Apoio Sustentado 2020-2021 - Constituição da Comissão de Apreciação e Notas Biográficas

Constituição da Comissão de Apreciação 

 

Apoio Sustentado 2020-2021

Presidente/DGARTES

Especialistas Efectivos

Especialistas Suplentes

Criação e outros dominios - Artes Visuais

Sofia Isidoro

Catarina Rosendo

Manuel Costa Cabral

 

Pedro Costa

Miguel Santos

 

Criação e outros dominios  - Circo contemporâneo e Artes de Rua

Fernando Chambel

Mário Moutinho

Sérgio Fernandes

 

Tiago Porteiro

 

Criação e outros dominios - Cruzamento disciplinar

Dulce Brito

Ricardo Seiça Salgado

Tiago Porteiro

 

Miguel Santos

 

Criação e outros dominios - Dança

Maria José Veríssimo

Cristina Benedita

Luísa Roubaud

 

Marta Silva

 

Criação e outros dominios - Música

Costanza Ronchetti

Cristina Fernandes

Pedro Santos

 

 

Carlos Alves

 

Criação e outros dominios - Teatro

Cecília Branco

Anabela Mendes

Armando Nascimento Rosa

José Alberto Ferreira

 

Rui Monteiro

 

Programação

Mónica Guerreiro

Carlos Semedo
Catarina Pires

Pedro Fernandes

Rui Matoso
 

Carlos Ramos

 

Notas Biográficas

Anabela Mendes

Germanista e professora na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Desenvolve a sua atividade científica e ensaística nas áreas da germanística, estética e filosofia da arte, ciência e arte, teoria e dramaturgia radiofónica, artes performativas, viagens de longo curso. Tornou-se investigadora independente a partir de 2019. Como tradutora literária, desde 1972, tem-se dedicado a obras de Arthur Schnitzler, Bertolt Brecht, Daniil Charms, Elfriede Jelinek, Frank Wedekind, Heiner Müller, Heinrich von Kleist, Ödön von Horváth, Patrick Süskind, Peter Handke, Rainer Werner Fassbinder, Thea Dorn, Thomas Bernhard, Wassily Kandinsky. Como dramaturgista, autora de peças, assistente de encenação e encenadora tem trabalhado em estreita colaboração com diversos grupos de teatro universitário e profissional na criação de projetos artísticos em Lisboa, Porto, Açores, Berlim e Panjim (Índia). Realiza atualmente, com outros investigadores, um projeto dedicado ao estudo das artes no Arquipélago dos Bijagós (Guiné-Bissau), intitulado “Bijagós: Uma etnia de viver homeostático”.

 

Armando Nascimento Rosa

Doutorado em Estudos Portugueses, mestre em Estudos Literários Comparados e licenciado em Filosofia pela Universidade Nova de Lisboa, é professor adjunto na Escola Superior de Teatro e Cinema desde 1998, onde coordena os mestrados em Artes Performativas e em Teatro e Comunidade. É investigador membro do Centro de Investigação em Artes e Comunicação desde a sua fundação, em 2007. Dramaturgo, ensaísta e criador musical, é autor de cerca de trinta obras dramáticas originais, incluindo dois libretos de ópera, com música de Hugo Ribeiro, vencedoras do concurso Ópera em Criação. Tem peças traduzidas em sete línguas, várias delas publicadas nesses idiomas e com encenações e/ou leituras encenadas em Londres, Madrid, Barcelona, Nova Iorque, Zurique, Milão, Atenas, Araraquara, Nova Orleães, Chicago, Houston e Ítaca (EUA). De outras distinções recebidas, destaca: Prémio Revelação Ribeiro da Fonte (2000); Prémio Albufeira de Literatura (2008); Prémio Nacional de Teatro Bernardo Santareno (2011); Prémio Literário Aldónio Gomes (2012). Em 2014, a sua peça “Resgate” foi escolhida por um júri catalão para representar Portugal no Festival of Dramaturgy on the Crisis – PIIGS, em Barcelona e em Milão. A sua peça “Menino de sua avó”, escrita para Maria do Céu Guerra e que integra o Plano Nacional de Leitura, fez várias digressões ao Brasil (Rio de Janeiro e Niterói) numa produção d’A Barraca, recebendo em 2014 o Prémio Especial do Júri do FITA em Angra dos Reis. Autor e intérprete de um extenso repertório original de fado, desenvolve o projeto musical “O Piano em Pessoa” com o pianista António Neves da Silva, com estreia em 2012 na Aula Magna da Universidade de Barcelona e edição em CD em 2018 (Tradisom/IPL e Casa Fernando Pessoa). Prepara a edição da obra dramática completa de Natália Correia, com organização, pesquisa e aparato crítico seus, pela Imprensa Nacional – Casa da Moeda.

