"Auto do Fidalgo Aprendiz", pela Musurgia, 27 e 28 setembro, Teatro Helena Sá e Costa, Porto

Teatro
"Auto do Fidalgo Aprendiz", pela Musurgia, 27 e 28 setembro, Teatro Helena Sá e Costa, Porto

“Depois de uma época onde a ascensão social e económica da burguesia tinha começado a fazer parte mais regularmente do tecido cultural europeu, começam a aparecer, também no mundo do teatro, a representação burlesca e satírica – típica do teatro vicentino – dos homens e mulheres que almejavam esta ascensão, usando desde os altos e aveludados chapins até aos mais grãos modos de ser, estar e fazer cultivados pelos nobres e pela realeza.

A Musurgia – Associação Cultural, em conjunto com o NAVIO: Núcleo Artístico de Vontades Inusitadas e Outras, apresentam uma coprodução do Auto do Fidalgo Aprendiz onde dialogam a dramaturgia contemporânea e a estética do teatro e da música ibérica barroca. Numa constante e atarantada troca de personagens e de estilos de representação, um conjunto de engenhosos saltimbancos, a mando de Alfonso, edificam um embuste contra Dom Gil Cogominho, o fidalgo, que inocentemente tropeça entre xácaras, chacones e pavanas.

Nestas disputas de hierarquia social – tão engenhosamente intrincadas por D. Francisco Manuel de Melo – onde o dinheiro e os modos batalham desde os mais evidentes estatutos até às mais humorísticas subtilezas, uma questão persevera desta crítica de costumes e da ilusão das subidas ao poder: Qual é, afinal, a verdadeira farsa: a cilada ou o fidalgo?
Este auto, de D. Francisco Manuel de Melo escrito em 1646, é uma obra teatral que se destaca no contexto português seiscentista, época onde predominavam os autos populares, os entremezes castelhanos e as tragédias clássicas, representadas nos colégios jesuítas. Neste auto vemos um aristocrata provinciano satirizado pelo pouco conhecimento e pouca permeabilidade às modas e etiquetas cortesãs, sendo observada aqui a confluência das tradições do teatro vicentino (sátira social) e do teatro castelhano (estrutura em três jornadas), o que evidencia a sólida cultura literária de D. Francisco Manuel de Melo (1608-1666).
Na leitura que propomos desta obra destacam-se dois pontos: a atualização do texto para o português atual e uma componente musical executada ao vivo pelo Musurgia Ensemble de acordo com as práticas que se observavam no teatro ibérico barroco”. 

FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA

DIREÇÃO ARTÍSTICA: Jorge Luís Castro
TEXTO ORIGINAL: Dom Francisco Manuel de Melo ADAPTAÇÃO TEXTUAL: Inês Sincero e Tomé Nunes Pinto ENCENAÇÃO: Inês Sincero
ASSISTÊNCIA DE ENCENAÇÃO: Tomé Nunes Pinto
DIREÇÃO MUSICAL: João Francisco Távora
SELEÇÃO, ADAPTAÇÃO E EDIÇÃO MUSICAL: Hélder Sousa
INTERPRETAÇÃO: Bárbara Machado, Cristiana Sousa, Henrique Rainho, Inês Carneiro e Jorge Luís Castro
MÚSICOS: Hélder Sousa, João Francisco Távora, Pedro Martins, Silvia Cortini e Xurxo Varela CENOGRAFIA: Alya Ana Lopes
FIGURINOS: Joana Costa Campos DESENHO DE LUZ: João Castro Gomes VIDEOGRAFIA: Daniel Teixeira Pinto
OPERAÇÃO DE SOM E VÍDEO: Tomé Nunes Pinto SERVIÇO EDUCATIVO: Ana Isabel Nistal Freijo DESIGN DO CARTAZ: David Pinto
DIREÇÃO EXECUTIVA: Musurgia - Associação Cultural PRODUÇÃO: Catarina Ribeiro
Uma coprodução Musurgia – Associação Cultural e NAVIO: Núcleo Artístico de Vontades Inusitadas e Outras
Agradecimentos: Casa d’Artes do Bonfim, Junta de Freguesia do Bonfim.
Duração: 75 minutos (sem intervalo) M12

LOCAIS, DATAS E HORÁRIOS 

27 de setembro 2025, 21h
28 de setembro 2025, 16h
Teatro Helena Sá e Costa
Porto

BILHETEIRA

As reservas podem ser efetuadas através do e-mail thsc@esmae.ipp.pt
Preço dos bilhetes: de 5 € a 7 €

CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA

M/12

ACESSIBILIDADE 

Acesso possível a pessoas com deficiência motora

MAIS INFORMAÇÕES
 
https://musurgia.pt