"Crise no Parque Eduardo VII" fecha o ciclo comemorativo dos 45 anos d'A Comuna Teatro de Pesquisa

Teatro
"Crise no Parque Eduardo VII" fecha o ciclo comemorativo dos 45 anos d'A Comuna Teatro de Pesquisa

Estreia a 26 de outubro "Crise no Parque Eduardo VII", pela Comuna Teatro de Pesquisa, com adaptação, versão cénica e encenação de João Mota.
Baseada em "I'm not rappaport" de Herb Gardner, a peça conta com as interpretações de Carlos Paulo, Elsa Galvão, Gonçalo Botelho, Hugo Franco,Igor Sampaio, Maria Ana Filipe e Miguel Sermão.

O espetáculo vai estar em cena de 26 outubro a 17 dezembro, de quarta-feira a sábado, às 21h30 e domingos, às 17h.

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Sinopse:
(Por João Maria André)

Destilar a vida
Um velho, porteiro reformado, prestes a ser arrumado no baú das recordações, a contar com mais um dia depois do dia que aí vem: “Somos velhos, não somos ricos e cometemos o pecado de viver devagar”. Outro velho, ex comunista, com a fé suficiente para mudar o mundo e salvar os homens: “as ideias continuam a ser boas e belas, as ideias mantêm-se, são melhores que as pessoas que lhes deram origem”. E desfilam pela cena pedaços da cidade que lhes pertence e a que eles também pertencem: Daniel, o Presidente da Comissão de Condóminos, Clarisse, ex-toxicodependente, perseguida pelo traficante, que não quer o nome em saldo na praça pública, Diogo, o jovem que “crava” três notas para proteger os velhos de si próprio, e Catarina, a filha de João Bernardo que se esqueceu dos seus ideais revolucionários e o quer pôr num lar de terceira idade, para defender o pai da selva da cidade. E, perante este desfile, João, o Dom Quixote do Parque, arrasta Hugo, o seu Sancho Pança, para o teatro em movimento, o teatro dentro do teatro: “a gente serve-se da personalidade que dá mais jeito na ocasião”: espião, advogado, capitão da polícia, chefe da Mafia, deputado jubilado, tubarão da cidade…
Crise no Parque Eduardo VII”, é uma comédia às costas da tragédia e, simultaneamente, uma tragédia vestida de comédia. É o riso cravado no drama do quotidiano. É o sonho encenado no realismo existência, o inconformismo que tropeça nas rasteiras da idade, o humor que rasga, com a sua ternura, as certezas cinzentas do dia-a-dia de quem aparece condenado a esperar que o dia anoiteça.

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Bilheteira:
Reservas: +351 217 221 770 / teatrocomuna@sapo.pt

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Mais informações:
www.comunateatropesquisa.pt