24 novembro "Dançar é a Minha Revolução", pelas Produções Independentes, Lisboa

Dança
24 novembro "Dançar é a Minha Revolução", pelas Produções Independentes, Lisboa

"Dançar é a Minha Revolução” é um Evento/Manifesto de resistência e de elogio à experimentação artística em Portugal. "Dançar é a Minha Revolução" propõe uma programação que valoriza o lugar da dança e da pesquisa artística em Portugal, propondo assim, o surgimento de novas visões que se baseiam no valor fundamental da arte que é a liberdade. Este evento, que será constituído por performances e conversas, revela a multiplicidade do projecto Self-Mistake e as ligações criadas com os diferentes artistas apoiados.
Self-Mistake é um projeto de curadoria que promove a liberdade artística, o risco e a experimentação na Dança Contemporânea, no âmbito da criação independente e emergente em Portugal.
www.self-mistake.pt

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Programa:
14h30>15h30 – Círculo de intervenções: O que é emergente/urgente? 
15h30>20h – Performances
21h30 - Manifest de Tiago Vieira (estreia)

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Local:
Latoaria, Rua do Monte, 9, Lisboa
entrada livre - sem marcações

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Performances:
Telma João Santos - Círculo de intervenções: O que é emergente/urgente? 
Silvana Ivaldi e Pedro Barreiro – Traumatheatre (30 min)
Tita Maravilha e Cigarra - Trypas-Corassão: Espetáculo em dois atos (60 min)
Andresa Soares – Combustão (20 min)
Mariana Barros - BrazilianStrip (15 min)
Banquete (Joana Martins, Júlio Cerdeira e Rúben Borges) – Ad Lucem (25min)
Carlota Lagido  - notforgetnotforgive (25 min)
Tiago Vieira - Manifest (Amar até às últimas consequências sempre, submissão nunca) (75 min)

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Ficha artística:
Organização: Self-Mistake/ORG.I.A
Curadoria e produção: Tânia Guerreiro
Coordenação técnica: Carlos Ramos
Apoio à produção: Marta Moreira
Apoio: [PI] Produções Independentes/Self-Mistake, Latoaria
[PI] Produções Independentes é uma estrutura apoiada pela República Portuguesa – Ministério da Cultura / Direção-Geral das Artes.
ORG.I.A é apoiada pela Câmara Municipal de Lisboa

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Programa
Telma João Santos
Círculo de intervenções: O que é emergente/urgente?  (aberto à participação)
Lançamos a proposta para quem quiser intervir neste círculo com uma abordagem sobre o que pode ser considerado emergente neste momento, dos dispositivos, às perspetivas, aos conteúdos, às acções e ao pensamento, a partir de uma moderação performativa. Intervir com manifestos individuais ou coletivos sobre a (também) a emergência da partilha e de coletivo. Vozes que perdem o medo, vozes que se inscrevem, vozes sem voz no espaço público, vozes com muito impacto no espaço público, vozes que não se ouvem e vozes que são mais que ouvidas. Queremos juntar estas vozes e permitir encontrar as interseções, os lugares possíveis de construção de futuro nas artes Performativas em Portugal. Queremos criar espaço para a manifestação, a voz e a partilha. Espaço para que corpos dissidentes das artes Performativas em Portugal tenham lugar, inscrevam os seus manifestos e possam dar voz à realidade da criação artística (emergente) em Portugal. 
Moderação performativa: Telma João Santos

Silvana Ivaldi e Pedro Barreiro
TRAUMATHEATRE – variação isolada (sopro)
Uma atriz repete uma ação traumática como mecanismo de criação e representação dramática de intensidade crescente.
Direção Artística: Pedro Barreiro e Silvana Ivaldi
Interpretação: Silvana Ivaldi
Produção: Maria Albergaria

Banquete (Joana Martins, Júlio Cerdeira e Rúben Borges) Ad Lucem
AD LUCEM parte de uma reflexão sobre registos fotográficos dos asilos italianos dos anos 30, para contruir um corpo refém e autoflagelador, que pendula entre a unidade e o fragmento, a carícia e a agressão, que é simultaneamente opressor e oprimido. Um corpo moeda, que se identifica na violência e no sofrimento. Pensando o corpo contemporâneo e a sua relação com a violência, Byug-Chul Han permitiu-nos percebê-lo como a sua maior vítima. A violência dos opressores dissipa-se e o corpo divide-se para desempenhar os dois papéis que historicamente correspondiam a corpos distintos. Mas como libertamos um corpo quando este é refém de si mesmo? AD LUCEM integra uma das premissas de estudo do BANQUETE: o corpo desantropomorfizado na relação com matérias transformadoras de realidade (sombra, cor e reflexo).