 

Carlos Piçarra Alves

Solista A na Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música e professor de clarinete na Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco, formou-se na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo na classe de António Saiote e obteve o Prix de Perfectionnement à l’unanimité du jury no Conservatório Superior de Versalhes. Fez masterclasses com Walter Boeykens, Guy Deplus, Philippe Cuper, Guy Dangain, Michel Arrignon, Michael Collins e Paul Meyer e abraçou, desde cedo, uma intensa carreira solística e de música de câmara, que se expande por países como EUA, Rússia, Alemanha, Áustria, Holanda, Noruega, França, Itália, Espanha, Bélgica, Luxemburgo, Roménia, Macau e Brasil. Foi distinguido com o Prémio Jovens Músicos, o Prémio da Juventude Musical Portuguesa e o Prémio do Festival Internacional Costa Verde, tendo ainda participado no Concurso Internacional de Roma e no Concurso Internacional Aurelian-Octav Popa na Roménia. Da sua discografia destaca a gravação para a EMI Classics do “Concerto para clarinete e orquestra” de Mozart com o maestro Rui Massena e a Orquestra Clássica da Madeira, as “Integrais II para clarinete solo” de João Pedro Oliveira e o álbum “Revisitar os Mitos” com Caio Pagano, Daniel Rowland, Catherine Strynckx e Paulo Sérgio Guimarães Álvares, com as obras “Contrasts” (Bartók) e “Quatour pour la fin du temps” (Messiaen). Em 2009 e 2010 foi artista e professor convidado da Universidade do Arizona (EUA). Dirigiu o Festival Internacional de Música de Paços de Brandão de 2009 a 2012. Foi o solista da estreia mundial do “Concerto para clarinete e orquestra” de Mário Laginha em Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura. Foi, juntamente com Philippe Cuper, solista na estreia da obra “Lara” de José Salvador González Moreno, no Congresso Mundial de Clarinete (2015), com a Banda Sinfónica de Madrid. Integrou o júri dos apoios na área da música atribuídos pela Direção-Geral das Artes (2013). É artista Buffet Crampon e membro fundador do Arte Music Ensemble, com o qual gravou o disco “Divine” (2015).

 

Carlos Ramos

Programador de cinema, trabalha também nos cruzamentos entre arte e tecnologia. Licenciou-se em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores, com uma especialização em Telecomunicações, no Instituto Superior Técnico em 2002. Fez pós-graduação em Programação e Gestão Cultural na Universidade Lusófona e o curso de Produção e Marketing de Espetáculos na Restart – Escola de criatividade e novas tecnologias. Frequentou o doutoramento em Media Digitais no programa UT Austin / Portugal, pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, onde investigou através de uma abordagem exploratória novas formas de narrativa e interação, trabalhando os conceitos do cinema expandido e cinema algoritmo. É o fundador, diretor e programador do PLUNC – Festival Internacional de Artes Digitais e Novos Media que decorre entre Almada e Lisboa e teve a sua primeira edição em 2015, tendo organizado retrospetivas de importantes nomes da media art como Zach Lieberman e Christa Sommerer & Laurent Mignonneau. Colabora desde 2006 com o IndieLisboa – Festival Internacional de Cinema Independente como programador, exercendo também funções diretivas desde 2015. Foi jurado de festivais de cinema e prémios como o Festival du Nouveau Cinéma (Canadá, 2014), Dokufest (Kosovo, 2016), Timishort Film Festival (Roménia, 2016), Concurso de Jovens Criadores dos Açores – vídeo (Portugal, 2016). Representa anualmente o IndieLisboa em diversos festivais internacionais, participando em painéis e mesas redondas sobre organização e produção de festivais de cinema e programação e mostras de cinema português. É consultor do projeto europeu Less is More, plataforma europeia de desenvolvimento de longas-metragens de orçamento limitado.

 

Carlos Semedo

Tendo a sua formação inicial na área da composição musical, concluiu uma pós-graduação em Gestão Cultural na Universidade Lusófona (2006). Foi professor de formação musical durante 17 anos, tendo lecionado no Conservatório Regional de Castelo Branco e na Escola Profissional de Artes de Mirandela. Criou e coordenou, durante 12 anos, um projeto de lecionação de música, no primeiro ciclo do ensino básico, em todas as escolas do concelho de Castelo Branco. Fundador e codirector artístico do Festival Internacional de Música de Castelo Branco – Primavera Musical, com 18 edições. Trabalhou com Maria João Pires no Centro para o Estudo das Artes, em Belgais, onde foi professor e, em 2004, coordenador da programação e do coro. Desde 2009, é programador do Cine-Teatro Avenida, com responsabilidades alargadas na programação das artes performativas e artes visuais, em diversos espaços municipais. Desde 2017 é assessor para a cultura do Presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco.

