“A curadora da FEA - FAKE EXTREME ART” / making of #11 Nuno Silas e Sin Wah Lai, 22 outubro, Lisboa

Cruzamento disciplinar
“A curadora da FEA - FAKE EXTREME ART” / making of #11 Nuno Silas e Sin Wah Lai, 22 outubro, Lisboa

Descrição:
O 2º ciclo FEA ( Fake Extreme Art) da Galeria Ana Lama, acontece num formato misto, presencial e online, entre setembro de 2022 e fevereiro de 2023. Terá seis eventos com a participação de artistas internacionais; cada evento conta com uma apresentação de performance ao vivo, que será registada / filmada em tempo real e posteriormente apresentada também digitalmente na website da Galeria: https://www.galeriaanalama.org/video-performance/ A performance do artista Nuno Silas, com a participação de um vídeo de Sin Wah Lai, será realizada no Quartel LARGO Cabeço de Bola com o apoio de @largoresidencias.
Making of #11 com o título “ Monumento Zea” será uma ação feita ao mesmo tempo para um público presente e para as câmaras - tendo como realizador convidado - João Ramos, que fará o registo e edição vídeo da performance, para ser exibida em formato digital na website da galeria. A entrada no evento é livre, sujeita a reserva.

Margarida Chambel e Nuno Oliveira são os autores conceptuais desta pesquisa (FEA) e assumem este programa como um projeto de ficção curatorial. O projeto explora também uma vertente literária à volta de uma curadora levada ao exílio – a Ana Lama. Neste sentido, estabelecem um certo consenso irónico, entre as ideias separadas - de Falso, de Extremo e de Arte, com a intenção de desenvolver um sub-texto que acompanha as várias vertentes do projeto: uma investigação intermédia que se situa entre a literatura a performance e o vídeo. Em suma, criar um espaço de ilusão, com textos semi-verdadeiros, a partir de uma programação concreta - e das biografias de artistas reais, que têm um forte trabalho autoral, pretende ser uma forma de refletir sobre o valor da subjetividade, liberdade e excepção artística. 

Nuno Silas explora a relação entre os media, identidade, história e questiona a definição de arte. A sua prática abrange instalações, pintura e filmes, e usa a performance para criar ou reconstruir uma mensagem artística, uma espécie de realidade pessoal. Nuno Silas nasceu em Maputo, Moçambique e vive entre a Alemanha, Moçambique e Portugal. Colabora, para a apresentação da próxima performance: Monumento Zea, em Lisboa, com a artista multimédia Sin Wah Lai, para a construção de um vídeo com o qual vai interagir. A artista é natural de Hong Kong, na sua prática assume principalmente a forma da colagem, a instalação multimédia, a performance, a experiência interactiva e projetos socialmente comprometidos. Nuno Silas já viveu em vários países e continentes e isso molda a sua prática em relação às técnicas que explora. Para Nuno Silas estar em diferentes lugares e culturas afeta a maneira como entende o mundo. Por vezes assume nos seus trabalhos um entendimento provisório dos lugares onde está, mesclado com o seu background cultural. Interessa-se principalmente por exercícios de automatismo psíquico, que expressam uma ideia fictícia de algo ou um sentimento e oferecem múltiplas possibilidades de criar novos discursos e significados. Diz-nos que às vezes tenta evitar pensar demais, para criar camadas e representações visuais associadas a um senso de desejo, de corpos asfixiados e ocasionalmente de forças espirituais que operam dentro dos corpos. Monumento Zea é uma peça exploratória performativa que inventa rituais e manifestações, histórias sobrepostas de identidades e do poder, transformação que trata das questões intangíveis e do mundo concreto, cruzando-se com narrativas e representações pessoais. Zea, como uma espécie de relva domesticada pelos povos indígenas na Mesoamérica na pré-história, é semelhante a uma ideologia partilhada que tem sido distribuída e aplicada a nível mundial hoje em dia entre os seres humanos. Na peça, os artistas demonstram múltiplas camadas e atmosferas, sons e montagens de vídeo experimental, cruzando-se com objetos encontrados e material de arquivo, numa tentativa de resgatar memórias involuntárias e de violência. Dos costumes e fluxos ritualísticos, as recitações, os rastros invisíveis e as condições xamânicas regressam sob a forma de um eco ou de uma escultura. Os artistas propõem uma reflexão sobre o mundo em que vivemos e o futuro e o presente, em diálogo com a percepção interna e externa.

O projeto tem o apoio da República Portuguesa - Cultura DGARTES, o Apoio Financeiro e Logístico da Câmara Municipal de Lisboa e do Polo Cultural das Gaivotas e conta com a parceria de diferentes projetos e instituições da cidade de Lisboa para a cedência pontual de espaços: Estufa Fria; Junta de Freguesia de Arroios; Panorâmico de Monsanto, Junta de Freguesia de Alvalade (Mercado de Alvalade); Faculdade de Belas Artes de Lisboa (Cisterna); Plataforma P´LA ARTE (Parque de estacionamento do Prata Riverside Village) e com o LARGO Residências.

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FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA:
Equipa artística: PERFORMANCE_ NUNO SILAS ARTISTA CONVIDADA_SIN WAH LAI DIREÇÃO ARTÍSTICA_ NUNO OLIVEIRA E MARGARIDA CHAMBEL REALIZAÇÃO VÍDEO_ JOÃO RAMOS OPERADOR DE CÂMARA_ GABRIEL MARMELO APOIO TÉCNICO/ APOIO À COMUNICAÇÃO_ROBERTO ÁLVAREZ GREGORES REVISÃO DE TEXTOS_JOAQUIM E. OLIVEIRA TRADUÇÃO_MAIA HORTA

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LOCAIS, DATAS E HORÁRIOS DE APRESENTAÇÃO:
Quartel Largo do Cabeço de Bola, Lisboa
22/10/2022 - 19h
Duração aprox. 60 min

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INFORMAÇÕES SOBRE BILHETEIRA:
ENTRADA GRATUITA / COM RESERVA
M/16 

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LINK PARA SITE:
HTTPS://WWW.GALERIAANALAMA.ORG/