Leonor Antunes representará Portugal na 58ª Exposição Internacional de Arte - La Biennale di Venezia

artes plásticas
Leonor Antunes representará Portugal na 58ª Exposição Internacional de Arte - La Biennale di Venezia
11.05 A 24.11 | PALAZZO GIUSTINIAN LOLIN

Leonor Antunes, DISCREPANCIES WITH C.P. LEONOR ANTUNES
exhibition view at Museo Tamayo. Courtesy of the artist and Museo Tamayo
Photo: Nick Ash

A Representação Oficial Portuguesa na 58ª Exposição Internacional de Arte – La Biennale di Venezia apresenta “a seam, a surface, a hinge, or a knot”, projeto desenvolvido pela artista plástica Leonor Antunes para o piso nobre do Palazzo Giustinian Lolin, onde ficará instalado o Pavilhão de Portugal.
Leonor Antunes irá apresentar um projeto no qual, envolvendo história de arte, arquitetura e design, reflete sobre as funções dos objetos do quotidiano, contemplando o seu potencial para se materializarem como esculturas abstratas.
A artista está interessada em explorar de que forma as tradições artesanais de várias culturas se cruzam nesta história, ligando, por exemplo, o conceito japonês de "Shakkei", que denota o uso de uma paisagem de fundo no projeto de um jardim, com o trabalho de Scarpa e formas de artesanato originárias de Itália, Japão e Portugal. Alguns elementos da exposição são fabricados na Falegnameria Augusto Capovilla, uma das carpintarias venezianas ainda ativas que trabalharam de perto com Scarpa.
Leonor Antunes foi a artista que o curador João Ribas escolheu para se apresentar no âmbito do concurso promovido pela Direção-Geral das Artes, numa modalidade inédita para definir a representação portuguesa na Bienal de Arte de Veneza.
O Pavilhão de Portugal é comissariado pelo Ministério da Cultura/Direção-Geral das Artes.
A pré-abertura da exposição decorrerá no dia 9 de maio e a abertura ao público será no dia 11 de maio. O projeto estará patente até 24 de novembro.
May You Live In Interesting Times enquadra a proposta do curador da 58ª Bienal de Veneza, Ralph Rugoff, «para uma experiência expansiva de profundo envolvimento, assimilação e aprendizagem criativa que a arte nos proporciona», porque «talvez a arte possa oferecer orientações que nos ajudem a viver e pensar nesses "tempos interessantes”».

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Bios
Leonor Antunes (n.1972, Lisboa)
vive e trabalha em Berlim. As suas exposições individuais mais recentes incluem, Leonor Antunes, Pirelli HangarBicocca, Milão, Itália (2018); the frisson of the togetherness, Whitechapel Gallery, Londres (2017); discrepancies with G.G., Tensta konsthall, Estocolmo (2017); a spiral staircase leads down the garden, SFMOMA São Francisco Museu de Arte Moderna, EUA (2016); the pliable plane, CAPC Musée D'art Contemporain de Bordeaux, França (2015); I Stand Like a Mirror Before You, New Museum, Nova Iorque e KIOSK, Gante, Bélgica (2015); Leonor Antunes, Pérez Art Museum, Miami, EUA (2014); a linha é tão fina que o olho apesar de armado com uma lupa, imagina-a ao invés de vê-la II, Kunsthalle Lissabon, Portugal (2013); the last days in chimalistac, Kunsthalle Basel, Suíça (2013); le hasard est l'ennemi de tous les mètres, Maus Hábitos, Porto, Portugal (2012); villa, how to use, Kunstverein für die Rheinlande und Westfalen, Düsseldorf, Alemanha (2012); casa, modo de usar, Fundação de Serralves - Museu de Arte Contemporânea, Porto, Portugal (2011); discrepancies with M.G., Museo Experimental El Eco, Cidade do México, México (2011); walk around there. look through here, Museu Nacional de Arte Reina Sofia, Madrid, Espanha (2011).

Recentemente, o seu trabalho foi apresentado em exposições coletivas como: Civilized Caves, Ladera Oeste, Guadalajara, México (2017); Condemned to be Modern, Los Angeles Municipal Art Gallery (LAMAG) (2017); Potência e Adversidade - arte da América Latina nas coleções em Portugal, Galerias Municipais de Lisboa: Pavilhão Branco, Pavilhão Preto, Lisboa (2017); Ficciones y territorios: Arte para pensar la nueva razón del mundo, Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía, Madrid (2016); Conversas: arte portuguesa recente na coleção de Serralves, Fundação de Serralves - Museu de Arte Contemporânea, Porto, Portugal (2016); Function Follows Vision, Vision Follow Reality, Kunsthalle Wien, Aústria (2015); Slip of the Tongue, Punta della Dogana, Venice (2015); Beyond the Supersquare,The Bronx Museum of the Arts, Nova Iorque, EUA (2014); Attention Economy, Kunsthalle Wien, Viena, Aústria (2014); Decorum, Musée d’Art moderne de la Ville de Paris, França (2013); Phoenix vs Babel, Fondation d’entreprise Ricard, Paris, França (2008); Acquisitions récentes, Musée d’Art moderne de la Ville de Paris, França (2007); entre outras.
O trabalho de Antunes foi apresentado na 57ª Bienal de Veneza (2017); Bienal de Sharjah 12, Emirados Árabes Unidos (2015); 8ª Bienal de Berlim (2014); Bienal de Singapura (2011); 1ª e 3ª Bienal de Arte Contemporânea da Maia, Portugal (1999 e 2003).

João Ribas é curador e escritor e está sediado na cidade do Porto. Dirigiu o Museu de Arte Contemporânea de Serralves no Porto, instituição onde também desempenhou os cargos de Director-Adjunto e Curador Sénior (2014-2018). Em Nova Iorque foi Curador do MIT List Visual Arts Center (2009-13) e do Drawing Center (2007-09). Ribas venceu quatro prémios consecutivos da AICA para Melhor Exposição (2008-2011) e o Emily Hall Tremaine Exhibition Award (2010), e foi também o curador da 4ª Bienal Industrial de Ural (2018). Os seus textos encontram-se publicados em inúmeras publicações, tais como a Artforum, Afterall, Artnews, Art na América, Frieze, Mousse, The Exhibitionist, Spike e The Guardian. No seu livro In the Holocene, editado pela Sternberg Press (2014), propõe a arte como uma forma de ciência especulativa. Ribas lecionou na Universidade de Yale, na Rhode Island School of Design e na School of Visual Arts em Nova Iorque, entre outras escolas e universidades, e tem sido professor e conferencista convidado por instituições de todo o mundo. Docente na Universidade Católica Portuguesa, Porto, e na Universidade Lusófona do Porto.