3 agosto 2019, Festival Citemor, Montemor-o-Velho/ "As Tentações de Santo Antão", uma produção do Colectivo 84

Teatro
3 agosto 2019, Festival Citemor, Montemor-o-Velho/ "As Tentações de Santo Antão", uma produção do Colectivo 84

"La tentation de Saint Antoine". © Silvia Costa

Colectivo 84 apresenta "As Tentações de Santo Antão" de Gustave Flaubert, por John Romão e Silvia Costa
3 de agosto, 22h30, Festival Citemor, Montemor-o-Velho

"As Tentações de Santo Antão" é o resultado do trabalho desenvolvido no Workshop de formação e pesquisa teatral com John Romão e Silvia Costa designado "A construção de um demónio", que decorreu entre 25 e 29 de julho deste ano, nos Estúdios da Companhia Clara Andermatt, em Lisboa. As apresentações públicas do workshop decorrem de 30 de julho a 2 de agosto, no Festival Citemor, sendo o espetáculo apresentado no dia 3, às 22h30. 

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Sinopse:

"Que voz é essa voz que me chama, me atormenta e me empurra para onde eu sei que não deveria ir? Quem me agarra a mão e me faz agir mesmo que eu não queira?

Este trabalho de pesquisa e de questionamento mergulha no discurso visionário de Gustave Flaubert e no poder da imaginação que emana da sua obra "La Tentation de Saint Antoine" ["As tentações de Santo Antão"]. Guiados pela personagem de Santo Antão e pelas formas que este atribui às suas tentações, tentaremos dar imagem, corpo e voz ao lado obscuro e fraccionado que vive em nós.

Entrar na noite negra que está em nós, iluminá-la, enfrentar o risco de abrir uma porta que poderia ser perigosa.

O interesse desta figura, muito estudada na história da arte, relaciona-se com uma procura do sentimento de culpa, de consciência pessoal, de ética de cada um, cuja manifestação no nosso tempo parece precisar de uma renovação, de um novo posicionamento. Ou talvez de um retorno à origem do que é o humano. A realidade divide, e é nesse corte que é preciso olhar. Como Santo Antão, várias outras figuras históricas, tais como Marco Aurélio, Santo Agostinho ou Plotino, tiveram uma visão controversa do mundo e da sua realidade, voltando-se para a vida enigmática do espírito, o movimento autónomo das emoções.

Frente a um mundo que conhece uma perda de sentido, uma incapacidade de ser entendido (para quem quer entendê-lo), encontramos a riqueza de um mundo verdadeiro numa paisagem da intimidade".

(Colectivo 84)

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Ficha artística e técnica:
Direção: John Romão e Silvia Costa
Interpretação: Eduardo Molina, Francisca Neves, Joana Petiz, José Pimentão, Leonor Mendes, Miguel Ponte, Nuno Nolasco
Produção: Le Quai - Centro Dramático Nacional de Angers (França)
Produção:  Colectivo 84
Parceria: Festival Citemor
O Colectivo 84 é uma entidade apoiada pela República Portuguesa - Cultura - Direção-Geral das Artes

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Mais informações:
https://sites.google.com/site/festivalcitemor...