 

Catarina Pires

Licenciada em História da Arte, mestre em Comunicação em Ciência e doutoranda em Museologia e História, fez formação técnica em vários domínios, como fotografia, conservação e restauro de madeira e talha dourada, produção e montagem de exposições, serviço educativo, programação e animação do património. Fez investigação sobre temas de ciência e arte e história da ciência, tendo trabalhado com instituições como Museu de Física da Universidade de Coimbra, Museu da Ciência da Universidade de Coimbra, Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, Museu de História Natural e da Ciência de Lisboa e Exploratório – Centro de Ciência Viva de Coimbra. É free lancer nas áreas de programação, projetos educativos e curadoria e produção de exposições de cruzamento disciplinar nas áreas da museologia da ciência, arte e tecnologia. Destaca a (co) curadoria e produção das exposições: “O Sol do Pintor”, no Museu de Física da UC, parceria com Museu Nacional de Machado de Castro (2007); “O Gabinete transnatural de Domingos Vandelli”, no Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, parceria com a FCT-UC (2008); “Da Cartografia do Poder aos Itinerários do Saber”, na Oca do Ibirapuera, São Paulo, parceria Museu Afro-Brasil e FCT-UC (2014) e a exposição do fotógrafo Edgar Martins, “A Impossibilidade Poética de Conter o Infinito”, na Sala da Cidade de Coimbra (2014) com apoio da FCT-UC e Câmara Municipal de Coimbra. Faz a coordenação artística do projeto Ocupação Tropicana – intervenção artística e social. Entre 2015 e março de 2019 coordenou o serviço educativo e foi responsável pela codireção artística na Associação Jazz ao Centro Clube, de que foi vice-presidente entre fevereiro de 2017 e março de 2019. Pertence aos órgãos sociais da Associação juvenil Há Baixa.

 

Catarina Rosendo

Historiadora de arte, trabalha no âmbito da arte contemporânea, através de projetos curatoriais, edições, inventariação e organização de arquivos artísticos, seminários, cinema documental, e como membro de júris, entre outros. Doutorada em História da Arte – Teoria da Arte, em 2015, pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, mediante bolsa de doutoramento da Fundação para a Ciência e Tecnologia, é investigadora, desde 2006, do Instituto de História da Arte dessa mesma faculdade. Colaborou com a Fundação de Serralves, no Porto, em projetos de investigação curatorial para a Coleção do Museu de Arte Contemporânea de Serralves (2014-2017). Integrou o Serviço de Exposições da Casa da Cerca – Centro de Arte Contemporânea, em Almada, onde desenvolveu projetos de investigação e colaborou e/ou foi responsável pela coordenação de exposições e respetivos catálogos (1995-2006). Coautora do filme documentário sobre o escultor Alberto Carneiro “Dificilmente o que habita perto da origem abandona o lugar” (2008, produção Laranja Azul), é autora de livros e catálogos de exposição e de ensaios para catálogos, atas de congressos e imprensa. Em 2008, recebeu o Prémio José de Figueiredo [ex-aequo], da Academia Nacional de Belas Artes, com o livro “Alberto Carneiro, os primeiros anos, 1963-1975” (2007). É membro da Associação Portuguesa dos Historiadores da Arte, da Associação Internacional de Críticos de Arte Portugal e da International Association of the Word and Image Studies.

 

Cristina Benedita

Coreógrafa e professora de dança, licenciada em Dança pela Escola Superior Dança/IPL e em Coreografia e Interpretação pelo European Dance Development Center, ArteZ_Institut of Arts (Arnhem, Holanda). Mestre em Ciências da Comunicação, com especialização em Comunicação e Artes pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, é atualmente doutoranda no mesmo curso e na mesma instituição. Investigadora do ICNOVA/Cultura, Mediação e Artes, daquela faculdade. Utiliza no seu trabalho técnicas de release, body-mind centering, contact-improvisation, presença, energia, corpo e voz, colaborando com artistas de artes performativas em Portugal e em países estrangeiros como Espanha, Bélgica, Itália, Inglaterra, Holanda, Alemanha, Finlândia, Brasil e Chile. As suas áreas de interesse incluem a criação artística e o lugar do corpo, memória e linguagens emergentes, cruzando estes temas com conhecimentos filosóficos ligados ao corpo.

