“Nosocómico”, de José Carretas, até 2 julho, ao ar livre, Teatro das Beiras, Covilhã

© José Carretas, com fotografia de Fernando Landeira [cartaz - pormenor]
O GICC – Teatro das Beiras apresenta “Nosocómico”, de José Carretas, a partir de “Médecin Volant” e “La Jalousie du Barbouillé”, de Molière, de 30 de junho a 2 de julho, ao ar livre (às 22h), no Teatro das Beiras, Covilhã.
SINOPSE
(Por José Carretas)
Nosocómico*
De tempos a tempos, somos surpreendidos com alguém que se faz passar por médico. Surpreende-nos o descaramento, a “perícia” e a capacidade de enganar toda a gente, mas choca-nos que se possa brincar assim com a saúde dos outros.
No Teatro, por exemplo, podemos matar ou fazer adoecer qualquer pessoa, sem que isso tenha algum mal. Pelo contrário, até pode provocar salutares gargalhadas, como é o caso de Molière. Na Medicina, não. As pessoas podem realmente adoecer e morrer.
Também há falsos engenheiros, falsos advogados, falsos padres, com falsos diplomas, mas isso, estranhamente, não nos choca tanto. Há gente que chega mesmo a votar neles. Mas, como diz Esganarelo neste espetáculo, médico é mais do que um estatuto é uma missão.
No tempo de Molière, também houve a peste, a pandemia da época. Molière satirizava os médicos e teria razões para isso. Nós, hoje, agradecemos aos médicos e à Ciência que nos dão mais e melhor vida. Hoje, os médicos são diferentes. São melhores.
A unir as duas épocas, fica o humor eterno daquele homem do teatro, a lembrar-nos que a melhor terapia para todas as doenças é a Comédia.
Este espetáculo partiu de dois dos primeiros textos de Molière: “Médecin Volant” (Médico Volante) e “La Jalousie du Barbouillé” (A Ciumeira do Enjoado). Já neles se nota o enorme talento que veio a consagrar o Mestre: um humor feito de irreverência, de quebra de preconceitos, de crítica social desbragada, sem filtros, sem auto-censura. Por isso, foi um quebra-cabeças dramatúrgico resolvido com prazer.
Que me lembre, é a oitava encenação minha no Gicc Teatro das Beiras. Quer dizer que já não se trata de amizade, mas de cumplicidade. Digo cumplicidade porque Teatro é um crime premeditado, cometido em grupo. O veredicto é do público, mas até lá, somos todos presumidos inocentes. Espero que o público seja também ele nosso cúmplice ou, pelo menos benevolente.
*Nosocómio: o mesmo que Hospital. Nosocómico: relativo a hospital ou às doenças que aí se tratam.
FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA
Autor: José Carretas, a partir de “Médecin Volant” e “La Jalousie du Barbouillé”, de Molière
Encenação, cenografia e cartaz: José Carretas
Figurinos: Margarida Wellenkamp
Música: Ambre de Souze, Thyago Mûriere e Jean-Baptiste Lully
Desenho de luz: Hâmbar de Sousa
Interpretação: Fernando Landeira, Hâmbar de Sousa, Sílvia Morais, Susana Gouveia e Tiago Moreira
Pintura de cenário: Cecília Quaresma e Pedro Sardinha
Confecção de figurinos: Alfaiataria Juvenal e Sofia Craveiro
Carpintaria: Ivo Cunha
Fotografia de cartaz: Fernando Landeira
Produção: Celina Gonçalves, Fernando Sena e Luís Mouro
Duração: 50 minutos | Classificação etária: maiores 12 anos
LOCAIS, DATAS E HORÁRIOS
Estreia: 30 de junho, às 22h
Apresentações: 30 de junho a 2 de julho, às 22h
Teatro das Beiras (ao ar livre)
Travessa da Trapa, Nº 2, 6200-216 Covilhã
Tel.: 275 336 163 / 963 055 909
Email: geral@teatrodasbeiras.pt
BILHETEIRA
A lotação é reduzida.
As reservas deverão ser feitas antecipadamente para os telefones 275 336 163 ou 963 055 909.
Os bilhetes devem ser levantados preferencialmente de 2ª a 6ª, das 9h30 às 13h e das 14h30 às 18h ou nos dias de espetáculo, uma hora antes do início de cada sessão.
Preço bilhetes: 6€. Desconto para sócios, estudantes, menores de 25 anos e maiores de 65 anos.
CONTACTOS
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