O Programa Iberorquestras Juvenis apresenta a edição de 2025 da Orquestra e Coro Juvenil Ibero-americanos, uma formação musical representativa dos quinze países que fazem parte do programa e que se realiza com a colaboração do país anfitrião, o Panamá, através da Rede de Orquestras e Coros Juvenis do Panamá.
A Orquestra e Coro Juvenil Ibero-americanos representam o potencial da educação musical como ferramenta de desenvolvimento social e cultural. As e os jovens que a integram formaram-se nos respetivos sistemas educativos nacionais, simbolizando com a sua presença os milhares de crianças e adolescentes para quem a educação musical representa uma possibilidade real de um futuro melhor.
Desde os agrupamentos musicais indígenas na tríplice fronteira entre a Guatemala, El Salvador e Honduras até aos núcleos orquestrais presentes no interior do Uruguai, percorrendo uma vastíssima tradição cultural, o Programa Iberorquestras Juvenis potencia projetos educativos que reforçam as políticas dos países que o compõem.
Quer seja através dos ateliês de luteria, que permitem a reparação dos instrumentos necessários para que crianças e adolescentes possam aprender e partilhar num espaço seguro, explorando a sua sensibilidade artística, quer através de prémios que reconhecem o compromisso das e dos jovens integrantes de agrupamentos musicais em continuar a sua formação, apoiar os seus colegas ou oferecer às comunidades em que vivem momentos de beleza e paz através de recitais ou concertos, o Iberorquestras Juvenis desempenha há já 15 anos um papel fundamental na formação e no futuro de milhares de pessoas.
A Orquestra e Coro Juvenil Ibero-americano serão constituídos na Cidade das Artes, no Panamá, a partir de 14 de setembro, culminando num grande concerto no Auditório Bebby Torrijos da Cidade das Artes, no dia 20 do mesmo mês.
Uma centena de jovens provenientes da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, El Salvador, Espanha, Guatemala, Honduras, México, Portugal e Uruguai, acompanhados, naturalmente, pelo país anfitrião, o Panamá, ensaiarão juntamente com professores e professoras assistentes de diferentes países para preparar um repertório emocionante e representativo da riqueza cultural ibero-americana, da sua vontade de viver e das suas possibilidades de futuro.
Sob a direção da maestra colombiana Paola Ávila, uma das jovens diretoras de orquestra de maior projeção na atualidade, a Orquestra e Coro Juvenil Ibero-americano oferecem ao público não apenas uma experiência musical da mais alta qualidade, mas também se convertem numa demonstração da mudança positiva e profunda que a educação musical pode provocar na vida de crianças e adolescentes.
Para além dos ensaios, concertos e masterclasses, as e os integrantes da orquestra constituirão o II Fórum Juvenil Ibero-americano, uma tribuna onde quem fala, troca ideias e propõe são os próprios jovens. Unidos pela linguagem da música e trazendo a riqueza das suas diversas origens, debaterão temas propostos por eles mesmos e apresentarão as suas conclusões e recomendações ao Conselho Intergovernamental do Programa Iberorquestras Juvenis como forma de garantir que as suas vozes, enquanto protagonistas do futuro da nossa sociedade, sejam ouvidas e tidas em conta.
Portugal será representado pelos jovens músicos Sofia Frazão Santos Rosas e Rodrigo Vasquez e por dois professores assistentes de instrumento, os músicos Isabel Vaz e Pedro Silva.
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BIOS
Sofia Frazão Santos Rosa – Oboé e Corne Inglês
Iniciou os seus estudos musicais em 2014 no Conservatório de Música Jaime Chavinha, na variante de oboé sob a orientação do professor António Campos, onde completou o 5º grau.
Em 2019, ingressou na Escola Profissional de Artes da Covilhã, para a classe do professor Francisco Luís Vieira, onde terminou o curso de instrumentista de sopros e percussão, com a classificação máxima, 20 valores.
Realizou masterclasses com diversos professores, tais como: Francisco Luís Vieira, João Miguel Silva, Luís Auñón Pérez, Matthieu Petitjean, Pedro Ribeiro, Ricardo Lopes, Omar Zoboli, Ralph Van Daal, Ian Davidson, David Costa, Roberto Henriques, António Vidal e Pedro Castro (em oboé barroco). Integrou também diversas orquestras, como: Orquestra sem Fronteiras, Orquestra Nacional de Jovens, Orquestra Molto Vivace, Orquestra Lusitanus, Orquestra Académica Filarmónica Portuguesa, Orquestra APROARTE, Orquestra POEMa, Sinfonietta de Castelo Branco, Orquestra de Sopros do Médio Tejo, Orquestra Melleo Harmonia, Jovem Orquestra Portuguesa, Orquestra Sinfónica de Thomar, Orquestra Sinfónica de Loures, Orquestra Municipal de Sintra - D.Fernando II, Orquestra Alma Mater, Orquestra de Almada, Lisbon Film Orchestra, Orquestra Erasmus, Orquestra Sinfónica Portuguesa e Orquestra Gulbenkian. Foi chefe de naipe da Orquestra Sinfónica Juvenil nos anos 2024-2025 No ramo da música antiga, participou na 11.ª edição dos Cursos Internacionais de Música Antiga onde se apresentou pela 1.ª vez em oboé barroco, Ensemble 258, Os Músicos do Tejo, Divino Suspiro, e Orquestra Barroca D’Aquém Mar. Em 2024, participou no Prémio Jovens Músicos, na categoria de oboé- Nível Superior.
