O Pavilhão de Portugal, na 16.ª Exposição Internacional de Arquitetura - "La Biennale di Venezia", recebeu mais de 3.000 visitantes, 3 semanas após a sua inauguração

arquitetura

Raul Betti

A 16.ª Exposição Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza inaugurou dia 24 de maio com a exposição "Public Without Rethoric" como Representação Oficial de Portugal.
A inauguração do Pavilhão Português, contou com a presença de cerca de 500 participantes, entre as personalidades italianas destacaram-se a Cônsul Honorária de Portugal em Veneza, Donatella Perruccio Chiari, a Vice-presidente da Câmara de Veneza, Luciana Colle, o Diretor da Fundação Ugo e Olga Levi, Giorgio Busetto, entre as presenças nacionais, salientaram-se o Secretário de Estado da Cultura, Miguel Honrado, a Comissária e Diretora-Geral das Artes, Sílvia Belo Câmara, a Sra. Embaixadora Teresa Macedo, como representante do Camões, I.P., os curadores Nuno Brandão Costa e Sérgio Mah, os arquitetos que projetaram os edifícios expostos e os artistas que conceberam filmes, bem como os mecenas e parceiros do projeto.

De dia 24 de maio até ao dia de hoje o Pavilhão de Portugal já recebeu 3.200 visitantes.
O Projeto que mostra doze edifícios públicos criados por arquitetos portugueses de várias gerações, nos últimos dez anos, e filmes de quatro artistas, constituem a representação de Portugal na Bienal de Arquitetura de Veneza. Instalada no Palazzo Giustinian Lolin, sede da Fundação Ugo e Olga Levi, junto ao Grande Canal, em Veneza, entidade com a qual a Direção-Geral das Artes, organizadora da representação portuguesa, assinou um protocolo de utilização para este ano. André Cepeda, Catarina Mourão, Nuno Cera e Salomé Lamas foram os quatro artistas convidados a criar filmes sobre os edifícios selecionados. Os 12 edifícios de arquitetos portugueses incluídos na exposição dividem-se pelo país e pelo estrangeiro, com três localizados nos Açores: Arquipélago - Centro de Artes Contemporâneas, na Ribeira Grande (João Mendes Ribeiro e Menos é Mais - Cristina Guedes e Francisco Vieira de Campos), Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Angra do Heroísmo (Inês Lobo) e Centro de Visitantes da Gruta das Torres, no Pico (SAMI - Inês Vieira da Silva e Miguel Vieira). De Lisboa estão incluídos na exposição, o Teatro Thalia (Gonçalo Byrne e Barbas Lopes Arquitetos, Diogo Seixas Lopes e Patrícia Barbas) e o Terminal de Cruzeiros (João Luís Carrilho da Graça). Do Porto, são vários os edifícios que constam da representação portuguesa: I3S - Instituto de Inovação e Investigação em Saúde (Serôdio Furtado Associados - Isabel Furtado e João Pedro Serôdio), Molhes do Douro (Carlos Prata), Pavilhões Expositivos Temporários, "Incerteza Viva: Uma exposição a partir da 32.ª Bienal de São Paulo", Parque de Serralves (depA - Carlos Azevedo, João Crisóstomo e Luís Sobral, Diogo Aguiar Studio, FAHR 021.3 - Filipa Fróis Almeida e Hugo Reis, Fala Atelier - Ana Luísa Soares, Filipe Magalhães e Ahmed Belkhodja e Ottotto, Teresa Otto). O conjunto de obras selecionadas inclui ainda o Hangar Centro Náutico, em Montemor-o-Velho (Miguel Figueira), e o Parque Urbano de Albarquel, em Setúbal (Ricardo Bak Gordon). Fora de Portugal, encontram-se o Centro de Criação Contemporânea Olivier Debré, em Tours, França (Aires Mateus e Associados - Manuel e Francisco Aires Mateus), e a Estação de Metro Município, em Nápoles, Itália (Álvaro Siza Vieira, Eduardo Souto Moura e Tiago Figueiredo).

No âmbito desta Bienal, Portugal salienta-se não apenas, com a atribuição do Leão de Ouro a Souto de Moura, mas também através deste expressivo número de visitantes do Pavilhão Português, demonstrando irrefutavelmente que somos um país em que a arquitetura é uma atividade de excelência, mesmo num período assolado pela crise financeira como o retratado na exposição nacional.
Para além disto, o certame veneziano dedicado à arquitetura, recebe ainda 65 participações nacionais, divididas entre os pavilhões históricos dos Giardini, do Arsenale e outros dispersos pela cidade.

A 16.ª Exposição Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza estará patente ao público até ao dia 25 de novembro.

/
Mais informações:
PUBLIC WITHOUT RHETORIC

Imagem apresentação: