disciplinar
"Here is my eyes aren't", de Laura Stinger, 28 a 30 julho, Zaratan AIR | Open Studio, Lisboa

“Here is my eyes aren't”, Laura Stinger (2021)

A Zaratan – Arte Contemporânea convida para uma visita à exposição relâmpago “Here is my eyes aren't”, de Laura Stinger, artista residente na Zaratan AIR. No dia 28 de julho, às 18h00, a exposição integra uma performance ao vivo, resultado da colaboração que @ artista construiu “entre si (humano), materiais orgânicos (scoby de kombucha, ágar, micélio, argila bruta, cristais de sal, cobalto, óxido de ferro) e inteligência artificial (treinar um bot para criar uma partitura de instruções por interpretar). Deste processo resulta uma escultura sem autor, um objeto que se começará a decompor logo após a sua composição, ou até mesmo antes”.

A exposição está aberta de 28 a 30 de julho. A entrada é gratuita.


HERE IS MY EYES AREN'T
Laura Stinger

“Há algum tempo, depois de olhar para uma montanha numa cidade mineira e ver as estrias pretas, azuis, verdes e vermelhas, Laura começou a investigar a argila e o processo de produção da cerâmica, desmontando os seus aspetos materiais e pesquisando a história dos minerais, dos óxidos, dos pedaços de terra.

Kathyrn Yusoff e Lucy Lippard são referências imprescindíveis para o desenvolvimento desta prática, pois ajudaram @ artista a pensar a geologia como não sendo neutra e tendo um papel importante na formação das nossas subjetividades, no espectro dos recursos extrativos utilizados para os recursos humanos.

Na Zaratan, Laura Stinger expandiu esta interseção de materialidade e subjetividades, empurrando a noção ocidental da fronteira do ser humano, cuja soberania é desafiada pelas relações indígenas com a terra, pelas bactérias e pela inteligência artificial. Emerge um questionamento profundo da crença iluminista de que o homem é uma entidade individual, separada da natureza.

No mês passado, @ artista construiu uma colaboração entre si (humano), materiais orgânicos (scoby de kombucha, ágar, micélio, argila bruta, cristais de sal, cobalto, óxido de ferro) e inteligência artificial (treinar um bot para criar uma partitura de instruções por interpretar). Deste processo resulta uma escultura sem autor, um objeto que se começará a decompor logo após a sua composição, ou até mesmo antes.

Em Here is my eyes aren't juntam-se referências a ervas daninhas, bactérias ao cruzar fronteiras, esculturas de energia, conjuntos de dados não racionais, o invisível. A escultura ocupa o lugar de um monumento fluido, que não é a memorialização de um momento histórico, mas sim a marca, o registo de um acontecimento ou de uma performance. O seu objetivo é a fluidez e a deterioração, tornando-se imediatamente abjeto e ilegível.

A performance ao vivo (28 de julho, 18:00) incorpora as instruções geradas por IA (inteligência artificial) como uma exploração improvisada das partituras de dança, da tecnologia, da tradução e do glitch”.


LAURA STINGER
Biografia

A prática artística de Laura Stinger envolve escultura, performance, colaboração e investigação. O seu processo criativo aglutina- se em torno da relação com a natureza e com o outro, uma dicotomia que procura desviar/romper. O trabalho mais recente de Laura Stinger, "Disturbed Landscapes" (com M Rasmussen), reuniu esculturas vivas de micélio, investigação e artistas sonoros e performativos para criar uma instalação em constante mutação. A colaboração entre espécies tenciona imaginar um modo de vida interdependente dentro do caos climático induzido pelo capitalismo. O trabalho parte de estratégias organizacionais descentralizadas na natureza, como os fungos, para estruturar o processo; cada artista adicionou ou subtraiu elementos da instalação livremente durante uma semana, sem hierarquia a determinar a produção criativa. Atualmente explora o desenvolvimento de esculturas em decomposição, que exploram a possibilidade de um monumento como um local de constante mudança, ao invés de uma história estática. Os monumentos são construídos com materiais orgânicos por meio de uma série de pontuações ditadas por um algoritmo de inteligência artificial que processa as informações, onde o fluxo duracional cria um objeto ilegível e não racional. www.laurastinger.com


FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA

Direção Artística: Gemma Noris Produção: Zaratan
Assessoria de Imprensa: João Chaves
Apoio: República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes


LOCAIS, DATAS E HORÁRIOS

Zaratan – Arte Contemporânea, Rua de São Bento 432-434, Lisboa 
ABERTO | 28-29-30 de julho 2021, 16:00 – 20:00
PERFORMANCE | 28 julho, 18:00


BILHETEIRA

Entrada gratuita [No contexto da pandemia Covid-19, para visitar a exposição é obrigatório o uso de máscara sanitária e a entrada é sujeita a lotação máxima, no respeito das normas de higiene e segurança.]


CONTACTOS 

Zaratan – Arte Contemporânea
Rua de São Bento 432-434
Lisboa 
info@zaratan.pt 
(+351) 967580235


MAIS INFORMAÇÕES

www.zaratan.pt

 

 


A Zaratan – Arte Contemporânea é apoiada pela DGARTES.