Festival Estoril Lisboa / 10 a 31 de julho

Música
Festival Estoril Lisboa / 10 a 31 de julho

A primeira fase do Festival Estoril Lisboa começa no dia 10 de julho - sob o tema “A Viagem e a Lua II” - com um concerto da Orquestra Metropolitana de Lisboa, dirigido pelo maestro Luís Carvalho, na Biblioteca Nacional de Portugal, às 21h30. O programa do concerto comemora o 250.º Aniversário do nascimento de Beethoven com duas obras-primas do compositor (o Triplo Concerto op. 56 e a Abertura Coriolano op. 62) e com Fantasia para piano e orquestra de Fernando Lopes-Graça.

A decorrer entre 10 e 31 de julho (numa primeira fase) e entre 13 de novembro e 14 de dezembro (numa segunda fase) a edição deste ano do Festival é marcada por oito concertos que comemoram 5 efemérides: o 5º Centenário da Circum-navegação da Terra; o 4º Centenário das “Flores de Música”, de Rodrigues Coelho; o 250º Aniversário do nascimento de Beethoven; o 50º Aniversário da chegada do homem à Lua; o 30º Aniversário da criação do Concurso de Interpretação do Estoril. 

Na capa do programa, a couve portuguesa simboliza a esperança “num momento histórico e estranho que condiciona o nosso futuro” celebrando, ao mesmo tempo, Lisboa Capital Verde Europeia 2020. 
 
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Programa:
www.festorilisbon.com

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Verde Esperança
(Por Piñeiro Nagy Director Artístico)

“Vivemos momentos históricos e estranhos que condicionam o nosso futuro. Será mais um episódio da história da humanidade para ser estudado no século XXII como um caso de degradação. A globalização de certos hábitos destrutivos, de epidemias, da proliferação de novos focos de populismos demagógicos, de mentiras vestidas de hipocrisia, tendem a inculcar na sociedade o medo e a dúvida como forma de vida, vida que já não é para ser outra coisa. 

É preciso acreditar que a verdade prevalecerá. É preciso que o resplandor da vida se sobreponha à tristeza da morte e à escuridão do medo. É preciso que dele nos libertemos usando a virtude da prudência e a inteligência da perseverança confiante. É preciso alimentar a bondade do que nos rodeia. É preciso não ser contaminados pela destruição sistemática da Natureza. É na música onde encontramos o mistério que nos leva à mudança de atitudes, ao despertar de vontades, a paixões sôfregas de vida, sôfregas de beleza, numa constante procura da autenticidade e da eternidade. 

Por isso, o festival comemora em 2020 aniversários de homens e de feitos da história afirmativos da sua criatividade, da sua arte e do seu sonho, só possível com a força da vida que aproxima as pessoas umas das outras, fonte e sustento da relação humana. 

Perguntar-se-á o que faz uma couve portuguesa nisto tudo. Por que no 30º Aniversário da criação do Concurso de Interpretação do Estoril? Porque temos a dita de comemorar o verde da esperança. Porque o festival vai desfolhando, folha a folha, a descoberta de talentos portugueses que são história do concurso, história do festival. Esperança que foi, que será. Uma realidade que nos enriquece, que afirma a cultura portuguesa no mundo e que nos enche de alegria e prazer. 

E porque a couve portuguesa, além de verde e portuguesa, é linda! Verde de esperança para Lisboa Capital Verde Europeia 2020. 

Não tenhamos medo de viver. Sejamos desmedoficadores para usufruirmos o privilégio da natureza que nos rodeia. 

Vivamos o prazer da música. 

(Piñeiro Nagy, diretor artístico)

O Festival Estoril Lisboa é uma iniciativa da Associação Internacional de Música da Costa do Estoril.

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Mais informações:
www.festorilisbon.com/