"Pantagruel" – parte I (uma criação Teatro Bastardo – acolhimento Escola de Mulheres), 15 a 23 julho, Lisboa

Teatro
"Pantagruel" – parte I (uma criação Teatro Bastardo – acolhimento Escola de Mulheres), 15 a 23 julho, Lisboa

© Anabela Loureiro

A Escola de Mulheres acolhe PANTAGRUEL – parte I (uma criação Teatro Bastardo), de 15 a 23 de julho, na Sala de Teatro do Clube Estefânia, Lisboa, de segunda a sábado, às 21h30, e domingo, às 17h30.


SINOPSE

A partir de François Rabelais, “Os Horríveis e Apavorantes Feitos e Proezas do Mui Renomado Pantagruel, Rei dos Dípsodos, Filho do Grande Gigante Gargântua”, publicado em 1532. 

Filho do grande gigante Gargântua e da mãe Boca-Aberta, PANTAGRUEL, não sendo um bebé particularmente bonito é um alegre glutão de força descomunal e apetite insaciável. Na adolescência, em Paris, conhece Panúrgio e os dois tornam-se verdadeiros compinchas de cerimónias que, invariavelmente, acabam regadas em quantidades exageradas de vinho e comida. No meio destas aventuras rocambolescas, Pantagruel fica a saber da morte do pai, Gargântua, e que os Dípsodos haviam invadido a sua cidade natal e roubado a herança que lhe pertencia por direito – o reinado sobre aquelas terras. A transbordar de raiva por todos os poros, Pantagruel e os seus fiéis companheiros partem à reconquista de Utópia e derrotam o exército invasor. Num universo desmedido, de um humor paradoxal entre o trágico e o jubilante, esta adaptação para teatro junta o requinte e o grotesco num espetáculo singularmente divertido, que vai do teatro de feira renascentista ao mais moderno surrealismo.


SOBRE O ESPETÁCULO 

O espetáculo tira partido do mapeamento da anatomia da sociedade feito por Rabelais ao longo da sua obra; um estilo grotesco, cómico e carnavalesco que, associado ao excesso, propõe uma nova forma de vida coletiva centrada em torno da intoxicação conjunta, de banquetes desmedidos e personagens hipertrofiadas. Assim, as imagens descritas por Rabelais distanciam-se claramente das imagens da vida quotidiana, preestabelecidas e perfeitas dos dias de hoje. São antes personagens ambivalentes e contraditórias; de figura disforme, com corpos deficientes e degradados pela velhice, em agonia, monstruosos e horrendos, quando comparados do ponto de vista da estética “clássica” que define o “belo” como um corpo acabado, perfeito e em plena maturidade, sem protuberâncias ou orifícios. Paradoxalmente, essas personagens e imagens criadas por Rabelais revelam a expressão maior da alegria da alma humana, da festança, da comida e bebida em excesso, da fertilidade, da primavera, e da superabundância. Pantagruel pode ser visto como um elogio à deglutinação, ao comer e beber, ao corpo real que está à mercê do ciclo natural da vida, ao cómico popular, escatológico, grosseiro e parolo que ainda teimamos em reprimir. Para os comuns mortais o gigante Pantagruel parece relativizar o peso da morte enquanto se ri dela; alivia-nos do fardo da vida ao mesmo tempo que serve de fuga à postura circunspecta que a sociedade impõe. As aventuras do gigante representam uma pequena vitória do povo sobre a cultura oficial e erudita de outros séculos, mas que ainda hoje se mantêm.


FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA

texto a partir de FRANÇOIS RABELAIS 
encenação GONÇALO BOTELHO 
interpretação BERNARDO BEJA, FLÁVIA LOPES, FRANCISCO PEREIRA DE ALMEIDA, GONÇALO BOTELHO, LUÍS GARCIA, MIGUEL GALAMBA, ALUNOS ESTAGIÁRIOS DO CURSO DE TEATRO DA ESCOLA SECUNDÁRIOA D. PEDRO V e JOÃO MOTA (participação em vídeo) 
música MIGUEL GALAMBA 
figurinos CARMEN ALVES 
cenografia TEATRO BASTARDO 
desenho de Luz PAULO GRAÇA e ROGÉRIO VALE 
operação técnica MARIA JOÃO ARSÉNIO (Escola de Mulheres) 
maquilhagem FREDERICO BOTTA 
cartaz INÊS SOUSA 
fotografia ANABELA LOUREIRO 
comunicação e assessoria de imprensa BEATRIZ TEODÓSIO 
produção TEATRO BASTARDO 

apoio ao projeto Fundação GDA 
apoio à estrutura Câmara Municipal de Oeiras parceiros Teatro Passagem de Nível, Comuna Teatro de Pesquisa, Companhia Olga Roriz, Polo Cultural das Gaivotas | Boavista, Escola Secundária D. Pedro V


LOCAIS, DATAS E HORÁRIOS 

Sala de Teatro do Clube Estefânia, Lisboa
15 a 23 de julho 2023 (2.ª a Sáb. às 21h30; dom. às 17h30)


BILHETEIRA

Preço dos bilhetes: 12,50 € (descontos aplicáveis)
Bilhetes à venda na BOL e na Bilheteira Local nos dias de espetáculo a partir das 19h30 (5ª a sábado), e das 16h30 (domingo).
Reservas (Informações e reservas 4ª a sáb. das 15h às 19h | dom. das 14h30 às 17h): geral@escolademulheres.com | (+351) 915 039 566


CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA

M/14


MAIS INFORMAÇÕES

www.escolademulheres.com

 

 

 


A Escola de Mulheres – Oficina de Teatro é apoiada pela República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes.


 

 

 

© Anabela Loureiro