Sinopse:
A prática artística de Willem Oorebeek é desenvolvida por meio de uma investigação aprofundada sobre as fontes tipográficas, os textos e as imagens nos meios impressos, que se manifesta em obras de arte, instalações e exposições cuidadosamente desenvolvidas. Através do seu distinto modus operandi, Oorebeek conquistou uma posição singular no universo internacional da arte contemporânea. Na sua exposição individual no espaço Lumiar Cité, Willem Oorebeek apresenta um conjunto de trabalhos cuidadosamente escolhidos ou produzidos tendo em conta as condições específicas do espaço expositivo. As intervenções de Oorebeek desdobram-se em torno de slogans, da estética da impressão popular e da comunicação política com trabalhos apresentados no interior, na enorme fachada de vidro e na área circundante da galeria.
Enquanto no exterior da galeria, a fachada em vidro apresenta um vinil de grande escala que anuncia uma célebre declaração política cujo conteúdo é absurdamente invertido, as múltiplas impressões no interior convidam a um exame minucioso das condições do retratado e das questões estéticas que as estruturas comunicativas dos cartazes eleitorais evocam. Chamam também a atenção para as decisões de design quanto à utilização de fontes tipográficas e imagens para atingir objetivos específicos, que nos recordam como as estruturas comunicativas são compreendidas e aplicadas para articular mensagens (políticas) de forma que sejam imediatamente decifráveis. Nos tempos atuais de uma suposta dependência da informação, o processo de reconhecimento de um género específico – sejam as campanhas políticas, a edição de comunicados de imprensa ou os cartões de convite para exposições – parece ser crucial para o que é considerado como comunicação eficiente. A arte, e algumas formas de publicidade, têm em consideração ou aplicam conscientemente o que poderiam ser desvios, levando a uma compreensão diferida das mensagens transmitidas. Porém, outras áreas não podem permitir tais desvios, uma vez que as suas mensagens precisam de ser compreendidas imediatamente, o problema eterno de tentar transpor a ambiguidade inerente à linguagem e aos signos. Produzimos incessantemente imagens no aqui e agora, dos nossos mundos, mas em que medida é que estas, por sua vez, constroem esses mundos? Por meio de processos elaborados de repetição e sobreposição, Oorebeek especula sobre a posição do retrato na história da arte, dando visibilidade às dinâmicas do poder e dos meios pelos quais estes são comunicados. Por outro lado, sugere a vulnerabilidade voluntária dos retratados, que se posicionam diante de uma câmara em múltiplas formas: como são, como querem ser interpretados e como o fotógrafo e o designer os interpretam.

A exposição integra o Programa Internacional de Residências da Maumaus e conta com o apoio da DGARTES.

Willem Oorebeek (Pernis, Países Baixos, 1953) vive e trabalha em Bruxelas. Em 1997, com Aernout Mik, representou os Países Baixos na 47ª Bienal de Veneza. Entre as suas exposições individuais, destacam-se as seguintes instituições e espaços independentes: Wiels (Bruxelas, 2025), Greylight Projects (Heerlen, 2020), Sundogs (Paris, 2018), Yale Union (Portland, 2015), Museum Boijmans van Beuningen (Roterdão, 2015, 1996-1999, 1988), Culturgest (Lisboa, 2008) e Stedelijk Museum (Gent, 2006). A sua obra foi apresentada em inúmeras exposições coletivas, incluindo: Fundació Antoni Tàpies (Barcelona), Generali Foundation (Viena), Kunstverein Harburger Bahnhof (Hamburgo), Kunstverein Düsseldorf, Midway Contemporary Art (Minneapolis), Triennale India (Nova Deli), Taipei Bienial e Witte de With (Roterdão).

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Ficha técnica:
Artista plástico: Willem Oorebeek
Direção artística: Jürgen Bock

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Locais, datas e horários de apresentação:

Lumiar Cité, Rua Tomás del Negro, 8A, Lisboa

17.12.2022 – 19.03.2023 | Exposição

17.12 | 17h   Conversa com Willem Oorebeek, Arne Kaiser e Jürgen Bock

          | 18h   Inauguração da exposição

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Informação sobre bilheteira:

Maiores de 6 anos. Entrada livre.

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Link para site:
www.maumaus.org