 

Cristina Fernandes

Investigadora integrada do Instituto de Etnomusicologia – Centro de Estudos em Música e Dança da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e crítica de música do jornal Público. Fez o curso complementar de piano no Conservatório da Covilhã, é licenciada e mestre em Ciências Musicais pela FCSH-UNL e doutorada em Música e Musicologia pela Universidade de Évora. Especialista em música do século XVIII, realizou entre 2011 e 2017 um pós-doutoramento sobre as práticas musicais e o cerimonial da Capela Real e Patriarcal de Lisboa (1716-1834), com uma bolsa da Fundação para a Ciência e Tecnologia, e coordenou a linha temática “Abordagens Históricas à Performance Musical” (2015-2017) no INET-md. Faz parte das equipas dos projetos “PROFMUS – Ser músico em Portugal: a condição socioprofissional dos músicos em Lisboa (1750-1985)”, financiado pela FCT, e “PerformArt – Promoting, Patronising and Practising the Arts in Roman Aristocratic Families (1644-1740)”, sediado em Roma e financiado pelo European Research Council. Colabora regularmente com o grupo de investigação “MECRI – Música en España: composición, recepción e interpretación” da Universidade de La Rioja. É autora de livros, capítulos de livros e artigos musicológicos, publicados em Portugal e no estrangeiro, bem como de numerosos textos de crítica e de divulgação musical. Escreveu também guiões para concertos encenados. Foi professora em estabelecimentos do ensino especializado da música de diferentes níveis, incluindo a Fundação Musical dos Amigos das Crianças, a Academia Nacional Superior de Orquestra (Metropolitana), a Escola das Artes – Universidade Católica Portuguesa (Porto) e a FCSH-UNL. É membro da direção da Sociedade Portuguesa de Investigação em Música.

 

José Alberto Ferreira

Doutorando na Sorbonne (Paris 1), com um projeto em torno da problemática da documentação e arquivo nas artes performativas, é docente convidado da Universidade de Évora. Tem colaboração dispersa em jornais e revistas nacionais e internacionais. Publicou, entre outros, “Uma Discreta invençam” (2004) sobre Gil Vicente, “Por dar-nos perdão” (2006) sobre teatro medieval e “Da vida das Marionetas” (2015) sobre os Bonecos de Santo Aleixo. Editor e coeditor de vários títulos, de que destaca “Escrita na paisagem” (2005), “Autos, passos e Bailinhos” (2007), “Tradução, Dramaturgia, Encenação” (2014), “Perspectivas da investigação e(m) artes: articulações” (2016) e “Teatro do Vestido. Um dicionário” (2018). Colabora com várias organizações ministrando cursos e seminários. Dirigiu e produziu o Festival Escrita na Paisagem (2004-2012), no âmbito do qual programou projetos e criações de artistas nacionais e internacionais na área do teatro e do transdisciplinar. Foi o curador português do projeto INTERsection: Intimacy and Spectacle, integrado na Quadrienal de Praga. Dirigiu e programou Ciclos de São Vicente, em Évora (2011-2017). É diretor artístico do Festival Lá Fora e do Centro de Arte e Cultura da Fundação Eugénio de Almeida.

 

Luísa Roubaud

Depois da formação inicial em dança, iniciou o seu percurso profissional como atriz. É psicóloga clínica pela Universidade de Lisboa e mestre em Cultura e Literatura Portuguesa pela Universidade Nova de Lisboa. Doutorou-se pela Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de Lisboa, na especialidade de Dança, onde é docente na área dos Estudos de Dança. Os seus temas de investigação têm incidido sobre a dança em Portugal durante o Modernismo e o Estado Novo, e sobre as representações do corpo na dança contemporânea portuguesa. É diretora do Centro de Estudos em Artes Performativas da Faculdade de Motricidade Humana e investigadora do Instituto de Etnomusicologia – Centro de Estudos de Música e Dança. Atualmente, os seus domínios de interesse versam temáticas como a psicossociologia da dança, dança e inclusão social, e as manifestações da cultura expressiva no espaço lusófono na perspetiva dos estudos culturais e Pós-coloniais, áreas em que tem publicado ensaios e publicações. Vem participando, na qualidade de especialista em dança, na apreciação de candidaturas a concurso e no acompanhamento de estruturas de dança e transdisciplinares, no âmbito do Ministério da Cultura/Direção-Geral das Artes. É, desde 1988, redatora e crítica de dança na imprensa periódica nacional, atividade que desenvolve, desde 2005, no jornal Público.

