Em GIRAFAS, de Pau Miró, "o cinzentismo da ditadura franquista contrasta com o ambiente colorido dos cabarés do Paral.lel, na Barcelona do final dos anos 50. Esta fábula urbana coloca-nos perante cinco girafas tornadas pessoas que se comunicam por infra-sons e subentendidos. E uma máquina de lavar. A primeira máquina de lavar daquela família que tenta, até então em vão, alargar-se. A máquina surge como possibilidade de escape, como objecto de desejo e de vontade de emancipação, como sonho, sedução, previsto descanso. Uma memória esboroada, desbotada, como se coberta por uma fina névoa, por um véu. A memória de uma península dilacerada pela ditadura, cujas feridas, sabemos cada vez melhor, estão perigosamente abertas". (Nuno Gonçalo Rodrigues)

Uma proposta dos Artistas Unidos para assistir a partir de 7 de março (até 30 de março de 2024), no Teatro da Politécnica, Lisboa.

Os bilhetes à venda em https://artistasunidos.bol.pt/