NASCENTES, 3 a 7 julho, Aldeia das Fontes (Leiria)

OMNICHORD
DESCRIÇÃO:
Em pleno confinamento, o Nascentes apareceu inspirado na teoria da ecologia dos saberes de Boaventura Sousa Santos, com um modelo de residências de cocriação artística desencadeadas a partir de temas lançados em tertúlias com investigadoras académicas. Nessas cinco semanas, artistas visuais e músicos trabalharam junto à aldeia das Fontes para criar peças site specific, acompanhadas por bandas sonoras que foram exibidas nas Nascentes do Rio Lis. Esse projeto desenvolveu uma intensa comunhão entre os artistas e a comunidade da aldeia. Foi absolutamente transformador. Havia sido apoiado pela Dgartes e mereceu, aquando da inauguração, a visita e os elogios da Exma. Sra Ministra da Cultura e do Diretor Geral das Artes. No final da primeira edição a comunidade local desafiou-nos a trazer mais artistas, usando a aldeia como palco. Mensalmente passou a organizar-se uma assembleia da aldeia onde se debatiam propostas de programação e relação com espaços da aldeia, melhoramentos e acessibilidades, escalas de trabalho comunitário para levar por diante o desejo do Nascentes passar a ser um símbolo da aldeia, pensada em conjunto e de todos para todos.Assumiu a forma de festival onde, através de concertos, residências de criação, atividades infantojuvenis, caminhadas e momentos de cruzamento da sabedoria popular com outros saberes, se procurassem novas formas de olharmos e vivermos o território. Tendo como ponto de partida a ideia de que a integração e desenvolvimento social têm, na sua base, um trabalho de encontro com as pessoas, os lugares e os hábitos, o Nascentes propôs-se desenhar uma programação de raiz, com o apoio e intervenção direta da comunidade local, relacionando natureza e criação, rasgo e tradição.Repensando a forma como nos sentimos no mundo e promovendo uma materialidade responsável e sustentável, as atividades programadas têm o objetivo de dar a conhecer aos participantes o ecossistema da aldeia das Fontes, fomentando a (re)descoberta e a fruição das paisagens naturais através da contemplação a da celebração em comunidade. O processo participado de conceção e pré-produção desta atividade em longas sessões à mesa da Associação Cultural e Recreativa Nascentes do Lis é sempre tão desafiante quanto inspirador e, ao longo de semanas, enquanto se monta a edição do ano, a aldeia tem já deixado os desejos e sonhos para a edição do ano seguinte que aqui refletimos, como receber Cabrita (que esteve em cocriação na primeira edição), criar um coro local com a ajuda Carincur & Joao Pedro Fonseca, dançar com os turcos Lalalar ou celebrar o ecletismo com Za & la TransMegaCobla ou continuar a trazer projetos diferenciadores como o ensemble de samplers de utentes da Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra “Ligados às Máquinas” e querem também mais mundo com a possível vinda Vurro, Kriol com os sons de Cabo Verde ou Dolu que incorpora os sons turcos. A programação musical completa-se com Lavoisier, Dada Garbeck + Ricardo Martins + Trio de Percussão e uma viagem de captação de sons com Luís Antero. Para os mais miudos captamos os Mais Alto! e Jhon Douglas. Na fase de pré-produção o diretor artístico, em conjunto com a comunidade, desenham ainda algumas ações periféricas como conversas, encontros e oficinas, norteadas por valores como a ecologia, as artes e ofícios e a vida em comunidade, e eis que nasce o Museu do Comum. O rio, quando nasce, é para todos e esta edição de 2023 foi um tremendo êxito.
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FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA:
DIREÇÃO - HUGO FERREIRA
DIREÇÃO ARTÍSTICA - GUILHERME GARRIDO PRODUÇÃO - VASCO SILVA LEONOR ATALAIA
EQUIPA TÉCNICA, MONTAGEM E PRODUÇÃO- RUI GASPAR MIGUEL FERRAZ PEDRO MARQUES NUNO JERÓNIMO
DESIGN - JOÃO DIOGO
COMUNICAÇÃO - CAROLINA CHORA
VÍDEO - MANUEL TELMO SOARES
GESTÃO FINANCEIRA - SANDRA SOUSA
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INFORMAÇÕES SOBRE BILHETEIRA:
EVENTO DE ENTRADA LIVRE E GRATUITA
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LINK PARA SITE:
NASCENTES.PT