Recentemente, terminou a licenciatura em música - variante de execução - na Escola Superior de Música de Lisboa, na classe do professor Pedro Ribeiro, com 20 valores. Foi também distinguida com Bolsa Gulbenkian pelo seu mérito artístico e académico.
https://youtu.be/lN8Rgr1AvjI?si=dlZZD9QLc3O2DvkD
Rodrigo Vasques – Fagote
Rodrigo Vasques é um jovem músico português, natural do Porto, especializado em fagote e dedicado à música clássica orquestral. Atualmente frequenta o mestrado em Música na Hochschule für Musik und Darstellende Künste, em Frankfurt, e o mestrado em Ensino pela Escola Superior de Música de Lisboa. No seu percurso académico, concluiu a licenciatura em Fagote e o curso profissional de instrumentista de sopro e percussão, destacando-se pela orientação de reconhecidos professores.
Ao longo da sua formação, integrou várias orquestras juvenis de referência nacional e internacional, como a BSP Júnior, Alto Minho Youth Orchestra e Orchestre des Jeunes de la Méditerranée, realizando concertos em salas de prestígio em Portugal, França e Reino Unido. Conta ainda com experiências como reforço e convidado em agrupamentos de renome, como a Orquestra Gulbenkian, Sinfonietta de Angra do Heroísmo e Teatro Nacional de São Carlos. O seu percurso inclui a obtenção de prémios, como o 3.º lugar no Concurso de Música Terras de Santiago, e participação regular em masterclasses com reputados fagotistas nacionais e internacionais, consolidando uma formação técnica e artística de elevado nível.
Isabel Vaz – Professora Assistente de Violoncelo na Orquestra Juvenil Iberoamericana 2025
Isabel Vaz, natural de Lisboa, nasceu no seio de uma família com forte ligação às artes. Iniciou os estudos musicais aos quatro anos de idade e começou a aprender violoncelo aos sete, sob a orientação de Luís Estevão da Silva e Maria José Falcão, na Fundação Musical dos Amigos das Crianças. Concluiu a licenciatura na Escola Superior de Música de Lisboa, onde estudou com Clélia Vital e Irene Lima (música de câmara), e prosseguiu para o mestrado no Conservatório de Amesterdão, na classe de Dmitry Ferschtman, com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian. Durante a sua formação, realizou dois intercâmbios internacionais de um semestre: o primeiro na HAMU, em Praga, com Václav Bernášek; e o segundo na Manhattan School of Music, em Nova Iorque, com Alan Stepansky.
Foi laureada em diversos concursos nacionais e internacionais, tanto a solo como em música de câmara. Em 2006, obteve o 2.º prémio na modalidade de Música de Câmara do Prémio Jovens Músicos, com o quinteto com piano da ESML, e em 2009 conquistou o 1.º prémio com o Quarteto Blanc. No Concurso de Interpretação do Estoril, foi distinguida com o 3.º prémio e o Prémio do Público em 2012, tendo alcançado o 1.º prémio na edição de 2016. Entre 2013 e 2015 integrou o Quartetto Indaco, sediado em Milão, com o qual frequentou o mestrado em quarteto de cordas na Hochschule für Musik de Hannover, sob a orientação de Oliver Wille. Com este agrupamento obteve vários prémios internacionais: 1.º prémio no Concurso Guido Papini (2013), prémio Jeunesse Musical Deutschland no Premio Borciani (2014), e 3.º prémio no Concurso Internacional Val Tidone (2014). Durante esse período, o quarteto apresentou-se em prestigiados festivais e salas de concerto por toda a Europa, colaborando com artistas como Bruno Canino e membros do Quartetto di Cremona. Atualmente reside em Amesterdão, Países Baixos, onde integra a Noord Nederlands Orkest, colaborando em regime de part-time. Mantém uma atividade intensa na área da música de câmara, integrando diversos ensembles. Em duo com o pianista Vasco Dantas, tem-se apresentado regularmente em Portugal e em vários países europeus, incluindo os Países Baixos, Alemanha, Sérvia, Rússia e Croácia. O álbum “Luiz de Freitas Branco – Sonatas”, lançado em 2021, foi nomeado para Melhor Álbum de Música Clássica nos Prémios Play. Isabel Vaz integra a direção artística do Algarve Music Series (antigo Festival Internacional de Música de Câmara do Algarve) e assume a coordenação artística do ciclo de concertos Avis Music Series. Nos últimos anos, tem atuado como solista com diversas orquestras, destacando-se a Orquestra de Câmara de Cascais e Oeiras, a Orquestra Metropolitana de Lisboa, a Orquestra Sinfónica Portuguesa, a Kremlin Chamber Orchestra, o SONOR Ensemble e os Zagreb Soloists.
Pedro Silva – Professor Assistente de Fagote na Orquestra Juvenil Iberoamericana 2025
Pedro Silva iniciou os seus estudos musicais na Escola Profissional Artística do Vale do Ave.
Concluiu a Licenciatura e o Mestrado em Interpretação Artística na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo (ESMAE), sob a orientação do Professor Hugues Kesteman, tendo também obtido o grau de Especialista em Fagote.
Prosseguiu estudos na Staatliche Hochschule für Musik Karlsruhe (Alemanha), com o Professor Gunter Pfizenmaier.
Tem-se apresentado em Espanha, França, Holanda, Luxemburgo, Bélgica, Alemanha e Brasil, em contexto de música de câmara e orquestral.
Fundou várias classes de fagote no ensino especializado em Portugal e leciona regularmente masterclasses em Portugal, Espanha, França, Suíça, Alemanha e Itália.
É professor efetivo da classe de fagote na ESMAE.
Data de publicação: 11.09.2025