Exposição "Now that we found freedom, what are we gonna do with it?" / 7 Abril, Lisboa

Cruzamento disciplinar
Exposição "Now that we found freedom, what are we gonna do with it?" / 7 Abril, Lisboa
Exposição/Performance

Fotogorafiar: Hangar

DESCRIÇÃO

Esta exposição é o início de um estudo mais amplo que foca nas narrativas dos povos que conquistaram a independência após longos séculos de colonialismo. Ocupando o lugar da conquista, os oprimidos falam desde esse lugar de poder para repensar a própria ideia de poder e as suas possíveis formas de reorganização. A luta pela independência deu azo a várias outras lutas através da sua re-significação pós-independência, um período chamado de liberdade, marcado pela necessidade de desmantelar as heranças coloniais. Os preconceitos deixados pelo patriarcado e o cristianismo impregnam ainda hoje a textura social das ex-colónias europeias, impulsando as gerações mais jovens a fortalecer os movimentos sociais, feministas e transfeministas para combater esse legado. Esses são os movimentos e lutas que perguntam, com pertinência e ímpeto, o que foi feito com a conquista da liberdade. Para este questionamento é vital não só a consciência das conquistas que formam hoje África e as Américas descolonizadas, mas também o sentimento de responsabilidade pelas suas lutas anteriores. Os artistas reunidos questionam colectivamente a gestão da liberdade pós-independência e quais são as lutas de hoje.

Os olhos e ouvidos estão postos em futuros inclusivos, onde categorias de representação fluem de forma descentralizada. Enquanto a figura de poder autoritário é desconstruída, celebram-se multiplicidades culturais e sociais e exploram-se noções de liberdade e civismo. A indagação dos processos políticos e históricos da pós-independência permite repensar as relações de colonialidade com o ocidente. Na exposição ressaltam-se pontos de referência desde Angola, aos quais se juntam vozes do continente latino-americano com demandas similares. Através dos trabalhos expostos, um outro legado, paralelo e inverso ao colonial, é trazido para primeiro plano para ser homenageado, assim como continuado. Trata-se da herança de todas as diversas forças de resistência, a vida que sempre encontrou formas de luta.

Concebida pelo artista Kiluanji Kia Henda e HANGAR - Centro de investigação artística, com co-curadoria de Ana Sophie Salazar, a exposição é uma extensão do convite a Kiluanji que lhe concede carta branca para esta tomada do espaço. Participam os artistas emergentes angolanos Hélio Buite, Rui Magalhães e Mwana Pwo, os quais foram nomeados por Kiluanji para uma residência no HANGAR durante o mês de Março, assim como os artistas Clara Ianni, Mussunda N’zombo, Daniela Ortiz, Yoel Díaz Vázquez e Castiel Vitorino Brasileiro.


LOCAIS, DATAS E HORÁRIOS DE APRESENTAÇÃO

INAUGURAÇÃO: 07 de Abril de 2021 | quinta-feira | 18h às 21h.

A exposição estará patente  de 07 de Abril de 2022 até 12 de Maio de 2022.

Hangar – Centro de Investigação Artística.

Rua Damasceno Monteiro 12 (Graça).


FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA

ARTISTAS: Hélio Buite, Rui Magalhães, Mwana Pro, Clara Ianni, Mussunda N’zombo, Daniela Ortiz, Yoel Díaz Vázquez e Castiel Vitorino Brasileiro

PERFORMANCE: Mussunda N’zombo

CURADORIA: Kiluanji Kia Henda e Ana Sophie Salazar


INFORMAÇÕES SOBRE BILHETEIRA

Entrada gratuita.

Mais informações: hangar.xerem@gmail.com