 

Manuel Costa Cabral

Formado em pintura pela Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa. Entre 1965 e 1969 integrou o atelier de Manuel Lapa tendo trabalhado no design e montagem de exposições temáticas, entre as quais o Pavilhão de Portugal na exposição do Rio de Janeiro (1965), “Turismo em Portugal” em Moçambique (1966) e Lisboa (1968) e “Iconografia do Rei D. Miguel” no Museu Nacional de Arte Antiga. Em 1971 foi bolseiro nos Estados Unidos, pelo Instituto Internacional de Educação e pela Fundação Calouste Gulbenkian, sob a orientação de Rudolf Arnheim. Integrou a equipa para a formação de professores primários, projeto do Centro de Informação e Documentação Amílcar Cabral, na Republica da Guiné-Bissau (1974-77). Foi cofundador em 1973 da Escola Ar.Co – Centro de Arte e Comunicação Visual em Lisboa e seu diretor executivo durante 21 anos, período no qual programou e promoveu exposições anuais de professores e alunos e, em colaboração com a Fundação Gulbenkian, exposições como Simpósio Internacional de Cerâmica, Thomas Gentille, Minoru Niizuma e Bolseiros no Royal College of Art. Recebeu em Londres o título de Honorary Fellow do Royal College of Art em 1991. Como curador independente organizou a exposição de arte portuguesa “Orientations” (1993) na Fundação Akemi, em Amagasaki, no Japão. Dirigiu o Serviço de Belas-Artes da Fundação Calouste Gulbenkian (1994-2011), onde foi responsável pelo programa das exposições bianuais na sede, pelas exposições individuais de Jorge Martins, Gabriela Albergaria, Leonor Antunes e Ricardo Jacinto no Centro Gulbenkian em Paris e, em colaboração com o Centro de Arte Moderna, exposições de Betty Woodman e Richard Serra em Lisboa. Em 1982 retomou a atividade de pintor e tem participado em exposições individuais e coletivas. Com a Fundação Carmona e Costa, desde 2015, faz curadoria de exposições e conferências, nomeadamente as exposições individuais de Jorge Martins, na sede, Maria José Oliveira, na SNBA e Graça Costa Cabral, na SNBA e no Arquipélago, em São Miguel.

 

Mário Moutinho

Tem formação e experiência profissional nas áreas de teatro, cinema, televisão, rádio, produção e animação sócio-cultural. Participou como ator, encenador, autor e coautor nas produções teatrais do Teatro Amador de Intervenção, primeira companhia do país a criar espetáculos de teatro de rua. É um dos fundadores do Teatro de Marionetas do Porto, onde trabalhou como autor de textos e ator/manipulador e integrando atualmente a sua direção. Como ator, encenador, autor, criador de vídeos de cena e assistente de encenação, colaborou com diversas companhias do Porto e com inúmeros encenadores, entre os quais Carlos Avilez, de quem foi assistente. Foi diretor artístico do FITEI – Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica entre 2005 e 2013. Trabalhou como formador e encenador. Em 2010 encenou “A Flauta Mágica”, de Mozart, para a Orquestra Filarmonia das Beiras, a sua segunda incursão como diretor cénico na ópera. No cinema, participou como ator em filmes de, entre outros, Manuel de Oliveira, José Fonseca e Costa, António Pedro Vasconcelos e João Mário Grilo. Realizou curtas-metragens e inúmeros spots para televisão. Na televisão foi ator em “Major Alvega”, “Almeida Garrett”, “Contos das Mil e Uma Noites”, “Mopi”, “Triângulo Jota”, “Elsa” e “Mulheres de Abril”, entre outras; foi ator principal em “Os Andrades”, “Clube Paraíso” e ator/manipulador em “A Árvore dos Patafúrdios”, “Os Amigos do Gaspar” e “No Tempo dos Afonsinhos”. Foi técnico de animação cultural no FAOJ/Instituto da Juventude e locutor/realizador radiofónico. Trabalhou com artistas plásticos portugueses e estrangeiros na criação de videoarte. Organizou exposições e vídeo-instalações, mostras de vídeo e festivais de cinema independente e coordenou o sector vídeo das Jornadas de Arte Contemporânea.

