21 de julho, Coimbra | CAPC inaugura exposição "Inflammatio" de António Barros

Artes visuais
21 de julho, Coimbra | CAPC inaugura exposição "Inflammatio" de António Barros
21 de julho no Círculo Sereia | Coimbra

Exposição de António Barros ficará patente no Círculo de Artes Plásticas de Coimbra até dia 1 de setembro.
"«Inflammatio», que no Latim procura enunciar o atear do fogo, designa também a inflamação (ou o processo inflamatório) como sendo a reação de um organismo perante uma lesão dos seus tecidos — estádio descrito por Aulo Cornélio Celso na Roma Antiga, cerca de 50 a.C.
Inflamáveis eram também as «insulae» [Insulae] — espaços gregários, residências onde se albergavam os menos abonados na Velha Roma — que, ao contrário das «domus», rapidamente se incendiavam, levando, também por isso, Nero — num estádio de temperamento inflamado — a querer ver Roma a arder.
Passadas estas autofagias [autofA(l)gias _Gelo Real Vestígios], revelam-se novas consciências do corpo quando este se exorciza perante o que em natura, em «florigen» [Florigen], se espelha. Tudo para lá do que em oração no fogo se exorciza [Oratória] e apela [Dá-me a mão, não as luvas].
Mas há um secreto caminhar na montanha [A(l)titude] e, ainda, um diálogo escuro pela noite dentro na busca do sentido. Essa necessária fome de inventar deus [Samovar sobre pedras]."

Bio António Barros 

António Barros estudou na Universidade de Coimbra e na Facultat de Belles Arts da Universidade de Barcelona. A sua área primordial é a investigação no domínio das linguagens. 
Criou Artitude:01 [Projectos & Progestos]; OIC_Oficina de Interação Criativa [CAPC, Coimbra]; ARexploratóriodasartes; A_A [Barcelona; Nantes; Gibellina].
É diretor criativo na Reitoria da Universidade de Coimbra, bem como membro da Direção de Imagem dos European Universities Games 2018. Integrou as diretorias do Círculo de Artes Plásticas da Academia de Coimbra (CAPC); do Teatro Académico de Gil Vicente da Universidade de Coimbra (TAGV); do Teatro Estúdio CITAC; do Clube Português de Artes e Ideias; do simpósio Projectos & Progestos e dos Encontros de Arte — Alquimias dos Pensamentos das Artes. Foi diretor artístico da Rua Larga — Revista da Reitoria da Universidade de Coimbra e teve ainda funções diretivas nas revistas Via LatinaCadernos de Jornalismo e Mediapolis. Integra o corpo consultivo do Arquivo Digital da Literatura Experimental Portuguesa, na Universidade Fernando Pessoa, no Porto. Exerce atividade docente na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, no curso de Pós-graduação em Museologia.
A sua obra artística está representada nas coleções do Museo Vostell Malpartida, Cáceres; Fundació Joan Brossa, Barcelona; Museu Serralves – Museu de Arte Contemporânea do Porto; Museu da Fundação Bienal de Arte de Cerveira; MUDAS – Museu de Arte Contemporânea da Madeira; Museu da Água, Coimbra; Universidade do México; TAGV/Centro de Dramaturgia Contemporânea, Universidade de Coimbra; Maison de Poésie, Marseille; Archivio Guglielmo Achille Cavellini, Brescia; Walden Zero – Transdisciplinary Art and Education Projet, Locarno.
António Barros conta com múltiplas participações em exposições entre 1976 e 2018: MUSAC – Museo de Arte Contemporáneo de Castilla y León; MAC – Museu de Arte Contemporânea de São Paulo; Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian; Alternativa Zero, Galeria Nacional de Arte Moderna, Lisboa; CAAA – Centro para os Assuntos da Arte e Arquitectura; Fifth Free International Forum, Bolognano, Itália; AICA85 – Associação Internacional dos Críticos de Arte, Lisboa; Museu de Arte Contemporânea Fortaleza de São Tiago, Funchal; SACOM2, Cáceres, Espanha; XII Biennale de Paris, França; XVI Bienal de São Paulo, Brasil; 3e Festival International de Poésie de Cogolin, França; Festa de La Lletra, Galeria Joan Prats, Barcelona; Fundação EDP, Lisboa. 
É autor de obras de arte em espaço público, como a peça que na Via Latina enuncia a atribuição do galardão de Património Mundial da UNESCO à «Universidade de Coimbra, Alta e Sofia». É o escultor do Prémio de Estudos Fílmicos Universidade de Coimbra, com que foram laureados Alain Resnais, Manoel Oliveira, Paulo Rocha e João Bénard da Costa.
Trabalha a condição exploratória no domínio objeto_livro e cidade_livro [Esclaves, Quai de la Fosse, Nantes; Se vão da Lei, Sons da Cidade #3, Coimbra]. Publicou o livro John Cage, Música Fluxus e outros gestos da música aleatória em Jorge Lima BarretoContaminações #1 e Vulcânico Palavrador – Uma Elegia a António Aragão, Coimbra. Uma Luva na Língua é uma antologia de estudos sobre a sua obra. Alvoro, edição do MUDAS, contextualiza uma condição distintiva da sua arte sociológica.

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Local, datas e horários:
Círculo Sereia
Casa Municipal da Cultura, Piso -1 Parque de Santa Cruz, Jardim da Sereia
Coimbra
geral@capc.com.pt
21 de julho - inauguração 17h
Patente até 1 de setembro

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Mais informações:
http://capc.com.pt/site/index.php/pt/i-n-f-l-a-m-m-a-t-i-o/​
https://www.facebook.com/events/358035691398458/