Amálgama, de Tales Frey, em diálogo com a peça de Christian Andersson, até 5 outubro, Coimbra

«Amálgama», Tales Frey (2023) / Crédito CAPC
Desde 7 de junho, o Círculo de Artes Plásticas de Coimbra (Círculo) apresenta a sétima edição do ciclo expositivo «Jogo do Sério», uma proposta curatorial de Daniel Madeira. As obras estarão em exibição até 5 de outubro de 2025, no MUSEU, um dos equipamentos do Círculo na cidade, situado na Avenida João das Regras, 28 – Praça Corte. Este espaço está aberto todos os dias, 24 horas por dia, com acesso livre.
Nesta edição, o desafio lançado em open call à comunidade artística foi o de apresentar propostas que estabelecessem um diálogo visual com a obra A Splitting Headache (2013), de Christian Andersson. De entre vinte candidaturas recebidas, foi selecionada a obra Amálgama (2023), de Tales Frey, agora apresentada em diálogo com a peça de Andersson.
A obra de Christian Andersson convida o público a encarar o jogo de frente — literalmente — tal como aprendemos na infância: sem sorrir, pestanejar ou desviar o olhar. Uma performance de imobilidade e tensão, onde o confronto silencioso entre dois corpos (ou obras) se transforma em metáfora para o embate simbólico de ideias e perceções.
A singularidade do projeto «Jogo do Sério» reside na sua abertura à participação do público, através de convites regulares à apresentação de propostas que dialoguem com obras previamente selecionadas. Após deliberação do júri, a proposta escolhida foi Amálgama, uma fotografia de Tales Frey cuja relação visual e conceptual com a peça de Andersson foi considerada particularmente relevante no contexto do projeto. «A relação entre A Splitting Headache e Amálgama pareceu, ao júri, a mais apropriada tendo em conta
o pressuposto curatorial, não obstante a qualidade das diversas propostas enviadas», refere Daniel Madeira.
Sobre os artistas
Christian Andersson (Estocolmo, 1973) vive entre Paris e Coimbra. A sua prática artística cruza referências da história, cultura popular, ciência e ficção, criando cenários que desafiam a linha entre realidade e ilusão. Expôs individualmente em instituições como o Hallands Konstmuseum e o Borås Konstmuseum (2024), e anteriormente no FRAC Normandie, CAV – Centro de Artes Visuais, Palais de Tokyo (Paris), Moderna Museet (Malmö), entre outras. A sua obra integrou várias bienais e exposições coletivas de relevo na Europa.
Tales Frey é artista transdisciplinar, representado pelas galerias Verve (São Paulo) e Shame Gallery (Bruxelas). É investigador e professor universitário, atualmente em pós-doutoramento no Centro de Estudos Humanísticos da Universidade do Minho. Com formação em Estudos Teatrais e Práticas Artísticas Contemporâneas, a sua obra explora o corpo, a identidade, a performatividade e o confronto com normas sociais e institucionais. Apresenta regularmente o seu trabalho em contextos expositivos internacionais.
Sobre o MUSEU
O MUSEU é um projeto de arte pública criado pelo artista português Francisco Tropa em 2001 e concretizado em 2015 no âmbito da Anozero – Bienal de Coimbra. De pequenas dimensões e instalado na Praça das Cortes de Coimbra, é um equipamento urbano gerido simbolicamente por um diretor, um curador e um conservador — figuras alegóricas criadas pelo artista e ocupadas, em rotação, por membros da equipa do Círculo de Artes Plásticas de Coimbra.
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FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA:
Artistas
Christian Andersson
Tales Frey
Curadoria
Daniel Madeira
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LOCAIS, DATAS E HORÁRIOS DE APRESENTAÇÃO:
MUSEU, Avenida João das Regras, 28 – Praça Corte, Coimbra
até 5 de outubro de 2025,aberto todos os dias, 24 horas por dia, com acesso livre
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LINK PARA SITE:
https://www.capcoimbra.org