Criação BANQUETE (Joana Martins, Júlio Cerdeira e Rúben Borges)
Interpretação Júlio Cerdeira
Música Rúben Borges
Agradecimentos Cláudia Marisa, Samuel Guimarães e Sónia Passos

Trypas-Corassão: Espetáculo em dois atos
Colectivo Trypas corassão Tita Maravilha e Cigarra
Trypas-Corassão é um projeto estético-artístico-político, que consiste numa criação híbrida de teatro-música-performance em dois atos, numa pesquisa voltada para a estética pós-romântica e over-dramática. Nasce nessa ideia entre linguagens onde o teatro se torna a base de pesquisa para atenuar as fronteiras entre as artes, bebendo da performance e da música como possibilidade de cena. O espetáculo vem então num formato de teatro-concerto. O nosso conceito gira em torno da mulher (trans-travesti e cis) que carrega várias lembranças e deslembranças relacionadas com ódio e violência, mas também de muito poder de mudança e caminhos de amor (somos amor, trazemos amor). A partir destas transformações da narrativa autobiográfica e ultra pessoalizada, ódio e revolta tornam-se material de empoderamento, auto cura, viagem, olhar, poesia…

Direção, cocriação cénica e musical, texto e atuação: Tita Maravilha e Cigarra
Cocriação e cenografia: Manuela Curtiss
Figurinos: Marine Mårsigu
Assistência de Produção: Jessica Gandara
Vídeo: Duda Affonso e Júlia Nogueira
Iluminação: Luisa L'Abbate
Apoio Residências Artísticas: Self-Mistake/PI/ORG.I.A e Alkantara
Self-Mistake/PI apoiado pela República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes
ORG.I.A apoiado por Câmara Municipal de Lisboa
Agradecimentos: Fado Bicha / Bruno Saavedra / Gadutra / Emerson Pessoa / El Acauã / Luara Learth Moreira

Andresa Soares
Combustão
É um processo de queima de ideias através de uma corrida em velocidade na qual se percorrerá em 20 min, 8,3 Km de pensamento. O fim desta corrida é perfeitamente igual ao seu começo - a fuga. A constante derrapagem que a caracteriza acontecerá na área de 0,40 m2 e não haverá qualquer direito a argumentação.
Concepção/texto/performance: Andresa Som: Gonçalo Alegria
Foto: Sara Rafael

Mariana Barros
Brazilian Strip
Obra interativa, que mescla corpo, imagem, som e movimento. Programada para despir camadas e preconceitos. Uma persona Vodu apreciativa a o contemporâneo, às (des) políticas brasileiras, portuguesas e do mundo atual, ao feminino, as banalidades de entretenimento, a world music e outros assuntos. “Brazilian Strip” possui uma essência que comove as pessoas com seu cunho
Performance, colagem sonora e figurino: Mariana Barros

Carlota Lagido
Notforgetnotforgive
notforgetnotforgive, pode ser lida como um posicionamento àcerca da importância da inscrição num mundo crescentemente amnésico. Esta recusa em esquecer e consequentemente em perdoar está ligada a uma negação da memória colectivamente partilhada. Em notforgetnotforgive, essa amnésia é recusada e desconstruída através de políticas da memória, com possíveis leituras auto-biográficas presentes na obra de Carlota Lagido. “Boys in the backroom”, originalmente cantada por Marlene Dietrich, faz eco de uma reivindicação política, a favor da inscrição de uma mulher, de um período histórico, de uma memória cinemática que dá corpo a este trabalho. Estamos, pois, na presença de uma peça que não só recorda, mas que proclama uma posição num mundo dominado por sound bytes. Notforgivenotforget recentra este mundo numa estética de intransigência com a figura moral/ista do perdão. Em vez disso, a sua rejeição do perdão procura fazer-nos pensar na nossa posição e as nossas alianças... (João Manuel de Oliveira)

Tiago Vieira
Amar até às Últimas Consequências Sempre, Submissão Nunca
AMAR ATÉ ÀS ÚLTIMAS CONSEQUÊNCIAS SEMPRE, SUBMISSÃO NUNCA é uma performance teatral de características coreográficas, uma Primavera em ferida. O mito de Penélope surge desmultiplicado em diferentes corpos que originam uma coreografia que habitando paisagens de Guerra procura um corpo que surgindo das margens deseja uma Revolução onde dançar é uma ação democrática do corpo, uma forma de combater a falta de desejo e a estagnação, um movimento de resistência perante a náusea quotidiana, o tédio de todos os lugares opressores. Nietzsche escreveu: UM DIA EM QUE NÃO SE DANÇA É UM DIA PERDIDO. Esta performance criada exclusivamente para este Manifesto- Festival- Encontro criado por Tânia Guerreiro é uma transformação de um solo que fiz Bruxelas em que durante 12 horas dancei a Sagração da Primavera para um só espectador ou para um número muito reduzido de espectadores. Esse projeto contou com o apoio da Bolsa Self-Mistake. 

Encenação, texto, dramaturgia, figurinos, luz, cenário, desenho coreográfico: Tiago Vieira
Interpretação: Teresa Machado, Marta Caeiro, Paula Moreira, Maria Lalande, Tiago Vieira
Produção: ORG.I.A
Apoio: Self-Mistake/Produções Independentes, Latoaria, Fundação Calouste Gulbenkian, MC/DGA (a confirmar)
[PI] Produções Independentes é uma estrutura apoiada pela República Portuguesa – Ministério da Cultura / Direção-Geral das Artes.
ORG.I.A é apoiada pela Câmara Municipal de Lisboa

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Mais informações: 
Produções Independentes
https://www.producoesindependentes.pt/
https://www.facebook.com/PI-Produ%C3%A7%C3%B5es-Independentes-123212121037210/
self-mistake@self-mistake.pt
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