"OLHO POR OLHO, LENTE POR LENTE", até 2 junho, Museu Leopoldo de Almeida, Centro de Artes | Caldas da Rainha

Artes visuais
"OLHO POR OLHO, LENTE POR LENTE", até 2 junho, Museu Leopoldo de Almeida, Centro de Artes | Caldas da Rainha

Inaugura no dia 5 de abril de 2025, pelas 16h30, a exposição "OLHO POR OLHO, LENTE POR LENTE" dos artistas Miguel Palma e João Paulo Feliciano, no Museu Leopoldo de Almeida, Centro de Artes | Caldas da Rainha. A mostra está atente até 2 de junho.


"Pertencendo à geração que despontou em meados da década de 80, João Paulo Feliciano e Miguel Palma, têm desenvolvido percursos artísticos onde, apesar da autonomia e originalidade dos percursos, podemos encontrar pontos de contacto, quer na expressão formal, quer em algumas das ideias e pressupostos que percorrem as suas criações. Sendo dois autores que forjaram os seus percursos de forma independente e autodidata, as opcões formativas iniciais, no início dos anos 80, assentaram em escolhas substancialmente diferentes, o que teve importância nos respectivos trajectos. Se no caso de João Paulo Feliciano essa escolha levou-o a estudar Línguas e Literaturas Modernas (Português e Inglês), Miguel Palma teve uma mais convencional opção pela Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa, cedo descartada, optando o autor por trilhar um percurso à margem dessa aprendizagem mais formal.

Ambos os artistas contam já com quatro décadas de trabalho e uma vasta produção artística. Para Miguel Palma a arte tem sido o centro exclusivo da sua actividade criativa. Já Feliciano tem um percurso substancialmente mais híbrido, dedicando parte das suas atenções criativas e profissionais, à música, ao design, ou mesmo à arquitectura.

O conjunto das obras expostas foram selecionadas nos ateliers dos autores, no decorrer de várias visitas. No caso de João Paulo Feliciano, abarcam um vasto arco temporal (de 1993 a 2015). Quanto a Miguel Palma, a escolha recaiu essencialmente sobre a sua produção recente".


LOCAIS, DATAS E HORÁRIO

5 abril a 2 junho 2025
Museu Leopoldo de Almeida
Centro de Artes, Caldas da Rainha
Horário:
Semana: 09h00 — 12h30 / 14h00 — 17h30
Fim-de-semana: 09h00 — 13h00 / 15h00 — 18h00
ENCERRA TERÇAS E FERIADOS


Miguel Palma

Miguel Palma nasceu em 1964, em Lisboa. Vive e trabalha em Santarém. Miguel Palma é um artista que se apropria das narrativas de uma modernidade em permanente questionamento para melhor reflectir sobre o presente. O fascínio de Miguel Palma por ícones da modernidade clássica é evidente: o mundo da aviação, o automóvel, a arquitectura, a natureza (mais ou menos domesticada) e a tecnologia em geral. A curiosidade e o modo como articula diferentes horizontes do saber sublinham a capacidade de nos reinventarmos, dissimulando a inexorável lei maior, que é a da vitória do tempo sobre a finitude humana. Enquanto dispositivos potenciadores de um olhar crítico sobre o nosso passado recente e o nosso presente, os enunciados de Miguel Palma confrontam-nos com as tensões vividas no frágil equilíbrio da nossa existência.Tal como liminarmente nos diz o Artista: «Se o mundo fosse confortável, eu não fazia arte.» Com uma actividade contínua de mais de três décadas, as obras deste artista transitam por diversos meios, como a escultura, o vídeo, a instalação, o desenho e a performance. Está representado em inúmeras colecções públicas e privadas, nacionais e internacionais tais como: Centre Pompidou (Paris, França); Coleção Berardo (Lisboa, Portugal); Culturgest (Lisboa, Portugal); MAAT (Lisboa, Portugal); FRAC Orléans (Orléans, França); FRAC-Artothèque Nouvelle Aquitaine (Limoges, França); Fundação de Serralves (Porto, Portugal); Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa, Portugal); MNAC (Lisboa, Portugal); Fundação ARCO (Madrid, Espanha); e ASU Art Museum — (Tempe, E.U.A.). Participou em diversas bienais, incluindo: Prospect 1. (Nova Orleães, E.U.A.) e 7th Liverpool Biennial (Liverpool, Reino Unido).


João Paulo Feliciano

João Paulo Feliciano nasceu em 1963, nas Caldas da Rainha. Artista plástico e músico. Licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas — Estudos Linguísticos de Português e Inglês — pela Universidade de Lisboa, em 1985. Um percurso muito pouco linear tem levado João Paulo Feliciano a experimentar múltiplos campos de expressão, diversas formas artísticas e até diferentes actividades. No entanto é a partir do seu trabalho como artista plástico que Feliciano tem afirmado o essencial da sua linguagem. Na sua obra encontramos pintura, desenho, fotografia, vídeo, luz, som, música, design gráfico, arquitectura, instalação e performance. Expõe regularmente desde 1984. De entre as numerosas exposições, individuais e colectivas, destacam-se as individuais “The Blues Quartet”, no Contemporary Arts Center, Cincinnati, EUA (2007), “The Possibility of Everything: João Paulo Feliciano, Selected Works 1989-1994”, na Culturgest, Lisboa (2006) e a individual no Museu de Arte Contemporãnea de Serralves, Porto (2004). Destaque ainda para a sua participação na XXVI Bienal de São Paulo, Brasil (2004), ou na exposição “Sonic Boom — The Art of Sound”, na Hayward Galllery, Londres (2002). Foi responsável pela direcção artística do espectáculo Acqua Matrix (Expo’98, Lisboa). De 1989 a 1998, integrou a banda “Tina and the Top Ten”. Na sua actividade músical contam-se ainda colaborações com músicos como Rafael Toral (com quem partilhou o projecto No Noise Reduction), Lee Ranaldo (Sonic Youth) Phill Niblock, David Toop, Christian Fennez, Spencer Yeh (Burning Star Core, Elliot Earls (The AppoloProgram), Amom Tobim, Burnt Friedman. Em 2009, em conjunto com o seu irmão Mário Feliciano, criou o Real Combo Lisbonense. Nessa altura criou também a sua própria editora discográfica e produtora musical: a Pataca Discos. É actualmente “director de arte” do recinto do festival Primavera Sound, no Porto cargo que ocupa desde a primeira edição do festival em 2012.


 

 

 


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