Projeto chega a "Bom… Porto" - Temporada "Nova Música", 23 março, Teatro Helena Sá e Costa, Porto

Música
Projeto chega a "Bom… Porto" - Temporada "Nova Música", 23 março, Teatro Helena Sá e Costa, Porto

Temporada “Nova Música” prossegue no Teatro Helena Sá e Costa
Orquestra Portuguesa de Guitarras e Bandolins vai interpretar em estreia mundial a obra “Salema” de Fátima Fonte

"O projeto que contempla 5 obras inéditas em 5 novos concertos arrancou no passado dia 9 de fevereiro no Teatro Ribeiro da Conceição, em Lamego (é hábito dizer-se “Para grandes males, a música ainda é o melhor dos “Remédios”…). A Orquestra Portuguesa de Guitarras e Bandolins - OPGB vai continuar a ‘oferecer notas’ ao longo deste ano em paragens diferenciadas: a próxima paragem será no Porto, no dia 23 de março, domingo, no Teatro Helena Sá e Costa. Santa  Maria da Feira, Estarreja, Oliveira do Bairro e Gondomar serão as outras coordenadas contempladas no projeto.

A operação musical em curso versa para o concerto vindouro de 23 de março a obra original “Salema” cuja autoria pertence à compositora Fátima Fonte. Convém relembrar que os cinco espetáculos consagrados no projeto tributam o labor de outros tantos compositores de nacionalidade portuguesa. Fátima Fonte enquadra-se no espírito reinante desta “Temporada Nova Música”, que a Associação Cultural de Plectro, entidade que tutela a OPGB, promove.

Fátima Fonte nasceu em 1983 na Póvoa de Varzim, vive atualmente entre o Porto e Londres, estudou na ESMAE – Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo (Porto), no Conservatório de Música de Amesterdão e esteve na Índia a estudar a estudar Música Hindustani com a cantora Aparna Gurav como bolseira da Fundação Oriente. Algumas das peças que criou foram tocadas no Concertgebouw (Amesterdão), no Huddersfield Contemporary Music Festival (Reino Unido), Gaudeaumus Music Week (Holanda), Festival Atlante Sonoro (Roma), bem como em numerosos auditórios e teatros portugueses.

Na temporada 2017-18 foi a Jovem Compositora Associada ao Teatro Nacional de São Carlos; em 2019 a Orquestra Gulbenkian tocou a sua peça Breve Desassossego. Actualmente desenvolve o seu doutoramento na Guildhall School of Music and Drama (Londres). É convicção generalizada que no final da récita todos vão concluir positivamente e sem qualquer presunção, que “Fátima é uma Fonte de inspiração!”. Como condimento sonoro, pode ainda adiantar-se que existirá um instrumento surpresa no âmbito desta atuação.

Talvez não seja de todo despiciendo dizer que o ambiente em que esta criadora musical cresceu possa de alguma forma ter influenciado a obra em causa: “O som para esta peça começou por ser imaginado como um entrelaçamento de melodias e ornamentos num ambiente modal. Embora não contenha uma referência a uma tradição musical específica, acena à música de raiz melódica – incluindo aqui música ocidental do passado, e também a que se encontra mais a oriente. O nome Salema – de uma pequena vila piscatória do Algarve – aponta para este olhar ao longe, porventura entrevendo contornos de lugares distantes.”

Para além de “Salema”, o repertório da orquestra neste concerto versará outras peças como são os casos de Spectra semitas iam peractas et exalta te ob hoc (Olha para o caminho percorrido e exalta-te por isso) de Lino Silva (2006), Gli Angeli del Monte Velino, bem como Torre Cerrano e La Légende de Ulisse, três obras de Francesco Civitereale (1959).

O bilhete para o concerto de dia 23 de março, domingo, no Teatro Helena Sá e Costa tem o custo unitário de 5 euros.

Daremos conta de novas informações sobre os horários e os demais títulos das obras em falta e preço dos bilhetes dos concertos vindouros em próximas notas de imprensa.

Importa salientar que a Orquestra de Guitarras e Bandolins, fruto da sua aposta na versatilidade e ecletismo musical, tanto aposta em tocar com músicos associados ao género Fado ou à Pop Nacional, como são os casos de Cuca Roseta e Tiago Nacarato, ou até à World Music de Hamilton de Holanda, como de igual modo convocar os compositores mais eruditos para o seu repertório".

Este projeto conta com o apoio da República Portuguesa - Cultura / Direção-Geral das Artes e da Antena 2.


A OPGBACAssociação Cultural de Plectro, nasceu dia 18 de Novembro de 2010, tendo adotado a sigla OPGBAC. É um projeto que tem como objetivo a dinamização e difusão da música de plectro no panorama musical nacional. Se no que diz respeito à Guitarra, tudo funciona dentro da normalidade com cursos superiores e conservatórios a lecionar o instrumento, nos restantes instrumentos de corda beliscada muito há por fazer. Não desvalorizando os demais, a OPGBAC tem-se focado na promoção do Bandolim por este ser de vital importância numa Orquestra de Plectro. Para o Bandolim foram compostas obras pelos nomes mais sonantes da história da música como Vivaldi, Caldara, Mozart, Hummel, Beethoven, Verdi, Mahler, Schoenberg, Webern, Boulez …

Desde 2015 sediada em Gondomar, no Centro Cultural Amália Rodrigues, Rio Tinto, a OPGBAC – Associação Cultural de Plectro tem várias valências: a principal é a Orquestra Portuguesa de Guitarras e Bandolins (OPGB), grupo que tem recebido os mais rasgados elogios pelo caracter original da sua sonoridade e pelo rigor interpretativo apresentado. Ultimamente surgiram mais projetos: Uma escola de música que se focaliza no ensino dos instrumentos de corda beliscada. Os Estágios internacionais, que trazem Maestros e Professores reconhecidos a Portugal; e mais recentemente o Festival Internacional de Música de Plectro.


MAIS INFORMAÇÕES

www.orquestra-bandolins.com
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