Este espetáculo encontra-se integrado na programação do Festival Serralves em Festa, a acontecer entre 31 de maio a 2 de junho, durante 72 horas.

Sinopse:
Cortado Por Todos os Lados, Aberto Por Todos os Cantos convida o público para uma jornada rapsódica pelos territórios que configuram o museu enquanto espaço expositivo, sociológico e arquitetónico e o tangenciam com o mundo que corre nas suas imediações. Pensada como uma peça site-specific, Cortado Por Todos os Lados, Aberto Por Todos os Cantos, é uma tour itinerante pelo museu e os seus arredores enquanto escultura expandida, como campo de posicionamento, encenação e manipulação do real, em que o lugar de onde o espectador-visitante vê algo, constrói-lhe a apreciação, imaginação e o seu próprio teatro em deambulação.
Como uma escultura, onde o corte é via de acesso a uma fruição e a uma conversa com o seu entorno, o museu é este lugar múltiplo que acolhe pessoas em diferentes plataformas de interação e com distintos agentes em operação. Inspirado nas esculturas relacionais dos minimalistas americanos que convocavam à interação, o espetáculo desloca pelo interior e exterior do teatro e posiciona de modo situado e provocador de interação, os diversos elementos que conferem teatralidade à arquitetura. Uma espécie de museu explodido, onde o público ativa e éativado pela sua posição no espaço, pelo seu ponto de vista. Um edifício ére-esculpido com os elementos que o distinguem, desenham e tornam concreto.
No seu texto polémico de 1967, Art and Objecthood, Michael Fried ataca o que considerava uma degeneração da arte de seu tempo: a teatralidade. Marcada pelos happenings, pela performance, pelo Fluxus e pela Pop Art, a década de 60 testemunhou a tomada das artes visuais pela performance presente em obras relacionais. As obras de Donald Judd e Robert Morris vieram a desafiar o modo como os visitantes viam uma escultura, ao convocar as pessoas à interacção, ao jogo. A defesa em se relacionar com o contexto que envolve e circunda uma obra abriu caminho para o performático e o relacional aportarem com força no espaço da galeria. Como se aproveitar da materialidade relacional da arquitetura para instaurar situações, ativar contextos e posicionamentos do público? Como tomar a arquitetura como matéria de trabalho e expandi-la para além dos seus campos e modos de ação de rotina e relançá-la como escultura?
Aplicando a dimensão do fazer teatro como uma espécie de verbo à arquitetura, Cortado Por Todos os Lados, Aberto Por Todos os Cantos busca assim inaugurar novas sociabilidades e resgatar a proximidade do museu com a rua, o exterior, a cidade. 

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Ficha artística e artística:
Concepção e Direção Artística: Gustavo Ciríaco
Assistência de direção e dramaturgia: Catalina Lescano
Assistente em digressão: Sara Zita Correia
Intérpretes e colaboradores: Ana Trincão, Rodrigo Andreolli, Sara Zita Correia e Tiago Barbosa
Intérpretes / alunos da Formação Avançada em Interpretação e Criação Coreográfica da Companhia Instável: Ana Rita Xavier, Arianna Romano, Carlos Alves, Catarina Saraiva, Elsa Pereira, Fabrício Enzo, Gabrielle Mendieta, Ioanna Toliou, Larissa Dias, Maria Inês Costa, Matilde Tudela, Thamiris Carvalho
Cenografia: Sara Vieira Marques
Figurino: Sara Zita Correia
Desenho de som: Bruno Humberto
Desenho de luz: Tomás Ribas
Direção de Produção: Sinara Suzin
Administração: Missanga Antunes
Direção de comunicação: Antonio Pedro Lopes
Fotos: Vera Marmelo, Ricardo Resendes, Filipa Couto, Sara Machado
Vídeos Diogo Lima

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Locais, datas e horários de apresentação:
Museu de Arte Contemporânea de Serralves
Rua Dom João de Castro 210 \ +351 226 156 500 \ https://www.serralves.pt/
1 de junho, sábado, 13h-14h30 / 17h-18h30
2 de junho, domingo, 12h30-14h / 15h30-17h

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Informação sobre bilheteira:
A entrada para o Serralves em Festa é gratuita

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Contactos da entidade promotora:
Companhia Instável
Rua das Estrelas s/nº, 1º Piso do Teatro Campo Alegre
225 104 294
lugar@companhiainstavel.pt
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