OJUE selecionou 22 músicos portugueses para a temporada 2018

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OJUE selecionou 22 músicos portugueses para a temporada 2018

Portugal obteve, este ano, o melhor resultado de sempre na Orquestra de Jovens da União Europeia, com o apuramento de 22 músicos portugueses para a temporada 2018, 12 como membros efetivos e 10 como reservas, sendo atualmente o terceiro país mais representado, dos 28 países da EU, apenas superado pelo Reino Unido e pela Espanha.

Foram selecionados para integrar a Orquestra, como membros efetivos, Carlos Leite (trompete), Carlos Domingues (viola), Francisco Lourenço (viola), José Trigo (contrabaixo), Lia Yeranosyan (violino), Mariana Lopes (violino), Miguel Erlich (viola), Nuno Osório (contrabaixo), Pedro Ribeiro (trompa), Pedro Marques (viola), Rui de Matos (flauta) e Vanessa Lima (contrabaixo). Integrarão a Orquestra, como reservas, Catarina Koppitz (violoncelo), Daniel Gomes (contrabaixo), Diogo Andrade (trombone), Inês Delgado (violino), João Silva (oboé), José Costa (trompa), José Nunes (viola), Lia Melo (viola), Pedro Marques (viola) e Vanessa Lima (contrabaixo).

De destacar que, pela primeira vez, 12 músicos portugueses integram a Orquestra como membros efetivos, o que corresponde a um aumento significativo relativamente à participação em anos anteriores, com um máximo de 8 membros efetivos. É também particularmente relevante a seleção de 4 violetistas, todos eles alunos do Professor António José Pereira.

Estes resultados surgem após o importante investimento na formação de jovens músicos levado a cabo pela DGARTES, em setembro do ano passado, com a realização de duas Masterclasses com o maestro Peter Stark, professor no Royal College of Music e maestro auxiliar na Orquestra de Jovens da União Europeia. Peter Stark partilhou, com os 10 professores e 53 alunos participantes, ensinamentos teóricos e práticos sobre como maximizar as competências, em termos de postura, movimento e atitude, perante uma audição. A reação a esta iniciativa - que decorreu no Auditório da Biblioteca Nacional de Portugal, nos dias  29 e 30 de setembro - foi extremamente positiva e terá contribuído, decisivamente, não só para os resultados agora alcançados na OJUE, como, também, para a integração (dos jovens músicos que participaram) na via profissional, tendo em conta a importância da formação em temáticas que geralmente não fazem parte da oferta ao nível do ensino académico.

A Orquestra de Jovens da União Europeia reúne atualmente um total de 118 músicos (de todos os países da união europeia). A orquestra foi fundada há mais de 30 anos com o objetivo de juntar os mais talentosos jovens instrumentistas da União Europeia, oferecendo aos candidatos aprovados a oportunidade de trabalhar com professores especializados de instrumento e de tocar em todo o mundo com maestros e solistas de renome. Os cursos estão organizados num período de duas semanas de ensaios gerais e de naipes com professores de orquestras e conservatórios da Europa, seguido de uma digressão de cerca de 10 concertos que ocorre, geralmente, em agosto. Paralelamente à preparação para a digressão, o período de ensaios é igualmente preenchido com sessões de música de câmara, com atividades desportivas e outras atividades recreativas, que permitem aos jovens músicos tirar o melhor partido do trabalho a desenvolver num ambiente multidisciplinar e multicultural. Os membros da orquestra poderão ainda integrar outras digressões durante a Páscoa de 2018.

Portugal faz parte da Orquestra de Jovens da União Europeia desde 1986, sendo a DGARTES a organizar, anualmente, as audições em Portugal. 

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AUDIÇÕES EM PORTUGAL

Participaram 380 músicos nas audições em Portugal.

As audições preliminares decorreram entre os dias 3 e 5 de novembro no Conservatório de Música do Porto e nos dias 11 e 12 de novembro no Teatro Nacional de S. Carlos em Lisboa. Foram apurados para a audição final, a 30 de novembro na Casa da Música, Porto, 36 jovens músicos, dos quais 4 receberam recomendação especial do júri. Dos 70 alunos portugueses que participaram na audição final, apenas 35 estudam em Portugal, encontrando-se os restantes a estudar no estrangeiro, em países como a Holanda, Alemanha, Reino Unido, Suécia e Hungria.

A participação portuguesa é suportada pela Direção-Geral das Artes/ Ministério da Cultura e pelo Instituto Camões/ Ministério dos Negócios Estrangeiros. 

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Mais informações:
www.euyo.eu

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Imagem:
© European Union Youth Orchestra (EUYO)
Imagem em www.euyo.eu/media/3305/summer-2017-brochure.pdf