A CRIATURA, pela Companhia de Teatro de Braga, 27 a 30 julho, Theatro Circo

Teatro
A CRIATURA, pela Companhia de Teatro de Braga, 27 a 30 julho, Theatro Circo

@Paulo Nogueira

SINOPSE:
O espetáculo centra-se no conceito de criação artística, analisando a delicada sintonia que se cria entre o autor e seu trabalho. Lelio Lecis transporta o público para a última história contada por Ibsen, com o espetáculo A Criatura, uma obra dedicada à arte, aos sonhos e aos impulsos de paixão, onde a loucura e a morte se conectam com o sentido mais profundo da criação artística. 
"A criação artística é para seu criador a única possibilidade de comunicar o seu mundo aos outros, mas também a si mesmo", explica o encenador, refletindo sobre a intimidade da relação que é criada entre o artista e a sua "criatura". 
No geral, o trabalho representa a reflexão de uma extrema meditação feita pelo autor sobre si mesmo e sobre a sua própria arte, através do personagem de um famoso escultor (Rubek), actualmente idoso, que descobre ter sacrificado o amor pela arte e a própria arte pelo sucesso, acompanhado por imagens fervorosas, numa cadeia de atos de absoluto egoísmo. O escultor torna-se, de facto, famoso em todo o mundo principalmente pela sua escultura sobre a ressurreição, que representa uma jovem mulher que se eleva em direção ao céu, a partir de um pedestal que parece uma terra povoada por seres humanos semelhantes a animais. Na realidade, o escultor deve sua fama mais ao pedestal do que à estátua. 
O professor Rubek, o orgulhoso herói do drama, o homem que acredita ter conquistado a imortalidade e a glória, descobre nunca ter vivido. Então, ele tenta acordar de seu sono profundo, apenas para se entregar à morte. 
Apesar das raízes nórdicas do espetáculo, o encenador consegue recriar no palco o sabor da terra da Sardenha: na verdade, da Sardenha se respiram as luzes, os silêncios, a linha do horizonte, um nervosismo que nunca se torna neurose e o tempo que se divaga lentamente. Lelio Lecis, que há anos estuda a relação entre o artista e a obra de sua criação, encontrou numa história do século XIX - a mesma que inspirou Ibsen na escrita de "Quando nós, os mortos, despertarmos" - uma representação eficaz desse delicado relacionamento.

/
FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA:
Adaptação- Lelio Lecis
[a partir de Henrik Ibsen “Quando nós os mortos despertarmos”]
Tradução – Ana Cruz
Encenação – Lelio Lecis*
Cenografia e Figurinos - Valentina Ena
Guarda-Roupa – Manuela Bronze e Mónica Melo
Confecção Figurinos – Manuela Lopes e Mónica Melo
Desenho de Luz – Lelio Lecis
Projeção Laser – João Moura 
Design Gráfico – Carlos Sampaio
Fotografia – Eduarda Filipa
Operação de Luzes - Vicente Magalhães
Operação de Som - João Chelo
Captação de Som da personagem "Gerente" - Luís Rosa Lopes
Voz-off da personagem "Gerente" - Rui Madeira
Elenco – António Jorge, Eduarda Filipa, Rogério Boane e Solange Sá

/
LOCAIS, DATAS E HORÁRIOS DE APRESENTAÇÃO:
THEATRO CIRCO | BRAGA 
27 a 30 julho - 19h

/
INFORMAÇÕES SOBRE BILHETEIRA:
PREÇO NORMAL: 10€
PREÇO COM DESCONTO: 5€
M/14

/
ACESSIBILIDADE:
O espaço tem acessibilidade. 

/
LINK PARA SITE: 
https://www.companhiateatrobraga.pt/