"Rastro, Margem, Clarão" n'O Espaço Do Tempo

cruzamento disciplinar
"Rastro, Margem, Clarão" n'O Espaço Do Tempo
Residência | Montemor-o-Novo

O projeto "Rastro, Margem, Clarão", uma iniciativa da Associação Terceira Pessoa, vai estar em residência de criação, de 27 de julho a 3 de agosto, n’O Espaço do Tempo, em Montemor-o-Novo. Esta residência resultará na criação de 3 performances, 3 ensaios fotográficos e 3 ensaios escritos, a estrear a partir de setembro. 

Dirigido por Ana Gil e Nuno Leão, "Rastro, Margem, Clarão" é um projeto de natureza experimental em torno do universo da escrita de Rui Nunes, que envolve criadores em artes performativas, artes visuais e ensaio teórico. O projeto tem vindo a ser desenvolvido desde o início deste ano, seguindo um calendário de residências artísticas - para além d'O Espaço do Tempo - na Fábrica da Criatividade (Castelo Branco), Rua das Gaivotas (Lisboa), Cão Solteiro (Lisboa) e Devir CaPA - Centro de Artes Performativas do Algarve (Faro). Uma conversa-performance que incluiu a leitura de textos do autor, com a participação do público, no dia 11 de janeiro, na Fábrica da Criatividade, marcou o início da atividade pública do projeto.

Para além de Ana Gil e Nuno Leão, o projeto conta ainda com as interpretações de Filipa Matta, Óscar Silva, Maria Fonseca e Miguel Moreira. Os trabalhos fotográficos estão a cargo de Rui Dias Monteiro, Susana Paiva e Valter Vinagre. Diogo Martins, Eunice Ribeiro e Vítor Ferreira são responsáveis pela vertente de ensaio teórico.

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Sinopse:
(Pela Terceira Pessoa - Associação)

"Rastro, Margem, Clarão" é um projeto pluridisciplinar de criação artística em torno do universo da escrita de Rui Nunes, que envolve criadores em artes performativas, artes visuais e ensaio teórico. A obra deste autor está repleta de elementos que assumem a escrita enquanto ato performativo: as páginas enchem-se de vazios, brancos, destacados a negro, rasuras, frases truncadas. Assim, a escrita parece convocar menos uma leitura e mais uma visão, aproximando-se do que há de a-verbal nos modos de coexistência entre diferentes sujeitos (aquilo que Jacques Rancière designa como “partilhas do sensível”), o seu excedente semiótico ou comunicacional, como acontece com os nossos gestos, a respiração, os movimentos do nosso corpo. Portanto, é todo um registo que se consagra na performatividade, na violência e no fulgor do corpo in actu (o corpo que se realiza verdadeiramente enquanto dura a performance). É a partir destes elementos que Ana Gil e Nuno Leão – diretores artísticos da Terceira Pessoa – criam e apresentam uma performance em que o corpo se procura construir enquanto lugar e em que o próprio espaço devém um corpo em construção. Que lugar é esse onde hesitamos entre a perfeição e o desastre?

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Ficha artística e técnica:
Direção artística: Ana Gil e Nuno Leão 
Criação performativa e interpretação: Ana Gil e Nuno Leão; Filipa Matta e Óscar Silva; Maria Fonseca e Miguel Moreira 
Fotografia: Rui Dias Monteiro, Susana Paiva, Valter Vinagre 
Ensaio teórico: Diogo Martins, Eunice Ribeiro, Vítor Ferreira 
Pesquisa e teoria: Diogo Martins 
Direção técnica: Pedro Fonseca / Coletivo ac 
Design de comunicação: Cátia Santos 
Vídeo e fotografia: Tiago Moura 
Produção executiva: Bruno Esteves 
Produção: Terceira Pessoa – Associação 
Financiamento: República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes, Cine-Teatro Avenida Castelo Branco, Teatro-Cine Torres Vedras, Teatro Municipal da Guarda 
Residências de criação: Fábrica da Criatividade, Rua das Gaivotas 6, Cão Solteiro, Devir CaPACentro de Artes Performativas do Algarve, O Espaço Do Tempo

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Contactos:
terceirapessoa2012@gmail.com

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Mais informações:
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