 

Marta Silva

Formada em Dança pela Escola de Dança Ginasiano, frequentou vários cursos em Portugal e no estrangeiro. Trabalhou com coreógrafos como Ana D’Andrea, Ana Figueira, Ana Borges, Bruno Listopad, Jan Zobel, Marcelo José, Marisa Godoy, Peter Michael Dietz, Pedro Carvalho e Viviane Rodrigues. De 1995 a 2000 trabalhou com o Núcleo Arquipel de Criação e com o Núcleo de Experimentação Coreográfica. Trabalhou como intérprete nas residências coreográficas de Nigel Charnock (1999), Jamie Watton (2000) e Ronit Ziv (2002) e como ensaiadora nas produções de Javier de Frutos (2003), Wim Vandekeybus (2004), Rui Horta (2006) e Madalena Victorino (2007). Entre 2001 e 2016 integrou a Companhia Paulo Ribeiro. Em teatro trabalhou com John Mowat, José Wallenstein, Miguel Moreira e Nuno Cardoso. Desde 1996 tem sido professora e responsável por oficinas em várias escolas e companhias, tanto para crianças como para adultos, profissionais e não profissionais, e orienta projetos de intervenção sociocultural. Encontra-se a finalizar a licenciatura em Ciências da Educação na Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto, tendo publicado o livro “Educação pela Arte” (2001). Em 2009 fundou e dirigiu a SOU Associação Cultural e o projeto LARGO Residências, em Lisboa. Foi júri das candidaturas para o Centro de Inovação da Mouraria / Câmara Municipal de Lisboa (2014 e 2015), do concurso Ideias para o Intendente, promovido pelo FabLab / CML (2014) e do concurso Marchas de Lisboa promovido pela EGEAC / CML (2016). Integrou o júri do Prémio Acesso Cultura (2016) e dos apoios nas áreas de Artes de Rua e Dança Contemporânea atribuídos pela Direção-Geral das Artes (2017/2018).

 

Miguel Santos

Artista e investigador transdisciplinar, cruza na sua prática – instalação, escultura, vídeo e fotografia –perspetivas colaborativas entre arte e ciência para explorar a noção de subjetividade e a sua relação com a natureza. Depois da sua formação base em Artes Visuais – Maumaus, Lisboa, e London Guildhall University, Reino Unido – obteve em 2011 o doutoramento em Belas Artes pela Universidade de Sheffield Hallam (Reino Unido) com o projeto “Poetics of the Interface: Creating Works of Art that Engage in Self-Reflection”, com uma bolsa da Fundação para a Ciência e Tecnologia. Em 2013 participou numa residência artística em biologia sintética no Centro Alemão de Investigação em Cancro (Heidelberg, Alemanha) e em 2015 foi bolseiro do Leverhulme Trust numa residência artística no Departamento de Geografia, da Universidade de Durham (Reino Unido). Os seus interesses foram ainda aprofundados num laboratório de campo Arte & Ciência promovido pela Sociedade Finlandesa de Bioarte na estação biológica de Kilpisjärvi (Lapónia, Finlândia). O seu trabalho artístico tem sido exposto nacional e internacionalmente.

 

Pedro Fernandes

Gestor, produtor e programador cultural, tem atuado em áreas como administração, comunicação, gestão de recursos humanos, técnica de espetáculos e manutenção e segurança. É pós-graduado em Gestão Cultural nas Cidades (INDEG/ ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, 2002), tendo concluído a parte curricular dos mestrados em Gestão Cultural (ISCTE-IUL, 2012) e Empreendedorismo e Estudos da Cultura (ISCTE-IUL, 2016). Foi gestor e programador no ACTO – Instituto de Arte Dramática (Estarreja, 2002-04) e diretor artístico do Cine-Teatro de Estarreja (2005-11), assumindo o desenho da estratégia e funcionamento do equipamento após as obras de requalificação. Foi diretor artístico do Teatro Aveirense (2012-14), no âmbito de um projeto de fusão com a Aveiro Expo. Gestor e programador na d’Orfeu AC (2015-18), incluindo o desenho e implementação das estratégias de desenvolvimento da estrutura e funcionamento interno, bem como, entre outras funções, a direção artística do OuTonalidades – circuito português de música ao vivo (2015/16/17) e do Festival i – artes para público infantil e familiar (2016/17), vencedor do prémio ibérico Rosa María García Cano para “Melhor Iniciativa de Programas Educativos e de Promoção das Artes Cénicas para a Infância e Juventude”, no âmbito da 20ª Feria de Teatro de Castilla y León (Ciudad Rodrigo, 2017).

