"A última nau”, de Sete Lágrimas / 6 maio, Espinho

Fotografia: Filipe Faria, 2022
DESCRIÇÃO
O relato da viagem da esquadra comandada por Fernão de Magalhães a caminho da primeira circum-navegação ao planeta, pelo cavalheiro Antonio Pigafetta, erudito e explorador italiano que embarcou na nau Victoria e que sobreviveu para a contar.
Excertos de “Relazione del primo viaggio intorno al mondo” (A primeira viagem ao redor do mundo) (1524/1525) de Antonio Pigafetta (Vicenza, c.1491-c.1531).
“A história universal está intimamente ligada à história dos descobrimentos. Em todas as épocas, homens das mais diversas origens partiram rumo a regiões desconhecidas. Alguns foram mal recebidos, outros encontraram novas rotas para as suas mercadorias, e outros ainda quiseram difundir a sua religião e expandir o seu poder. Ou buscar em terras longínquas matérias-primas cobiçadas e preciosidades exóticas. Os encontros mais ou menos voluntários proporcionados por estas excursões, entre povos e culturas que não se conheciam, tiveram consequências importantes, pois estas novas experiências influenciaram e transformaram ambas as partes: descobridores e descobertos – e não apenas as suas ementas e os seus hábitos sociais, mas também expressões culturais e rituais como a dança, a música, a literatura, o teatro e as artes visuais. (...)
Estes fenómenos de miscigenação cultural, que duram há milénios, bem com as inspirações recíprocas e a integrações fecundas que deles resultaram, foram sempre vistos como uma prova da força unificadora e enriquecedora de técnicas culturais porosas, e uma forma de acelerar a modernização através de influências estrangeiras. Rótulos como «cadinho de culturas» passam por selos de qualidade aplicados a ambientes e universos culturais particularmente variados. (...)
Este programa segue o relato de Pigafetta e o seu itinerário aventuroso – começando em Sevilha, passando pela Argentina e pelo Brasil e terminando na Índia e nas ilhas Molucas. Em peças vocais e instrumentais, o grupo explora diferentes fórmulas interpretativas da música popular e clássica do século XVI ao século XX. O repertório estende-se do fado português e do vilancico ibérico ao chorinho brasileiro, à morna cabo-verdiana e, por fim, às canções tradicionais de Timor, Macau, Índia e Brasil. (...)”
REGINE MÜLLER
in Magazine Elbphilharmonie Hamburg 2021
LOCAIS, DATAS E HORÁRIOS DE APRESENTAÇÃO
Auditório de Espinho, Espinho.
6 Maio 2022, 21h30.
FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA
Filipe Faria e Sérgio Peixoto, direção artística
Filipe Faria, voz
Sérgio Peixoto, voz
Pedro Castro, flautas e oboé barroco
Maria Bayley, harpa e cravo
Tiago Marias, tiorba, guitarra barroca e guitarra romântica
Baltazar Molina, percussão
INFORMAÇÕES SOBRE BILHETEIRA
Bilheteira Auditório de Espinho.
Preço: 8€ (Cartão Amigo 4€)