SUPER-DIVAS #9 | Durga Black, 15 novembro, Zaratan – Arte Contemporânea, Lisboa

Durga Black . © Carla Badillo Coronado
O que move os poetas? O sexo cantado, pois então. Mas, sendo poetas, é sexão. É por isso que urge realizar este ciclo dedicado a sexões super-divas. Dinis Lapa e Nuno Moura mandam larachas para o ar e logo um raio divino as trespassa com os nomes dos poetas mais sexões de Portugal. Todos eles estão, de alguma forma, ligados à música. Umas prima-donas super-divas é o que eles são. Eles ou elas, pois claro. Sexões são, portanto, sessões de sexo cantado com poetas sexões super-divas. Está servido o banquete. Nesta nona sessão do ciclo, Durga Black (Carla Badillo Coronado) leva-nos nas suas viagens metamórficas de linguagens ecuménicas e sónico-transfiguradas rumo a um ideal de liberdade e transgressão.
SOBRE A ARTISTA
DURGA BLACK | Viajante, migrante e poeta, a arte sonora de Durga Black (aka Carla Badillo Coronado) é feita de tantas vivências quanto experiências. Umas e outras misturam-se entre o quotidiano e o sonho. A fusão dessas linguagens é um fluxo permanente que percorre o seu
trabalho, da escrita à música. Existe, acima de tudo, uma liberdade libertadora, híbrida e consciente de si mesma. Entre o rap, a colagem, a electrónica e o spokenword, cria novos mundos em formato de instalação sonora. Peças como ‘MATERIA INTERFERIDA’, ‘333’ ou ‘Pelo de Medusa’, constroem pequenos teatros oníricos, de sabor sci-fi e elegantes formas eletrónicas. Sendo o acto de criação também ele um acto de resistência, muita da sua obra questiona as realidades do seu tempo. O disco '20/20', com METAMORPHOSIS, exorcizou a caixa de Pandora da pandemia, enquanto ‘No Les Creo’ retratou a decadência do quadro político e social do seu país. A voz, os samples, o teclado e sons encontrados durante a viagem da improvisação assumem-se como novas fonéticas, interpretações e traduções sobre a atual realidade das coisas. Pelo hip hop conectou o imaginário da arte de viajar: observar, recolher e criar uma situação, um personagem ou uma estória. A imprevisibilidade de caminhar nas ruas, apostando ideias e organizando notas mentais, atrai faísca a muita da sua produção. A filosofia, a dança ou vídeo são outras ramificações que se enlaçam em redor desta artista equatoriana, para quem o acto de luta é sinal de sanidade. Luta poética que se nega a normalizar, ou diluir, nas urgências e prioridades do mundo externo.
https://durgablack.bandcamp.com/
https://metamorphosisproject.bandcamp.com/
https://carlabadillocoronado.wixsite.com/project
FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA
Artistas: Durga Black (Carla Badillo Coronado)
Curadoria: Dinis Lapa e Nuno Moura
Direcção Artística: José Chaves e Gemma Noris
Assistência técnica: Luna Ramos
Documentação: Nuno Martins
LOCAIS, DATAS E HORÁRIOS
15 novembro 2025, 17:30
Zaratan – Arte Contemporânea
Rua de São Bento 432
Lisboa
BILHETEIRA
Entrada gratuita
ACESSIBILIDADE
Acesso garantido a pessoas com mobilidade reduzida.
MAIS INFORMAÇÕES
