“[título de trabalho]” com Tiago Bartolomeu Costa, 7 dezembro, Felgueiras

Teatro
“[título de trabalho]” com Tiago Bartolomeu Costa, 7 dezembro, Felgueiras

Imagem amadora da instalação BAITOGOGO, de Henrique Oliveira, feita por Tiago Bartolomeu Costa em 2013 no Palais de Tokyo (Paris)

Tiago Bartolomeu Costa dirige “[título de trabalho]”, uma proposta (ou exercício) que convida os alunos do 2.º ano do curso de teatro da escola profissional do Balleteatro a conhecerem e interpretarem “outros textos, outros temas e outros autores, contemporâneos”, diferentes daqueles que, atualmente, são os de leitura obrigatória na disciplina de português do ensino secundário. Cada um dos alunos será, ainda, incentivado a partilhar as suas leituras obrigatórias "nos formatos que entender". A iniciativa decorre no dia 7 de dezembro, na Escola Básica e Secundária de Felgueiras, com entrada gratuita. 

“[título de trabalho]” integra o Programa Vaivém - Encontro de Dança e Teatro Júnior, uma atividade promovida pelo Balleteatro com o apoio da Direção-Geral das Artes. 


[título de trabalho]

Como podemos inscrever-nos num texto muito anterior a nós mesmos, decidido como fundamental por alguém que não conhecemos? Como podemos tornar próximo um texto, ou uma ideia, ou o valor a que supostamente fará alusão, quando não visitamos as paisagens, não ouvimos como falam as suas gentes, não vimos nos mapas onde ficam as margens de cada texto que devemos aprender de cor, e depois verter em respostas sem erros e com acordo? Como podemos, afinal, reclamar pertença a palavras que descrevem outras pertenças, e fazer dessas as de quem nos ouvirá? Como saber? Como ler? Como fazer?
[título de trabalho] que é ainda, e será durante muito tempo, o título de trabalho deste exercício, é uma vontade de cruzamento entre os textos de leitura obrigatória na disciplina de português do ensino secundário, e o seu contracampo. Ou seja, outros textos, outros temas e outros autores, contemporâneos desses de leitura obrigatória, mas que ou são mais ricos, ou opostos ou explicitamente críticos, desses e das razões de escolha. Ainda, convocar-se-ão as histórias oficiais, essas narrativas contadas pela disciplina de História, bem como as interpretações que, pela Filosofia, possamos fazer desses textos. Isto se, claro, na altura, estas disciplinas ainda existirem ou tiverem esses nomes. Por fim, e uma vez que importa tornar efetivamente nossas – deles, na verdade, dos alunos para quem os vai ouvir – as referências, a cada Camões, Camilo, Eça, Agustina, Vergílio, Cesário, Vieira, Brandão, Sophia, Saramago, Pessoa, Garrett, Vieira, Vicente e tudo quando é recorrentemente recomendado como livros de verão e presentes de natal que nunca falham, cada um dos alunos trará as suas leituras, nos formatos que entender, para com elas poder tornar, realmente, partilháveis, as suas leituras obrigatórias.

(Tiago Bartolomeu Costa)


Direção: Tiago Bartolomeu Costa 
Interpretação: Alunos do 2º ano do curso de teatro do balleteatro escola profissional 


CONTACTOS

producao@balleteatro.pt
220 194 667 | 935 239 023


MAIS INFORMAÇÕES

balleteatro.pt