 

Pedro Machado Costa

Licenciado pela Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto (1996) e mestre pela Faculdade de Arquitetura da Universidade Técnica de Lisboa (2004), é atualmente doutorando em Arquitetura dos Territórios Metropolitanos Contemporâneos (ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa). Em 1997 funda o a.s* - atelier de santos, sendo autor e coordenador de vários projetos de obras públicas. Participou em exposições internacionais como a Bienal de Arquitetura de Veneza e a Bienal Ibero-Americana de Arquitetura e Urbanismo, tendo exposto no Institut Valenciá d’Art Modern (Espanha), Hartell Gallery (EUA), Boijmans van Beuningen Museum (Holanda), Architectural Association (Reino Unido), entre outros. Venceu o Prémio Arquitetura dels Sócis d’Arquinfad (2007) e o prémio AICA Arquitetura (2017). Desenvolve trabalho na área da divulgação e da curadoria de arquitetura. Foi júri de vários prémios e/ou concursos de arquitetura, destacando-se o Prémio Secil 2010/12. Foi presidente do Conselho Nacional de Admissão da Ordem dos Arquitetos, membro do Architect’s Council of Europe e membro do Conselho Consultivo da A3es – Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (2014-2015). Diretor do PARQ – Departamento de Arquitetura e Paisagem da Escola Universitária Vasco da Gama, em Coimbra (2010-2012). Docente no Departamento de Arquitetura do ISCTE-IUL no Mestrado Integrado em Arquitetura em 2013/2014. Produz investigação científica nas áreas de arquitetura, paisagem e crítica de arquitetura contemporânea. É membro associado do Dinâmia’CET – IUL desde janeiro de 2013.

 

Pedro Santos

Programador de música da Culturgest desde 2018, esteve ligado, assegurando as mesmas funções, ao Teatro Municipal Maria Matos entre 2009 e 2017. Anteriormente, fez programação musical para os festivais Atlântico da Zé Dos Bois em 1999, Número em 2001 e MadeiraDig em 2004. Esteve ligado desde o início dos anos 1990 a lojas de discos, primeiro a Ananana e depois a Flur, que cofundou em 2001. Como artista sonoro, com o projeto Major Eléctrico, entre 1999 e 2005, cocriou programas de rádio, música para espetáculos de dança, escrita e crítica musical, tendo atuado ao vivo em Portugal, Espanha, França, Inglaterra, entre outros países. É licenciado em Engenharia Civil pelo Instituto Superior Técnico.

 

Ricardo Seiça Salgado

Antropólogo e performer de formação, explora a contaminação entre a etnografia e as metodologias teatrais numa perspetiva de ensaiar ferramentas novas para colocar ao serviço de investigações-ação. Doutorado em Antropologia (2012) no ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, faz uso das lentes dos estudos de performance (visiting scholar na Tisch School of Arts, Nova Iorque, 2009). Investigador integrado e contratado no Centro em Rede de Investigação em Antropologia da Universidade de Coimbra, as suas áreas de intervenção incluem a antropologia, a política, as artes performativas e a educação. É autor de textos para conferências, revistas especializadas, exposições, edições fotográficas e performances teatrais e realizou um filme documentário. Foi docente na Escola Superior de Tecnologias e Artes de Lisboa. É cofundador do grupo de artistas e investigadores baldio | estudos de performance. Como performer tem formação avançada em várias metodologias (método de suzuki, viewpoints, actor-studio, commedia dell’Arte) e trabalhou com variados encenadores em diferentes produções. É diretor artístico do projeto BUH! onde produz as suas performances.

 

Rui Matoso

É investigador no laboratório CICANT da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias de Lisboa, onde desenvolve estudos doutorais sobre o artista alemão Harun Farocki e a visualidade pós-media. É membro investigador da European Communication Research and Education Association. Docente na Escola Superior de Teatro e Cinema, onde leciona Políticas Culturais no mestrado de Teatro; na Universidade Lusófona, onde leciona Cultura, Redes e Globalização na licenciatura em Ciências da Comunicação; e docente e consultor do curso internacional de dança contemporânea Performact. Em 2016, foi research fellow no Arquivo Vilém Flusser (Berlim, Universitat der Kunst) e editou, com José Gomes Pinto, o livro “Art and Photography in Media Environments” (ECREA, 2016). Em 2017 investigou no ZKM | Center for Art and Media (Karlsruhe). Foi consultor da Artemrede para o Plano Estratégico 2015-2010. Coorganizou em Évora em 2014 o ciclo de conferências “Cultura, Espaço Público e Desenvolvimento – Que opções para uma política cultural transformadora?” e editou a publicação homónima. Como gestor, produtor e programador, desenvolve a sua atividade em diversos domínios. Foi membro da direção da Associação Agostinho da Silva entre 2004 e 2012. Cocriou e coprogramou o Realidades Invisíveis – Festival Intermedia, em Torres Vedras (2004). Colabora na área da performance com a Galeria Ana Lama, em Lisboa, e realizou a curadoria da exposição “Urupë” de Carina Martins no Museu Grão Vasco, em Viseu (2017) e na Cooperativa de Comunicação e Cultura, em Torres Vedras (2018). Em 2014, criou com o geógrafo João Seixas o projeto “4D Cidade Invisível” para o Festival Jardins Efémeros, em Viseu. Escreve sobre políticas culturais no jornal Público.

