2022 marca a maior presença de sempre de Portugal na Bienal de Arte de Veneza. Para além da representação oficial portuguesa de Pedro Neves Marques com “Vampires in Space”, as pinturas da série "Metamorfose" de Paula Rego estão expostas no Pavilhão Central, a convite da curadora da Bienal, e os artistas Pedro Cabrita Reis, Mónica de Miranda e Diana Policarpo destacam-se com exposições individuais.
Pedro Neves Marques representa Portugal na 59.ª Exposição Internacional de Arte da Bienal de Veneza com o projeto “Vampires in Space”. Com curadoria de João Mourão e Luis Silva, Pedro Neves Marques recorre à figura e expectativas do que consideramos ser um “vampiro” para abordar questões de identidade de género, famílias não-nucleares, reprodução queer, e também o papel da intimidade e da saúde mental nos dias de hoje. O projeto, comissariado pela DGARTES, está instalado no Palácio Franchetti até ao dia 27 de novembro, quando termina a Bienal.
A pintora Paula Rego está representada na Bienal de Arte de Veneza deste ano com pinturas, esculturas e muitas gravuras da série "Metamorfose", inspirada na obra do escritor Franz Kafka. A artista portuguesa foi escolhida pela curadora da Bienal, Cecilia Alemani, para estar presente com o seu trabalho na maior sala dedicada a uma só artista, no Pavilhão Central do Giardini.
Para além de Paula Rego e Pedro Neves Marques, no âmbito da programação das galerias de arte, o português Pedro Cabrita Reis marca presença com a sua obra “Field”, uma obra de grandes dimensões, inédita e especialmente concebida para a Igreja di San Fatin. A peça consiste num campo onde o metal e a luz dos tubos LED criam um padrão geométrico de linhas paralelas e será instalada desde a entrada da igreja até ao altar principal, ocupando a nave central. A exposição estará patente até 30 de setembro.
No âmbito da programação paralela da 59ª Bienal Internacional de Arte, a artista interdisciplinar Mónica de Miranda inaugurou em Veneza a sua exposição individual “No longer with the memory but with its future”, com curadoria de Paula Nascimento. A exposição reúne um novo conjunto de obras da artista portuguesa, de origem angolana, cuja prática informada pela pesquisa investiga as convergências entre política, identidade, género, memória e lugar através de geografias de afeto, e estrutura-se em torno da obra em vídeo “Path to the stars” (2022). Pode ser visitada até dia 29 de maio no Oratorio di San Ludovico, Dorsoduro. Depois disso, a exposição seguirá para a Bienal de Arte Contemporânea de Berlim, que decorrerá entre 11 de junho e 18 de setembro.
Diana Policarpo tem patente a exposição individual “The Soul Expanding Ocean”, no espaço da fundação de Francesca Thyssen-Bornemisza em Veneza, que é a maior instalação da artista até hoje – na qual explora múltiplos media, entre os quais áudio e filme, para criar uma experiência envolvente, uma sensação de estarmos dentro do oceano e de o pensarmos através do seu interior. O projeto é o resultado de uma viagem às Ilhas Selvagens e pode ser visitado até dia 2 de outubro.
Participam nesta Bienal de Arte de Veneza 213 artistas, de 58 países. Das obras e objetos expostos, 80 novos projetos foram concebidos especificamente para a Bienal de Arte. Metamorfose e simbiose são palavras-chave nesta 59.ª Exposição Internacional de Arte da Bienal de Veneza, dividida em três temas: a representação dos corpos e as suas metamorfoses, a relação com as tecnologias, e ainda a conexão entre os corpos e o planeta Terra. O tema da edição deste ano "The Milk of Dreams", título do livro da artista surrealista Leonora Carrington (1917-2011), foi escolhido pela curadora-geral Cecilia Alemani.
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LINKS PARA SITES
Pedro Neves Marques
https://vampiresinspace.pt/
Paula Rego
https://www.facebook.com/paulafigueiroarego
Pedro Cabrita Reis
https://pedrocabritareis.com/
Mónica de Miranda
https://monicademiranda.org/path-to-the-stars/
Diana Policarpo
https://www.instagram.com/oceanspaceorg/
Data de publicação: 09-05-2022