A Carqueja no quotidiano de Várzea de Calde, no Museu do Linho (Viseu), 11 de maio

© Liliana Silva
Uma atividade desenvolvida pela Binaural Nodar em articulação com o Município de Viseu, com a Junta de Freguesia de Calde, com a Associação Cultural e Recreativa de Várzea de Calde, com o Grupo Etnográfico de Trajes e Cantares de Várzea de Calde, com o Instituto Politécnico de Viseu, com os centros de investigação ID+ e LiDA e com a rede europeia Tramontana, financiada pelo programa Europa Criativa.
Na sequência de um convite do grupo de trabalho Várzea de Calde - Aldeia de Portugal, a Binaural Nodar desenvolveu ao longo do mês de maio um trabalho de pesquisa de campo etnográfico e de desenvolvimento criativo relacionados com a carqueja em Várzea de Calde, cujos habitantes eram chamados de carquejeiros, pela profusão desta planta em redor da aldeia, a qual era recolhida e transportada para Viseu, para ser queimada nos fornos que coziam o pão em algumas padarias.
A carqueja é uma planta rasteira com grande resistência aos incêndios uma vez que depois de ardida a mesma regenera-se muito rapidamente. Esta planta tem um conhecido uso medicinal diurético e para o estômago, sendo as flores a parte usada para as infusões, assim como outros usos diversificados como forragem para o gado e para produzir estrume natural, para construir vassouras, para estonar a pele dos suínos, como lenha para os fornos de cozer pão, para a produção de licor, de doçaria (bolos de carqueja e aletria) e como especiaria (arroz de carqueja).
A exposição consistirá em três instalações artísticas complementares: uma instalação fotográfica de Liliana Silva que documenta todos os usos da carqueja identificados na aldeia de Várzea de Calde, uma instalação visual de Ana Margarida Ferreira, que usa a própria carqueja e desenho como expressões da dimensão textural e cromática e da passagem do tempo e, finalmente uma instalação sonora e vídeo de Luís Costa, integrada na investigação do autor no contexto do Programa Doutoral em Criação Artística (centros de investigação ID+ e LiDA), a qual propõe a vinculação da carqueja com a ideia de comunidade (o monte como espaço comum) e da relação interterritorial (as plantas silvestres de montanha como características da paisagem ibérica).
// LOCAIS, DATAS E HORÁRIOS DE APRESENTAÇÃO
Museu do Linho de Várzea de Calde (Viseu)
11 de maio a 31 de agosto 2025
Inauguração: 11 de maio às 15h00
Horário: De segunda-feira a sábado, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00
// FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA
Pesquisa etnográfica e artística: Ana Margarida Ferreira, Liliana Silva e Luís Costa
Produção e comunicação: Binaural Nodar
Parcerias locais: Município de Viseu, Junta de Freguesia de Calde, Associação Cultural e Recreativa de Várzea de Calde e Grupo Etnográfico de Trajes e Cantares de Várzea de Calde.
Parcerias institucionais: Centros de Investigação ID+ e LiDA, Instituto Politécnico de Viseu e Rede Tramontana.
// CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA
Todas as idades
// LINKS