TMJB inicia Ciclo de Música de Câmara dia 9 de setembro, Almada

Música
TMJB inicia Ciclo de Música de Câmara dia 9 de setembro, Almada

Integrado no ciclo de música de câmara do Teatro Municipal Joaquim Benite, 202 Campos Elísios, conta com Duarte Martins (piano) e Nuno Cardoso (violoncelo) para interpretarem obras de Jacques Offenbach, Augusto Machado, Franz Liszt e Frédéric Chopin. O concerto conta também com os comentários de Alexandre Delgado. Está previsto para sábado, dia 9 de Setembro, às 21h. O Ciclo de Música de Câmara do TMJB tem o apoio da Fundação Share.

A ligação entre a música e a literatura é o fio condutor deste ciclo de quatro concertos de música de câmara. Em Ecos literários, o duo 202 Campos Elísios evoca Eça de Queiroz, com música para violoncelo e piano de Offenbach – compositor que influenciou consideravelmente o humor queirosiano – e Augusto Machado, o modelo do Cruges d’Os Maias. Petrarca, Senancour e Byron são a inspiração de dois trechos de Liszt, num recital que termina com a romântica sonata para violoncelo e piano de Chopin.

Em Música para Shakespeare, o tenor Carlos Guilherme e o Toy Ensemble evocam o maior dramaturgo de todos os tempos, interpretando o ciclo Songs of the Clown, extraído da comédia romântica Noite de Reis, composto em 1943 pelo austríaco Erich Korngold. Rei Lear consiste numa versão de câmara da tragédia homónima de Shakespeare, composta em 2019, para piano, oboé, clarinete, trompa, violoncelo e tenor.

O quinteto A truta é a obra mais popular de Franz Schubert, aqui interpretada pelos solistas da Camerata Atlântica. Composta em 1819, esta obra deve o seu título à canção homónima, com poema de Christian Schubart, da qual F. Schubert fez variações, num exemplo superlativo de música doméstica do período Biedermeier. Serve-lhe de prólogo o Quarteto com Piano de Mahler, obra de juventude com um acentuado cunho trágico.
A fechar, Proust e o tempo é uma viagem à belle époque proposta pelo violetista Pedro Delgado, a propósito do centenário da morte de Marcel Proust. Em duo com o pianista Hélder Marques, o programa reúne compositores caros ao autor de Em busca do tempo perdido, como Reynaldo Hahn, Léon Honnoré e Gabriel Fauré, terminando com a Sonata de César Franck, um dos modelos da Sonata de Vinteuil, cuja ‘pequena frase’ é o motivo condutor da paixão de Swann por Odete. // Alexandre Delgado


Inspirado no universo de Eça de Queiroz, este dueto é constituído por Duarte Martins e Nuno Cardoso. Duarte Martins é licenciado em piano pela Escola Superior de Música de Lisboa, na classe de Jorge Moyano, e concluiu o curso do Conservatório Nacional com a classificação máxima, tendo aí estudado com Hélder Entrudo e Carla Seixas. Nuno Cardoso licenciou-se na especialidade de Violoncelo em 2014, pela Academia Nacional Superior de Orquestra. Efectou os estudos de Mestrado em Violoncelo na Musikhögskolan i Malmö da Universidade de Lund, na classe de Torleif Thedéen.


PROGRAMA

Jacques Offenbach: Barba Azul – potpourri • Les Larmes de Jacqueline, Op. 76 n.º 2
Augusto Machado: Bolero e Andante • Révélation
Franz Liszt: Soneto 123 – de Tre Sonetti del Petrarca, S. 270 • Vallée d’Obermann – de Années de Pèlerinage, Première année: Suisse, S. 160
Frédéric Chopin: Sonata para Piano e Violoncelo, em Sol menor, Op. 65


LOCAIS, DATAS E HORÁRIOS

202 Campos Elísios
Sala Experimental, dia 9 de setembro de 2023, sábado, às 21h

Duração: 95 minutos


CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA

M/6


BILHETEIRA

Preço: entre 9,10€ e 13€ (Clube de Amigos: 6,50 €)


FICHA ARTÍSTICA

Duarte Martins piano
Nuno Cardoso violoncelo
Comentários Alexandre Delgado


MAIS INFORMAÇÕES

ctalmada.pt