ARS AD HOC > Ciclo ‘Clássicos vs Contemporâneos", 3 novembro, Santa Marta de Portuzelo (Viana do Castelo)

Música
ARS AD HOC > Ciclo ‘Clássicos vs Contemporâneos", 3 novembro, Santa Marta de Portuzelo (Viana do Castelo)

Sinopse:
Ao longo dos últimos três séculos, diversos compositores têm escrito quartetos de cordas, tornando-o a mais nobre formação camarística. Não raramente, é no quarteto de cordas que os compositores experimentam as suas mais arrojadas ideias, tirando partido da comunicação única que se dá entre quatro músicos que trabalham em conjunto, cada qual com o seu insubstituível contributo. A tradição de inovar no quarteto de cordas remonta à época de Joseph Haydn (1732 - 1809), em que os quartetos eram tocados em privado, não havendo notícia de concertos públicos com quartetos de cordas enquanto o compositor viveu em Viena.

Haydn é considerado o “pai do quarteto de cordas”. Não tendo sido o primeiro a escrever para esta formação instrumental, foi o primeiro a produzir um sério conjunto de quartetos, estabelecendo o paradigma formal que perdurou por mais de cem anos: “a mais pura e abstracta forma musical à disposição de um compositor” (Dean Sutcliffe).

Pela primeira vez no distrito de Viana do Castelo, o programa que o ars ad hoc se propõe apresentar na Igreja de Santa Marta de Portuzelo contrapõe os extremos da literatura para quarteto de cordas, combinando o classicismo de um quarteto de Haydn com a mais recente transfiguração do género sob a pena do italo-suíço Oscar Bianchi (Milão, 1975), não faltando uma obra composta em território nacional – uma encomenda da Arte no Tempo à compositora Mariana Vieira (1997), estreada há um ano no Festival de Música Contemporânea de Évora.

Considerados como um marco na história da composição, os quartetos op. 20, que Haydn compôs no ano do seu 40º aniversário, figuram entre aqueles que lhe valeram a “paternidade” do género, pelo desenvolvimento de novas técnicas. O quinto dos seis quartetos op. 20 é, pois, a obra clássica deste programa.

O segundo quarteto de cordas de Oscar Bianchi tem o nietzschiano título de ‘Pathos of distance’. Trata-se de uma obra na qual a paleta tímbrica do quarteto de cordas é expandida com a utilização de outros objectos sonantes (waldteufels). Menos vanguardista no resultado sonoro, a obra de Mariana Vieira explora de forma consistente um simples elemento dinâmico, desprovido de conotações estéticas: o crescendo.

PROGRAMA:

Mariana Vieira (1997) | Quarteto de cordas no 1 [2023] ca 10’

Joseph Haydn (1732 - 1809) | Quarteto de cordas em fá menor Op. 20 no 5 [1772] ca 25’

Oscar Bianchi (1975) | Quarteto de cordas no 2 - ‘Pathos of distance’ [2017] ca 16’ > estreia nacional

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Ficha artística:

-   Matilde Loureiro e Diogo Coelho > violino

-   Francisco Lourenço > viola

-   Gonçalo Lélis > violoncelo

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Ficha técnica:

Programação | Diana Ferreira

Produção | Arte no Tempo
 

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Locais, datas e horários de apresentação:
Igreja Paroquial de Santa Marta de Portuzelo
3 de Novembro de 2024 | 16h00

 

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Informação sobre bilheteira:
entrada livre

 

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Link para site:
www.artenotempo.pt