8 junho a 6 outubro 2019, Lisboa /  "Thủ Thiêm: an archaeological project for future remembrance" de Tiffany Chung, pela Maumaus

Artes plásticas
8 junho a 6 outubro 2019, Lisboa /  "Thủ Thiêm: an archaeological project for future remembrance" de Tiffany Chung, pela Maumaus

Tiffany Chung, 1972 Thu Thiêm Development Plan by US AID (Agency for International Development), 2013, detalhe. Cortesia da artista e de Tyler Rollins Fine Art, Nova Iorque

Está patente até 6 de outubro, no Lumiar Cité, em Lisboa, "Thủ Thiêm: an archaeological project for future remembrance" da artista plástica americana-vietnamita Tiffany Chung. A exposição, que inaugurou a 8 de junho, com direção artística de Jürgen Bock, "parte de escavações em ruínas e em resíduos urbanos para revelar objetos, incluindo sapatos de criança, caixilhos de janelas ou azulejos". Thủ Thiêm, o local de escavação, é um bairro antigo da cidade de Saigão (Vietname)".

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Sinopse:
(Pela Maumaus)

Os vestígios de eras e impérios passados têm sido o foco da arqueologia. Os ossos do ofício incluem perscrutar e selecionar aquilo que reconstrói sedimentos históricos - estratos de história e objetos embutidos no solo –, desenterrando artefactos que não revelam necessariamente uma mensagem mais importante que a sua própria presença material. Os objetos são mudos e, ainda que alguns implorem que os examinemos melhor, não podemos discernir a partir de que profundidade da história esses apelos emanam ou, mesmo, o que nos tentam comunicar.

Na sua primeira exposição em Portugal, a artista plástica americana-vietnamita Tiffany Chung apresenta, no espaço Lumiar Cité, a obra "Thủ Thiêm: an archaeological project for future remembrance".

Tiffany Chung parte de escavações em ruínas e em resíduos urbanos para revelar objetos, incluindo sapatos de criança, caixilhos de janelas ou azulejos. Thủ Thiêm, o local de escavação, é um bairro antigo da cidade de Saigão (Vietname). Os objetos encontrados nesta pesquisa arqueológica não são necessariamente singulares. São testemunhos triviais de uma vida quotidiana e passada, que ainda ressoa dentro dos objetos. Deste modo, os objetos tanto falam da presença do poder colonial francês na Indochina, como do valor sentimental de uma tigela de arroz em porcelana. Chung também utiliza o “mapa” como medium e ferramenta para suas criações artísticas. Inicialmente, os mapas dos primeiros exploradores europeus eram caracterizados por espaços em branco, que, posteriormente, iam sendo preenchidos. Sem a disciplina da cartografia, todo o projeto moderno - de apropriação, pesquisa e espoliação (de algumas partes) do mundo e, por extensão, de reescrita da paisagem – teria sido quase impossível. Os mapas não são documentos neutros; têm um centro a partir do qual determinam frações e relacionamentos dentro do todo.

Thủ Thiêm era um bairro movimentado, um organismo urbano, que foi sujeito a um plano diretor urbanístico – uma reformulação otimista e exaustiva do espaço urbano que não deixa vestígios do tecido preexistente e rasga as estruturas sociais. A artista responde ao plano diretor – que faz uma espécie de tabula rasa, apagando a história – com uma perspetiva diferente, traçando uma cartografa artística que capta simultaneamente as dimensões espirituais e históricas de um lugar.

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Artista plástica: Tiffany Chung
Direção artística: Jürgen Bock

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Locais, datas e horários:

8 de junho a 6 de outubro de 2019 
(encerra entre 5 de agosto e 3 de setembro)
Lumiar Cité

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Bilheteira:
Entrada livre.

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Público:
Classificação etária: maiores de 6 anos.

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Contacto:
Maumaus
Campo dos Mártires da Pátria, 100 – 1º Esq.
1150 – 227 Lisboa
E. maumaus@maumaus.org 

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Mais informações:
www.maumaus.org

 

 

 

 

 

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