Public Without Rhetoric representará Portugal na 16.ª Exposição Internacional de Arquitetura – La Biennale di Venezia

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Public Without Rhetoric representará Portugal na 16.ª Exposição Internacional de Arquitetura – La Biennale di Venezia
26.05 a 25.11, no Palazzo Giustinian Lolin

Foi apresentada no passado dia 9 de abril, no Palácio da Ajuda, em Lisboa, a exposição Public Without Rhetoric da dupla de curadores Nuno Brandão Costa e Sérgio Mah. Public Without Rhetoric é o projeto selecionado para representar Portugal na 16.ª Exposição Internacional de Arquitetura – La Biennale di Venezia. Os curadores Nuno Brandão Costa e Sérgio Mah propõem um percurso pelo “Edifício Público” de autoria portuguesa, através de 12 obras criadas num momento em que a Europa Ocidental se confronta com os seus limites e possibilidades e a arquitetura acentua o seu inconformismo, reforçando o seu papel na intervenção política e social. Public Without Rhetoric é, assim, a base formal para uma reflexão sobre arquitetura em espaço público, que parte dos 12 projetos criados nos últimos dez anos por distintas gerações de arquitetos portugueses. A exposição apresenta os projetos de arquitetura através de desenhos, maquetes e fotografias. Paralelamente, mostra as mesmas obras, habitadas, através de um conjunto de filmes encomendados a artistas portugueses. As obras escolhidas pela dupla de curadores demonstram a diversidade de programas e escalas que os arquitetos portugueses trabalham, enfatizando a sua cultura universal e a sua excelência transgeracional, representada por profissionais nascidos entre os anos 30 e os anos 80.
Agrupando-se de modo a criar relações formais e espaciais, as obras serão expostas sem uma ordem cronológica ou geracional, escapando a qualquer leitura de uma possível hierarquia. Pretende-se, em alternativa, formar um todo compacto, que demonstra a coerência e racionalidade da arquitetura portuguesa, sem se perder a idiossincrasia de cada autor que é garantida pelo carisma de cada obra.
No átrio, serão apresentados os vídeos elaborados pelos quatro artistas contemporâneos portugueses em torno do estado atual das obras, designadamente os modos e as dinâmicas de apropriação e vivência das pessoas que, de forma mais frequente ou esporádica, realizam a missão pública dessas mesmas obras. Propõe-se assim, que o primeiro impacto com a exposição seja um momento de maior subjetividade e vibração, para que num segundo momento, já nas salas, se faça uma análise mais objetiva e arquitetónica de cada obra, através de elementos convencionais e correntes da sua representação.

Pela primeira vez, o projeto que representa Portugal em Veneza é resultado de um concurso público, promovido pelo Estado português através da Direção-Geral das Artes. Este modelo inédito, ao qual se quer dar continuidade, permite ao Estado abrir um concurso que desafia artistas, arquitetos e curadores nacionais, a desenvolverem propostas artísticas para as Representações Portuguesas nas Exposições Internacionais de Arte e Arquitetura - La Biennale di Venezia.

A Representação Oficial Portuguesa ficará instalada no Palazzo Giustinian Lolin, junto da Ponte da Academia e frente ao Grande Canal em Veneza, onde está sedeada a Fundação Ugo e Olga Levi, dedicada ao ensino da música, com a qual a DGARTES estabeleceu um protocolo de utilização do espaço para o ano de 2018. O Palácio remonta ao século XVII e é considerado uma das primeiras obras do arquiteto Baldassare Longhena (1598-1682). O complexo consiste em dois edifícios, unidos por duas mangas que cercam um belo pátio com um poço. A inauguração oficial do pavilhão de Portugal acontece no dia 24 de maio de 2018, pelas 16h00, no Palazzo Giustinian Lolin. A 16.ª Exposição Internacional de Arquitetura – La Biennale di Venezia estará patente ao público entre 26 de maio e 25 de novembro de 2018. 

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Mais informações:
Public Without Rhethoric