HAMMER TIME 2025, 6 novembro [inauguração], Zaratan – Arte Contemporânea, Lisboa

HAMMER TIME é uma exposição-leilão com mais de 80 artistas nacionais e internacionais. A mostra, com inauguração marcada para hoje (6 de novembro, às 16h), questiona o valor da arte contemporânea e propõe novas formas de partilha e valorização. HAMMER TIME vai estar patente na Zaratan – Arte Contemporânea, Lisboa, até 10 de janeiro de 2026.
O 1.º Leilão-Performance acontece no dia 8 de novembro, às 17h (ao vivo e online), conduzido por João Pedro Branco, integrado no Lisbon Art Weekend (6–9 nov), com horário alargado (12h–20h).
A exposição-leilão HAMMER TIME é um evento expositivo e performático que pretende engendrar uma micro-investigação acerca do valor da obra de arte a partir de uma posição periférica em relação ao mercado. Ao mesmo tempo "Hammer Time" é um evento de angariação de fundos, cujas receitas apoiam seja aos artistas participantes que a sustentabilidade atividade da associação Zaratan.
A participação no evento esteve aberta a todos, convidados a apresentar candidaturas, e do processo de seleção reunimos mais de 80 trabalhos, físicos e digitais, de artistas nacionais e internacionais.
O sistema da arte contemporânea articula-se em estruturas e circuitos de produção, circulação, venda e valorização, nos quais vários atores representam papéis de sinergia ou de antagonismo.
Ao pantominar a estrutura do leilão [enquanto uma instituição de mercado caracterizada por um conjunto explícito de regras] a Zaratan [enquanto espaço independente] procura testar possíveis acessos alternativos ao mundo da arte dita comercial, mas sempre apresentando um trabalho desafiador e sem ceder às tendências e às modas dos circuitos oficiais.
A análise da conexão entre o valor estético e o valor económico de uma obra é crucial para entender o significado geral da produção artística como um fenómeno peculiar da cultura ou subcultura em que vivemos.
O valor de uma obra de arte, considerada apenas do ponto de vista de quem a ama, a possui ou a quer possuir, é incomensurável. Como o valor estético não pode ser completamente objetificado ou quantificado, um trabalho tem valor desde que possa ser apreciado publicamente, ou seja, precisa de um espaço público onde possa acontecer a partilha das avaliações das formas.
Os canais institucionais da arte – museus, galerias, fundações – costumavam proporcionar esta função, e ainda o fazem até certo ponto, quando não são corrompidos por indivíduos que manipulam a arte apenas como um investimento. O sistema financeiro vigente transformou várias das grandes instituições de cultura pública num circo de promoção e comercialização, esquecendo o valor da conexão entre a criatividade pública e a artística.
Respondendo à ausência de modos alternativos de produção e sustentabilidade cultural, a Zaratan pretende ser neste esse espaço de discussão e envolver a participação coletiva de maneira a instigar um debate público, no formato de leilão, acerca da valorização da produção estética contemporânea.
A exposição inclui 4 licitações performáticas conduzidas [ao vivo e em digital simultaneamente] por um agente de contratação convidado pela Zaratan: o artista João Pedro Branco.
CONTACTOS
Zaratan – Arte Contemporânea
Rua de São Bento, 432
Lisboa
info@zaratan.pt
www.zaratan.pt
A Zaratan – Arte Contemporânea integra a Rede Portuguesa de Arte Contemporânea (RPAC)
