Q de Quê?, pelo Teatro Meia Volta, dia 25 fevereiro, Cacém [para os mais novos]

Teatro
Q de Quê?, pelo Teatro Meia Volta, dia 25 fevereiro, Cacém [para os mais novos]

Fotos: João Tuna

Sinopse:
“Que mundo é este? Que mundo é este do qual nunca ouviste falar? Será que nunca viste estas coisas? Ou será que estas coisas sempre foram assim e nunca quisemos vê-las? Será que vês pelos teus próprios olhos? Ou será que alguém te ensinou como se deve olhar?” Numa ambiência quase imersiva, paisagem saturada entre o real e o sonho, conhecemos um ser que nos vai questionar e desafiar a olhar mais atentamente para tudo o que nos rodeia. Com ante-estreia no Espaço do Tempo, em Montemor-o-Novo, dia 18 de Fevereiro pelas 16hs, o novo espetáculo para a infância e juventude do teatro meia volta, estreará depois, no dia 25 de Fevereiro no Auditório Municipal António Silva, integrado na programação do teatromosca, onde ficará em cena até dia 26 de Fevereiro, sempre às 16hs. 
Q de Quê? é um espetáculo em forma de pergunta, dirigido a crianças e jovens a partir dos 8 anos, que pretende refletir sobre diversidade, identidade e expressão de género. A biologia e a ecologia dão o mote para compreender a enorme complexidade e diversidade do mundo natural. Ao longo da pesquisa para este projeto, deparámo-nos com uma abordagem - para nós quase desconhecida - de biólogas e ecologistas como Brigitte Baptiste e Joan Roughgarden que introduzem na sua pesquisa um olhar queer, trazendo para o centro do seu trabalho toda a diversidade que existe na natureza em relação aos afetos, sexualidade, género e expressão de género. Ao longo da história da ciência, muita informação que contrariava os padrões da cultura hétero/cisnormativa (e que tingiam também a pesquisa científica) foi sonegada. Todes assistimos a imensos programas sobre a vida selvagem e, certamente, teremos dificuldade em recordar alguma informação sobre homossexualidade ou expressão de género entre animais ou plantas. Através da pesquisa desenvolvida, descobrimos a imensa diversidade que caracteriza a natureza relativamente a estas questões e sentimos que seria uma importante porta de entrada nos temas que queremos tratar. Percebemos que é problemático a comparação entre animais e humanos, mas, como aponta Joan Roughgarden, “às vezes podem ser traçados paralelos entre a forma como as pessoas se comportam e a forma como os animais se comportam, como se os animais oferecessem culturas biológicas semelhantes às nossas”. Esperamos que esta perspectiva sobre a diversidade da natureza possa ajudar-nos a diluir cristalizações sobre género e sexualidade que ainda hoje carregamos e que põem em causa o crescimento e o desenvolvimento, seguros e felizes, de tantas crianças e jovens LGBTI.

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Ficha artística:
Criação - Alfredo Martins e Luís Godinho Texto - Alfredo Martins Interpretação - Luís Godinho Figurinos- Ainhoa Vidal 3 Cenografia - Carla Martinez Desenho de luz - Manuel Abrantes Música e desenho de som - Rui Lima e Sérgio Martins Design - Luís Cepa Apoio à pesquisa - André Tecedeiro Consultoria Científica – Ana Moraes Parcerias - ILGA, Rede Ex Aequo, AMPLOS, Casa Qui, CES Universidade de Coimbra Co-produção - teatro meia volta e depois à esquerda quando eu disser, teatromosca Residência de co-produção - Centro Cultural da Malaposta, O Espaço do Tempo Apoio - Direcção Geral das Artes, Câmara Municipal de Lisboa, Polo Cultural Gaivotas-Boavista Agradecimentos - Casa do Capitão

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Local, datas e horários:
Auditório Municipal António Silva
dia 25 e 26 de Fevereiro às 16hs. 

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Informações e reservas:
Reservas 351 91 461 69 49 ou geral@teatromosca.com
Reservas no Espaço do Tempo através do telefone 351 266 877 0736 877 073.
bilhetes 7 euros (normal) ou 5 euros (descontos).

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Link para site:
http://www.teatromeiavolta.com