"Inland Journal - O Livro 2015-2023" é apresentado este mês na DOCA

Edição
"Inland Journal - O Livro 2015-2023" é apresentado este mês na DOCA
Caldas da Rainha

Fotografia: apresentação do Inland Journal ― O Livro 2015-2023 (fevereiro 2024, Térmita Livros, Porto) 

No dia 16 de março, a partir das 17h, a ADOC - Associação Design Ofícios e Cultura (Caldas da Rainha) apresenta o "Inland Journal o Livro 2015/2023", no qual constam as primeiras 35 edições do Inland Jornal, uma publicação criada em 2015 pelos artistas Eduardo Matos e André Cepeda. A apresentação conta com as participações de Eduardo Matos e Isabel Baraona. A entrada é livre.

O livro reúne textos e escritos de artista, mas também notas soltas, páginas de diários, palavras desenhadas, ensaios, memórias e reflexões poéticas sobre os processos de trabalho e experiências, marcando, assim, a história da arte realizada em Portugal nos últimos 20 anos. Segundo Eduardo Matos, "alguns textos migraram de obras de arte para as páginas do Inland". 

Entre os artistas editados encontram-se Marta Ângela, Joana da Conceição, António Olaio, Júlio Pomar, Judite dos Santos, Gabriela VP, Daniel Barroca, Sara Bichão, Cristina Mateus, Susana Chiocca, Pedro A.H. Paixão, André Guedes, Horácio Frutuoso, Rebecca Moradalizadeh, João Sousa Cardoso, Mariana Caló & Francisco Queimadela, Catarina de Oliveira, Bruno Zhu, Paulo Mendes,  Daniel Moreira e Rita Castro Neves, Susana Mendes Silva e Pedro Magalhães, Sara & André, Rui Mourão, Isabel Baraona, Isabel Carvalho, João Marçal, António Poppe, Francisca Carvalho e Paulo T. Silva, Susana Gaudêncio, Hugo Canoilas, Fernando José Pereira, Alice Geirinhas, João Pedro Vale e Nuno Alexandre Ferreira, João Fonte Santa, Pedro Cabral Santo, Aida Castro e Maria Mire, Associação de Amigos da Praça dx Anjx e Mattia Denise.


Inland Journal - O Livro 2015 – 2023

"O livro não é um fac-símile dos jornais, é diferente, nele privilegiamos o texto em detrimento do objeto, característica muito vincada das edições do Inland Journal. Esta decisão obrigou-nos a revisitar cada um dos jornais e editá-los novamente, com isso ganham-se coisas, perdem-se outras. Os jornais são os jornais, o livro é o livro, foi o que decidimos.

O Inland não é um jornal assíduo, nem dá conta dos dias, mas sempre lhe chamamos jornal, sempre quisemos chamar-lhe jornal. Isto para não resvalar em outro tipo de publicações que não fosse a de textos e escritos de artista. Os textos que publicamos surgem-nos das mais variadas formas: notas soltas, páginas de diários, palavras desenhadas. Alguns textos migraram de obras de arte para as páginas do Inland etc.

Os textos de artistas são em muitos casos pessoais e subjetivos, difíceis de catalogar e de um carácter ensaístico. E se não os encontramos mais por aí é justamente porque não respondem a funções específicas, não têm uma forma reconhecível e por isso não encontram lugar onde possam existir, a não ser em edições muito pessoais e especiais, quase sempre de autor ou independentes. A esta realidade, acresce o facto de que nesta panóplia de catálogos, livros, textos de sala, textos críticos e tudo o mais que se escreve sobre arte, está tudo normalizado, diria mesmo academizado por funções e hierarquias de poder, o que torna estes textos um tanto ou quanto estranhos, pouco precisos e indesejados aos olhos dos disciplinados. Por vezes, e ao cruzar-me com esses textos, publicações e ao demais a que me refiro, fico com a impressão de que vivemos no melhor dos mundos. Ora… o Inland contraria esse otimismo".

Eduardo Matos (coeditor)


Apresentação

16 de março de 2024, 17h
DOCA - Associação Design Ofícios e Cultura 
Rua Filinto Elísio
RC o-1  Caldas da Rainha

 

 

 


Apoio: República Portuguesa - Cultura / Direção-Geral das Artes