 

Rui Monteiro

Jornalista e crítico de teatro na revista Time Out Lisboa. Nasceu em Lisboa, em 1956, onde estudou antropologia, fotografia e produção e realização televisiva. Em 1980 iniciou a sua actividade como repórter em O Ponto, que prosseguiu em A Capital, O Independente e Blitz, semanário musical que dirigiu entre 1988 e 2001. Foi editor do programa Pop Off na RTP2, entre 1989 e 1992, e autor de vários programas na Rádio Comercial, Antena 3 e Rádio Voxx. Entre 2003 e 2006 foi crítico de teatro no diário Público e, desde 2007, na revista Time Out Lisboa, integrando desde então vários júris dos prémios Autores, da Sociedade Portuguesa de Autores, e da Associação Portuguesa de Críticos de Teatro.

 

Sérgio Fernandes

Formou-se na área do teatro físico e técnica da máscara, destacando a Escola da Máscara com Filipe Crawford, Nuno Pino Custódio, Mario Gonzalez, Familie Floez, entre outros. Ator em várias criações coletivas de companhias de teatro nacionais e internacionais. Iniciou o seu percurso profissional em 1997, com o espetáculo “King – I Have a Dream” no Teatro Cinearte em Lisboa, ESTE – Estação Teatral da Beira Interior, Três Tempos Teatro, Casa da Comédia, Trupilariante – Novo Circo, Teatro Ká, Dulce Compania, Grotest Maru, entre outros projetos pontuais. Em 2012 fundou o Teatro SÓ e, como ator e encenador, realizou espetáculos em Portugal, Espanha, Alemanha, Inglaterra, Holanda, Bélgica, República Checa, Polónia, Israel e Suíça. As suas criações têm sido galardoadas com vários prémios internacionais: Freiburger Leiter 2013 (Alemanha); XII Internationale Straßentheater Festival 2013 Holzminden (Alemanha); Haifa Theater, 2015 (Israel); Kultursekretariat NRW Kulturförderung (Alemanha); Festival Internacional ViaThea 2018 (Alemanha). É membro do Centro de Artes Bethanien em Berlim (Alemanha), fazendo parte da plataforma Performing Artists in Bethanien, membro da Associação de Teatro de Rua de Alemanha, e membro fundador do Ateneu do Catorze em São Luís, em Odemira, dividindo a sua vida profissional entre Portugal e Alemanha.

 

Tiago Porteiro

Do seu percurso formativo, destaca o doutoramento (2016) e mestrado (1996) em Estudos Teatrais, pela Université de la Sorbonne Nouvelle; seminário para jovens encenadores, Teatro Nacional D. Maria II (2003); curso de formação de atores IFICT (1987); e formação de atores e intercâmbio artístico internacional na SITI Company, Estados Unidos da América (2016/17). É, desde 2014, professor auxiliar com nomeação definitiva na Universidade do Minho, depois de ter sido docente do Departamento de Artes Cénicas da Universidade de Évora (1996 a 2013). Na UM, integra o CEHUM (Grupo de Investigação em Estudos da Performance) e colabora com o Centro de História de Arte e Investigação Artística da UÉ. Enquanto investigador integrado do CHAIA (2006-2013) dirigiu a área Zonas de cruzamento: Teatro, Dança, Circo. As suas atuais áreas de investigação incluem: formação do ator/performer; artes e comunidades; cruzamentos artísticos e análise de processos de criação. Dos seus 30 anos de percurso enquanto performer e encenador destaca o início da sua atividade profissional com “De Noite, uma saída inesperada”, de Giorgio Barberio Corsetti no festival ACARTE, a que se seguiu “Construção da Muralha Chinesa” (com circulação europeia). Trabalhou, entre outros, com Madalena Vitorino, Marc Zammit, José Medeiros, Lúcia Sigalho, Ana Tamen e Manuela Ferreira. Como encenador dirigiu mais de uma dezena de espetáculos, entre outros, para o CENDREV, o CPA/Centro Cultural de Belém, Festival Luso-Francês/DRAMAT e, para o espaço público, para o Festival Escrita na Paisagem, FIAR, Festival de Arte do Rua, no Fundão, NOC NOC, em Guimarães. Os últimos projetos têm sido em parceria com Manuela Ferreira, com quem também desenvolve oficinas e projetos de formação que, entre outros, cruzam as artes visuais, o cinema e as artes performativas, nomeadamente para a plataforma de fotografia CI.CLO e o Festival AoNorte, em Viana do Castelo.