Pavilhão de Portugal recebe mais de 11.500 visitantes no primeiro mês da Bienal de Veneza

Internacionalização
Pavilhão de Portugal recebe mais de 11.500 visitantes no primeiro mês da Bienal de Veneza

Ph.© Raul Betti

A Representação Oficial Portuguesa na 60.ª Exposição Internacional de Arte - La Biennale di Venezia 2024 abriu as portas ao público no dia 20 de abril e já contou com a visita de mais de onze mil e quinhentas pessoas, entre as quais, artistas, estudantes e investigadores, galeristas, jornalistas, famílias e público em geral, vindas de todo o mundo.

Instalado no Palazzo Franchetti, no Grande Canal de Veneza, o Pavilhão de Portugal acolhe o projeto “Greenhouse”, das curadoras e artistas Mónica de Miranda, Sónia Vaz Borges e Vânia Gala - uma artista visual, uma académica e uma coreógrafa -, que tem como protagonista um Jardim Crioulo onde há instalações que são palcos de coreografias, assembleias e educação militante.

O projeto empreende a desconstrução da própria epistemologia do espaço expositivo e dos binários hierárquicos de curador e artista, pensamento e prática, humano e natureza. O jardim torna-se um espaço de criação contínua e dialógica entre artistas e público. Greenhouse questiona a forma como o solo, a terra e as fronteiras se relacionam com a política do corpo no presente. Integra a terra como uma forma de entender os processos de libertação e auto-descoberta para criar ecologias de cuidado no ecossistema atual. Observamos estas dinâmicas no corpo migrante, o ser diaspórico em constante movimento e transição.

O programa, em torno deste Jardim Crioulo, composto por Assembleias (com nomes como Denise Ferreira da Silva, Kalaf Epalanga, Ellen Pirá Wassu, Marissa Moorman ou Vandana Shiva, entre artistas e curadores presentes na bienal); um Arquivo Vivo ligado ao som, movimento e performance; e as Escolas, em que Sónia Vaz Borges procura aplicar às urgências do presente as premissas da “educação militante” desenvolvida pelo PAIGC – “formação técnica, formação política e transformação dos comportamentos individuais e colectivos" –, com convidados/as como Apolo de Carvalho, Ruth Wilson Gilmore ou Andre Ebouaney, pode ser consultado no site oficial do projeto.

O Pavilhão de Portugal reúne as vozes das comunidades diaspóricas e imigrantes, desafiando as concepções monoculturais de identidade nacional e ressoando com o tema da Bienal de Arte 2024, Stranieri Ovunque – Foreigners Everywhere.

Portugal destaca-se nesta Exposição Internacional não só através deste expressivo número de visitantes ao seu Pavilhão em tão poucas semanas, mas também pelas inúmeras notícias que tem saído na imprensa nacional e internacional dando especial visibilidade ao projeto GREENHOUSE.

A Representação Oficial Portuguesa é comissariada pela Direção-Geral das Artes.

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A exposição estará aberta ao público até 24 de novembro de 2024.
Palazzo Franchetti, San Marco, Veneza
Horário: terça a domingo, 10:00 — 18:00